6. Tom

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Quando abri os olhos senti como se meu corpo tivesse sido atropelado mil vezes por um caminhão

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Quando abri os olhos senti como se meu corpo tivesse sido atropelado mil vezes por um caminhão. Abri os olhos aos poucos, com minha cabeça doendo e esfreguei os olhos antes de tentar me situar. Olhei para o lado e vi um cabelo preto espalhado no travesseiro com mexas rosa. Resmunguei um pouco me sentando e vi uma garota nua dormindo profundamente, alguém que eu não fazia ideia do nome, mas provavelmente era alguém da noite anterior. 

Eu também não fazia ideia de como eu havia chegado naquele quarto e nem se era na mesma casa que eu tinha vindo para a festa, mas me levantei aos poucos da cama bagunçada e me estiquei pegando minhas roupas, me vestindo um pouco tonto ainda. Eu havia ficado bêbado e também ingerido algumas pílulas depois da minha briga patética na cozinha com S/n. Na verdade, eu já estava meio bêbado e chapado quando fui conversar com ela, então só piorou a situação.

Talvez eu tivesse passado dos limites? Talvez, mas eu estava de saco cheio. Eu não estava entendendo nada do porquê ela tinha que aparecer em todo lugar que eu ia, sendo que eu queria evita-la ao máximo. Peguei meu celular que estava jogado de lado no chão e bufei batendo na testa, vendo que haviam milhões de ligações e mensagens de Harrison me xingando. 

Eu havia contado. Eu havia esquecido que tinha contado que ele e Grace haviam se pegado naquela festa, quando ele pensou que eu estaria muito chapado pra lembrar. Eu lembrava, como um borrão, mas eu lembrava e lembrava que Grace havia ficado com medo de eu ter os descoberto. E bem, agora eu havia contado pra sua melhor amiga estando bêbado e chapado. E quer saber? Eu não me arrependia. Harrison era medroso demais com sua irmãzinha protegida e se Grace era assim tão amiga, por que escondia coisas dela? Foda-se tudo.

Eu havia jogado aquela bomba em S/n em que ela havia ficado na cozinha parada, sem saber como reagir. Eu simplesmente havia falado aquilo e saído, era o melhor a se fazer. Ela e o patético do seu irmão que se resolvessem, talvez o namoradinho dela ajudasse. 

Coloquei meu celular no bolso da calça e coloquei meu boné no meu cabelo completamente bagunçado, antes de sair. Eu precisava fumar e precisava comer alguma coisa, parecia que fazia uma eternidade que eu não havia comido. Agradeci por achar meus cigarros no bolso da jaqueta, tive medo de alguém ter roubado ou eu ter perdido enquanto bêbado. 

Abri a porta do quarto e sai na mesma casa que eu estava na noite anterior. Estava caótica, com várias pessoas dormindo até no chão, todos riquinhos e que provavelmente não tinham problemas pensando no futuro. Era dia de semana e eu tinha aula obviamente, mas eu havia perdido, já que já eram quase duas da tarde, talvez por isso eu estivesse com fome. 

Acendi meu cigarro e sai para o lado de fora. Não tinha nem sinal de S/n ou do namoradinho dela, então ela com certeza deveria ter ido embora depois da nossa briga. Um desperdício já que ela parecia ter se arrumado como eu nunca havia visto antes. Talvez se ela finalmente arrumasse alguém ela nos deixaria em paz... Me deixaria em paz, principalmente com meus pensamentos aleatórios sobre ela.

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