27. S/n

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Apertei a mão de Tom na minha, tentando fazer ele ficar mais calmo e confortado

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Apertei a mão de Tom na minha, tentando fazer ele ficar mais calmo e confortado. Estávamos no funeral de Danny, o colégio havia cancelado as aulas, então todos estavam presentes.

Depois da noite que o encontramos desacordado e por consequência, morto, havia feito eu ficar ainda mais grudada em Tom. Ele não estava conseguindo lidar com isso, obviamente, seu melhor amigo de anos havia falecido nos seus braços, eles ainda estavam brigados e Tom de sentia culpado por não conseguir salva-lo.

Sentados no fundo da igreja, ouvindo o padre falar e eu não parava de checar se ele estava bem, pelo menos na medida do possível. Sua mão entrelaçava na minha e ele me olhava tentando sorrir de leve entre lágrimas, para indicar que ele estava bem. Mas, eu sabia que ele ainda se culpava, ainda pensava em Danny sem vida no chão gelado do estacionamento vazio. Assim como eu pensava.

Haviam sido dias horríveis e caóticos, depois do jantar na casa dos meus pais parecia que tudo havia desmoronado. Ian e Lucas estavam um pouco mais a frente sentados, assim como Grace e Haz. Nossos pais também estavam lá, em algum lugar da pequena igreja de Bristol.

Tom havia dito que preferia ficar afastado, então eu decidi ficar ao seu lado. Eu sabia que ele estava se culpando a cada minuto que se passava e sabia que ele não conseguia encarar seu amigo em um caixão, depois de ter visto ele sem vida em seu colo.

O padre terminou de falar e algumas pessoas da família também falaram. A mãe de Danny chorava tanto que não conseguiu, então todos foram aos poucos para fora em direção ao cemitério ao lado da igreja para enterra-lo.

Parecia surreal estar ali e eu andava com Tom ao meu lado em automático, sem soltar sua mão nem por um segundo. Avistei Nikki, a mãe de Tom, com Harry e Sam ao seu lado quando chegamos no local e ela sorriu triste em minha direção, me fazendo sorrir de volta, enquanto Tom olhava para o chão completamente abatido. Eu apenas os conhecia de vista, mas queria demostrar que eu estava ali para seu filho.

- O-o que ele está fazendo... O que está fazendo aqui? - ouvimos alguém falar e nos viramos. A mãe de Danny vindo em nossa direção com os olhos vermelhos e furiosa.

- Sra... - eu comecei dizendo sem entender e ela parou em nossa frente dando um tapa no rosto de Tom, me fazendo solta-lo em choque e o amparar o segurando pelos ombros, enquanto ele segurava o rosto com a mão.

- TIREM ELE DAQUI! ELE MATOU DANNY! - ela gritava chorando e algumas pessoas a seguraram. - Foi ele que levou meu filho pra esse buraco das drogas! Se não tivesse entrado na vida do meu menino ele estaria vivo! Como se atreve em vir até aqui! - ela dizia entre lágrimas e eu abri a boca sem saber como reagir.

- Tom nunca... Ele... - eu comecei dizendo, mas Tom se afastou com seu rosto vermelho e os olhos marejados antes de se virar e sair andando rápido.

A mãe de Danny deu uma última olhada em sua direção antes de arrastarem ela para longe. Ela estava completamente fora de si, e eu não esperaria menos de alguém que havia perdido um filho, mas eu sabia que Tom já estava se culpando antes e agora deveria estar ainda mais.

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