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 Maelie remexeu-se na poltrona sobre a qual estava jogada, suas costas contra o assento da poltrona, e suas pernas esticadas contra o encosto

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Maelie remexeu-se na poltrona sobre a qual estava jogada, suas costas contra o assento da poltrona, e suas pernas esticadas contra o encosto. Sua cabeça estava pendurada para baixo e seus cabelos escuros roçavam o piso brilhante de madeira.

Tédio e frustração eram o que Maelie sentia. Acordara extremamente animada de manhã, planejando um piquenique de boas-vindas aos Pevensie, cheio de jogos e tópicos interessantes para conversas. Seu humor murchou totalmente na hora em que ouviu o som das partículas de chuva respingando contra a janela de seu quarto, seus planos indo por água abaixo.

— Gas-tro-vas-cu-lar. — Susan disse, sua voz ecoando na grande biblioteca da mansão Kirke. — Vamos, Peter, gas-tro-vas-cu-lar.

Susan segurava um enorme livro nas mãos e brincava com Peter de algo relacionado à origem de palavras. Não era necessário conhecer muito o garoto para saber que ele fora cem por cento empurrado para aquilo contra sua vontade, seu rosto espelhando a total falta de animação que sentia. Enquanto isso, Edmund estava deitado sob uma mesinha em frente à poltrona de Maelie, esculpindo desenhos em seu tampão com um canivete, e Lucy isolava-se em um canto, fitando os pingos de chuva formarem desenhos no vidro da janela.

— Isso é latim? — Peter perguntou, aborrecido. Susan olhou para o grande livro e assentiu.

— É latim para o pior jogo já inventado. — Edmund se arrastou, saindo de debaixo da poltrona. Pedro e Maelie riram levemente da fala do garoto Pevensie mais novo, mas Susan não pareceu se divertir tanto e fechou o livro com um baque forte.

De repente, Lucy saiu correndo do seu cantinho, e cutucou o irmão mais velho.

— Peter, vamos brincar de pique-esconde? — ela pediu com sua voz fina e suave, e Maelie rapidamente se sentou direito no assento, mais empolgada.

— Mas já estamos nos divertindo a beça aqui. — Pedro lançou um olhar sarcástico na direção de Susan, que o encarou perdida.

Maelie levantou-se e caminhou até que estivesse ao lado de Lucy, ajoelhando-se ao seu lado e olhando para o garoto loiro de olhos azuis.

— Apoio a ideia da Lu. — disse, inclinando a cabeça para o lado. — Vamos lá, Peter!

Maelie e Lucy fizeram seus melhores olhos de cachorrinho, juntando as palmas de suas mãos em um sinal de súplica.

— Por favor? — as duas pediram, suas vozes propositalmente finas.

Peter fingiu pensar por um tempo, olhando as duas meninas com um sorriso. Por fim, começou a contar.

— Um, dois, três...

Todos começaram a correr para procurar um esconderijo, Edmund ficou para trás, resmungando.

ANTI-HERO | as crônicas de nárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora