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 Um cantarolar em ritmo suave deixava sua boca, o conflito da ponta do lápis verde contra o papel branco causando um som baixo e uniforme, seus olhos presos no desenho que coloria

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Um cantarolar em ritmo suave deixava sua boca, o conflito da ponta do lápis verde contra o papel branco causando um som baixo e uniforme, seus olhos presos no desenho que coloria.

Um pigarro foi escutado do outro lado do cômodo, e Maelie levantou um pouco a cabeça para fitar Digory, que apoiava-se contra o batente da porta de seu quarto, segurando alguns livros que provavelmente acabara de pegar na biblioteca.

— Olá, tio Digory. Precisa de algo?

O senhor sorriu um pouco, balançando levemente a cabeça.

— Por agora, não. — respondeu ele. — Só fui buscar uns livros e achei oportuno lhe avisar que Dona Marta provavelmente chegará daqui cerca de meia hora com nossos novos hóspedes.

Maelie acenou levemente com a cabeça. Nos últimos dias havia pensado um pouco demais nas crianças que hospedariam. Quatro irmãos. Dois meninos e duas meninas. Os números lembravam-na do trabalho que teria de realizar a qualquer momento, de suas responsabilidades e do peso que segurava em suas costas nos últimos meses — quando fora convocada à missão —, a deixando cada vez mais ansiosa.

— Acho que passarei a tarde toda em meu escritório, talvez até um pouco da noite. — disse o professor. — Certifique-se de que nossa governanta não os assuste, e atenda seus pedidos, caso possível.

— Está bem, tio. Já sou grandinha, sei me comportar.

Digory riu, empurrando-se para longe do batente e direcionando um último aceno à Maelie, antes de virar-se e fazer seu caminho até seu escritório.

A garota prendeu seu cabelo em um penteado meio solto, removendo os fios rebeldes que insistiam em cobrir seus olhos, e voltou a colorir o desenho que pintava antes de seu tio-avô chegar, esperando pacientemente a chegada de Dona Marta.

 A voz firme e forte de Dona Marta ecoou pelas paredes da mansão Kirke, e Maelie automaticamente sentiu dó das crianças que estavam sendo obrigadas a escutar seu discurso que consistia em "Não toque naquilo!", "Não fale isso!", "Não incomodem o pr...

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A voz firme e forte de Dona Marta ecoou pelas paredes da mansão Kirke, e Maelie automaticamente sentiu dó das crianças que estavam sendo obrigadas a escutar seu discurso que consistia em "Não toque naquilo!", "Não fale isso!", "Não incomodem o professor!".

ANTI-HERO | as crônicas de nárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora