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 Maelie sorria para os meninos que treinavam luta de espadas, montados em seus cavalos

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Maelie sorria para os meninos que treinavam luta de espadas, montados em seus cavalos.

— Parabéns, vocês são péssimos!

Seu comentário rendeu maldições e pedidos de silêncio de Peter e Edmund, que já se aborreciam com a quinta provocação da garota.

Ela, obviamente, jamais diria que era pior que eles quando começou, preferindo apenas continuar tirando sarro de seus amigos.

Seu humor caiu quando o castor apareceu correndo, clamando por seus nomes, e o desconforto que não havia sumido totalmente de seu interior instalou-se novamente, quando o animal felpudo anunciou que a Feiticeira Branca estava indo até lá para encontrar-se com o grande leão.

Aslan estava certo.

Sr. Castor os guiou até onde o exército narniano estava reunido, gritando insultos e maldições direcionadas a alguém que estava no meio de toda a movimentação.

— Jadis, a Rainha de Nárnia! — anunciou Ginarrbrik.

Ao olhar para o centro do caminho que foi feito pelo povo de Nárnia, seu coração errou uma batida, e Maelie sentiu-se como nos pesadelos que vinha tendo há anos.

Carregado por ciclopes, aproximava-se um trono escuro, sobre o qual se sentava a criatura mais assustadora que Maelie já tivera o desprazer de conhecer.

Não era um Banshee, ou um Basilisco. Também não era Cerbero ou uma Quimera. Não, era uma mulher.

Sentada no trono, com uma postura de poder estava uma mulher. Uma mulher maior que todas as outras, de pele alva como a neve que anteriormente tomava todo o chão de Nárnia. Neve esta que ela mesma jogou sobre o mundo.

Com seus olhos vermelhos de ódio e veneno, Jadis fitou Maelie, um sorriso sarcástico puxando os cantos de seus lábios para cima.

Os ciclopes ajudaram-na a descer do assento, e a feiticeira caminhou lentamente em direção a Aslan.

— Você tem traidores entre os seus, Aslan.

Ofegos surpresos saíram de cada um dos presentes, e os irmãos Pevensie se encararam, questionadores.

Traidores?

Maelie fincou suas unhas na pele da palma de suas mãos, sem pensar na ferida que ali se formaria. Em sua visão periférica, notou Edmund abaixar a cabeça.

— Sua ofensa não foi contra você. — disse Aslan, calmamente.

— Não tenho tanta certeza. — Jadis cantarolou, e a jovem sabia a quem ela se referia. — Vejo que se esqueceu das leis sobre as quais Nárnia foi construída.

O majestoso leão rugiu.

— Não cite a magia profunda para mim, feiticeira. Eu estava lá quando foi escrita.

ANTI-HERO | as crônicas de nárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora