Cap 15

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LOPES 

O ADVOGADO  E A DANÇARINA 

CAPÍTULO  15

Cheguei no escritório sorridente! Estava contando as horas para ver Safira rebolando na aula de forró.

Estacionei o carro e ao descer escutei a voz da megera que falava ao telefone com uma voz de quem realmente estava preocupada. Ouvi ela dizendo pra não se preocupar pois a irmã estava bem, que foi só um pesadelo, por isso dormiu no quarto dela e que os vidros no chão do quarto da irmã; foi um porta retratos que ela tinha jogado na parede após despertar do pesadelo.

A criatura parecia ter algum sentimento bom dentro do coração, eu nem sabia que ela tinha uma irmã, só espero que tenha um gênio mais delicado que o dela, ninguém merece duas megeras juntas. Dá até um arrepio na alma só de pensar nessa possibilidade. 

Minha manhã foi tensa em uma audiência que graças a Deus ganhamos a causa para nossa alegria e satisfação plena de mais um cliente.

Saí do fórum as 11:00 horas e fui direto pra academia, mandei Alice providenciar o nosso almoço no escritório dela para que pudéssemos preparar alguns documentos contratuais. Depois de almoçar com Alice e resolver a papelada fui para o vestiário dos funcionários pra tomar um banho e me preparar pra forrozar com minha Safira depois de ficar uma semana sem ver essa mulher rebolando.

Eu caminhava distraído enquanto falava no celular com mainha. Quando desliguei a ligação e coloquei no bolso da calça simplesmente esbarrei em uma mulher que estava saindo do vestiário feminino e por um impulso abracei a moça e a encostei na parede mas quando vi quem era; minha rola saltou de alegria que quase gozei na cueca. 

Tive que aproveitar o momento. Nós dois ali abraçadinhos, o corredor vazio e a mulher que eu desejo mais uma vez acuada por mim! Parti pra mais um ataque.

__ Eis a visão mais bela que meus olhos já contemplaram. E a mais cheirosa também.

Enterrei meu nariz no pescoço de Safira inalando o perfume que ela estava usando e pude sentir o coração dela bater tão rápido quanto o meu e um arrepio começou a se espalhar pelo corpo dela me fazendo vibrar de tesão. Eu tive que me segurar pra não gozar na cueca feito um adolescente.

Safira suspirou dengosa, sussurrou meu nome e eu me senti vitorioso.

__ Lopes, me dá um beijo!

Pensei que eu estava delirando e perguntei no ouvido dela.

__ Ordem ou pedido?

__ Ordem!

Olhei pra ela com minha eterna cara de safado, espalmei minhas mãos na parede e colei meu corpo no dela pra manter Safira bem presa, evitando que ela desistisse do beijo e tentasse fugir de mim. 

Sentir aquela boca macia encostada na minha foi uma sensação de entorpecimento de almas, eu estava enroscando a minha língua na dela quando do nada a braba mordeu meu lábio com força, eu não sábia se tentava me soltar da dentada ou se esperava ela me soltar. Acho que se passou cerca de um minuto e meio, até que ela me soltou e em seguida um tapa acertou meu rosto me deixando em estado de demência.

A mordida não chegou a cortar meu lábio mas doeu pra caralho sem falar no tapa que ardeu muito.

A louca saiu sem falar nada e eu ainda tive a ousadia de dizer pra ela que eu encararia tudo outra vez pra ganhar outro beijo, fazendo ela parar por um instante e depois seguir o trajeto pelo corredor do vestiário.

Segui pro banho rindo da minha ousadia e pensando no deboche da minha bonequinha reboladeira.

Quando me olhei no espelho fiquei espantado com as marcas que ela deixou no meu rosto. A peste tem a mão pesada e uma dentada forte pra caralho. Fui pro escritório da Alice e ela me ajudou a disfarçar a marca do tapa com maquiagem enquanto me xingava e dizia que iria convencer Safira a me processar por assedio sexual e tentativa de estupro, depois de disfarçar a marca do tapa fui com todo o meu cinismo pra aula de forró e deixei Safira tensa ao entrar na sala de dança, no mínimo ela achava que eu não teria coragem de chegar perto dela tão rápido após ter sido espancado por ela. 

No fim da aula vi que algumas pessoas estavam cochichando e apontando pra mim mas nem liguei, ao sair da aula e ir pro vestiário pude constatar que a maquiagem se desfez com o suor e a marca do tapa que Safira me deu estava totalmente à mostra.

Mas que valeu a pena aquele beijo, ahh valeu sim!

Lopes o advogado e a dançarinaOnde histórias criam vida. Descubra agora