xxiv | wounds and bathtubs

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XXIV | Wounds and Bathtubs
Sinopse: Annabeth está no fim da gestação e não pode lutar. Para não deixar a esposa se sentir de fora, Percy tenta incluí-la como der.

OBS: não sei se alguém estava acompanhando a outra fic, Olympus 169, mas acabei arquivando ela :( não apaguei, continuo com os capítulos guardados e planejo voltar a escrever, mas não suporto essa falta de constância e sei que não vou conseguir dar o meu melhor com essa rotina corrida que estou tendo... mas em compensação, vou continuar postando oneshots sempre que escrever!! inclusive, se tiverem alguma sugestão ou alguma ideia, fiquem a vontade :)

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Quando completou sua 15º semana de gestação Annabeth  parou completamente de participar das missões do acampamento, e foi necessário um esforço coletivo para que ela concordasse com isso. Mas cerca de 3 semanas atrás, pouco antes de completar 7 meses, foi afastada oficialmente das atividades presenciais (pelo menos as práticas) de todo o acampamento.

Aquilo a estava deixando maluca, principalmente porque ela reconhecia que não conseguia se esforçar tanto quanto antes. Sabia o quanto ficava ofegante todas as vezes que precisava subir as colinas ou fazer uma caminhada de um extremo ao outro graças a uma atividade do acampamento.

E principalmente, reconhecia que, se a vida de um filho de um deus já era suficientemente perigosa, o cuidado deveria ser no mínimo triplicado quando em um único apartamento residiam dois semideuses, um deles sendo o mais poderoso em décadas, e a outra estando praticamente inválida (se comparando com suas capacidades normais, porque era injusto, até mesmo nos últimos meses da gestação, comparar a força de Annabeth com a de qualquer mortal) e carregando uma criança.

Por sorte, graças a todos os serviços prestados (e muita impertinência, ousadia e insistência da parte deles), os deuses (não todos, obviamente) concordaram em conceder proteção à residência de Percy e Annabeth, o que aliviou grande parte das preocupações deles.

Dessa forma, com todo o tempo livre disposto, Annabeth teve a oportunidade de degustar infinitas receitas e passar pelos mais surpreendentes e, diga-se de passagem, exóticos desejos durante esses dias.

Suco de laranja e morango acompanhados de uma porção generosa de batatinhas temperadas com páprica defumada eram os desejos mais recentes dela.

Era uma noite de quinta-feira, ela estava deitada no sofá coberta com uma manta quente depois de um banho quente e repleto de sais e sabonetes perfumados, vestindo unicamente uma camiseta larga de Percy, que atualmente estava justa e quase não cobria sua barriga inteira. Estava aproveitando as últimas batatas, que eram as mais gostosas porque sempre eram as mais temperadas, quando ouviu a porta de entrada bater.

Deu um longo gole no suco e se inclinou para trás, esperando o marido aparecer com um sorriso divertido acompanhado de uma novidade engraçada como quase sempre acontecia.

No entanto, ouviu apenas o silêncio. Franzindo o cenho, pausou o episódio da série que assistia, apoiou a mão direita no encosto do sofá e com um suspiro alto se esforçou para ficar de pé. Lambendo os dedos da mão esquerda, Annabeth seguiu para o hall de entrada do apartamento, curiosa com o sumiço de Percy.

Ao chegar mais perto, notou que havia se enganado: havia sim, um som. E era Percy, arfando de dor com a mão sob o abdômen.

– Percy, pelos deuses! – ela exclamou, com as mãos sob os lábios.
– Oi, sabidinha. – cumprimentou, inclinando a cabeça e dando seu comum sorriso de lado, que logo foi substituído por um assovio de dor.
– O que aconteceu?
– Uma missão, sabe como é. Encontrei a prof. Dodds. Infelizmente, acabei com as chances da nossa filha de ser boa em álgebra. Quem sabe no ensino médio. – comentou com um sorriso sarcástico.

percabeth one shotsOnde histórias criam vida. Descubra agora