Colecionador de memórias

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9h15 da manhã, Kuen & Kavin.

Kavin desceu do carro fechou a porta, ele olhou para cima e viu que o tempo estava nublado, andou até a o passageiro abrindo a porta. Kuen saiu carregando um pequeno buquer de rosa branca, o garoto sorriu para ele em agradecimento.

--- Por que quis vim? Você nunca fica bem quando vem.--- Kavin falou colocando a mão atrás da costa do outro, tirou o óculos do rosto e colocou no bolso da jaqueta.

--- Porque querendo ou não, ele ainda é meu pai.--- Kuen falou triste. O cemitério estava vazio, até porque não era muitas pessoas que tinha condições de pagar aquele lugar.

Kuen perdeu seu pai a dois anos atrás, ele não era uma boa figura paterna e sempre o menosprezava, porém sua mãe havia pedido que ele levasse as flores em seu lugar porque ela não se sentia bem. Ela não tinha como negar aquilo a ela.

Kavin era quem o acompanhava, desde a morte do pai do menino ele pode observar de perto como era a relação deles, e bom, acho que Macau tinha um concorrente em traumas paternos.

--- Vamos apenas deixar e ir, você sempre fica mal.--- repetiu preocupado, ele ficou de lado enquanto o menino encarava o túmulo do pai.

--- Não precisava vim, porque veio?-- Kuen se aproximou deixando as flores sobre a pedra decorada de mármore. Ele apenas riu amargo ao ver frase que tinha ali.

--- Porque me preocupo? Porque se não viesse você choraria? Porque Macau, Gorya e Methas me matariam por deixar o mascote sozinho?--- encarou o menino que revirou os olhos mais não escondeu a risada baixa.

--- Vem, vamos.--- estendeu a mão a Kavin que pegou, mas antes de irem olhou para o túmulo daquele homem.

--- Espero que esteja sendo espetado vivo pelo capeta.--- e cuspiu sobre a mármore, Kavin saiu puxando o garoto consigo.

Kuen apenas negou com a cabeça, desde que começou a andar com Macau e sua gang ele não tinha tempo para ficar triste, ele nunca se sentia sozinho. Kavin era quem mais o fazia companhia entre eles, e não era porque trabalhavam juntos ou eram sócios.

Kavin cuidava de si e se preocupava, ele foi quem começou com a história de mascote e pegou entre eles. O mais velho o acompanhava em basicamente tudo, tudo mesmo.

--- Que tal irmos comer pães doce?--- Kavin perguntou assim que entrou no carro, ele se escutou para colocar o cinto em Kuen.

--- Agora que falou, deu vontade.--- Kuen riu quando Kavin cutucou sua costela antes de volta a se sentar corretamente no banco.

--- Falando em vontade, Methas que ir na boate hoje. Que ir junto?--- Kavin logo deu partida no carro sendo daquele lugar. Kuen pensou um pouco.

--- Pode ser, não tenho nada para fazer.--- deu de ombros pegando o celular, avisaria sua mãe que já tinha feito o que ela pediu.

Ele já não morava com ela a anos, Kavin e ele dividiam um apartamento juntos. E esta aí o motivo de viverem juntos. Kavin achou melhor já que trabalhavam juntos, tinha um empresa juntos, e eram amigos. Quem olhava de fora pensava que eram um casal.

--- Então iremos mais tarde, Macau não vai porque vai jantar com Porchay.--- Kuen revirou os olhos, Kavin riu quando o olhou e viu a feição do outro.

--- Ele realmente aceitou?--- perguntou com desgosto. Ele não iria fazer nada, já que Macau resolveu tentar novamente com ele.

---- Você tem que se entender com Porchay, Macau ama ele.--- Kavin falou.--- Eu não gosto dele, mais vou ter que aturar por causa do meu amigo.--- falou contragosto. Ele não era muito fã desde o dia que conheceu Porchay pela primeira vez, quando atendeu o celular se Macau.

Negócios do Amor [Macau+Porchay] (Revisao)Onde histórias criam vida. Descubra agora