percabeth one shots

xviii | 3 anos

3 anos
Sinopse: Percy e Annabeth eram (surpresa) melhores amigos. Mas (adivinhem só?) Percy sentia mais que amizade por ela (chocante, eu sei).

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Percy não fazia ideia o que droga estava fazendo ali.

Na verdade, ele sabia exatamente. Annabeth o havia chamado, e como ele era fisicamente incapaz de negar algo a ela, ele concordou.

Tudo começou três anos atrás, quando eles estavam na aula de biologia e a professora passou um trabalho em dupla. Ela era a aluna mais inteligente da sala, então, é claro que todo mundo queria fazer com ela. Mas, por algum motivo que ninguém soube dizer, ela ignorou todos eles, caminhou até a mesa de Percy, no canto inferior da fila do canto da sala, e disse as seguintes, palavras:

"Oi, Percy. Você já tem dupla?"

Ele conseguiu balbuciar alguma piada sem graça sobre nunca ser escolhido. Ou sobre patos que falam. Sinceramente, ele não faz ideia. Só sabe que ela genuinamente achou engraçado e riu, e, simplesmente assim, ele estava apaixonado.

Eles se tornaram melhores amigos, e não desgrudavam de jeito nenhum. Sentavam juntos nas aulas que tinham em comum, esperavam um ao outro na porta da sala nas aulas que estavam separados. Faziam dever de casa juntos, saíam juntos, conversavam por ligação até tarde da noite.

Os irmãos de Annabeth eram fascinados por Percy, e os pais de Percy praticamente babavam em Annabeth.

Ah, e Percy continuou sendo apaixonado por ela.

E não era nada discreto, qualquer ser vivo em sã consciência conseguia perceber o que estava acontecendo. Menos ela, claro. Não que ele fizesse um trabalho extraordinário em esconder, de jeito nenhum.

Ele saiu com outras garotas nesse tempo, todas cortesias de seus amigos em comum, mas nunca dava certo. E sempre que, no meio da noite, quando os dois dividiam uma barra de chocolate crocante vestindo pijamas semelhantes, Annabeth perguntava porque não tinha dado certo, as respostas eram bem óbvias.

"Ela não fala sobre nada interessante." Tipo arquitetura, mitologia grega, ou fatos sobre o oceano, como você fala.

"Ela não me pergunta nada útil!" Tipo se eu prefiro comer uma meia suja com gosto de pizza ou uma pizza com gosto de meia suja, como você pergunta.

"Ela não se interessa por nada que eu falo." Tipo sobre o que eu sonhei, ou o que eu comi no café da manhã, ou o que eu quero fazer nas férias, como você se interessa.

"Ela é fútil e não liga para nada importante." Tipo sobre o lixo nas ruas e nos oceanos, e as espécies marinhas em perigo, como você liga.

"Ela usa muito perfume." E não cheira a limão, como o seu.

"Ela quase não ri." Pelo menos não das piadas sem graça dele, como você ri.

"Não gostei dela." Porque ela não é você.

Mas um incidente específico aconteceu quando, em uma quinta a noite, eles estavam no quarto de Percy, se preparando para uma noite de estudos para a prova do dia seguinte, e ela estava de tirar o fôlego (como todas as outras noites, na opinião dele) com os cabelos presos em um coque que mais parecia um nó de tanto que ela puxava os fios, e uma blusa antiga dele com um short minúsculo de pijama com estampa de gatinhos.

-Percy?
-Hm?-ele virou para ela, com a tampa do marca-texto que ele estava usando para marcar os termos importantes do livro na boca.
-Você não sente falta de sair?
-Como assim.
Ela se endireitou na cama, virando de frente para ele, e mexendo no cabelo de nervoso.
-É que você quase nunca vai para as festas comigo.