A fogueira brilhava à sua frente, trazendo um sentimento de acolhimento e nostalgia inexplicável. As chamas dançavam ao ritmo do vento, piscando em tons de laranja, amarelo e vermelho, em contraste com o chão coberto pelo manto de neve pálida.
Maelie suspirou, vendo a nuvem de fumaça branca escapar por seus lábios rosados e carnudos, que tremiam um pouco com o frio, que não fora totalmente cessado pelo calor da fogueira feita por Peter, Sr. Castor e ela mesma.
O som baixo do fogo misturava-se com os grunhidos doloridos do raposo, que deitava-se sobre a neve gélida enquanto Sra. Castor costurava pontos em sua pele, vítima dos afiados dentes de um dos lobos de Jadis.
— Estavam ajudando Tumnus. — Sr. Raposo informou, referindo-se as estátuas que os rodeavam, um dia animais de verdade. — A feiticeira chegou aqui antes de mim.
Maelie encolheu-se quando outro suspiro de dor escapou do pequeno animal.
— Você está bem? — Lucy perguntou, preocupada.
A raposa riu.
— Adoraria dizer que cães que ladram não mordem.
— Pare de se mexer! — exigiu Sra. Castor, ainda cuidando dele. — Está pior que o castor em dias de banho.
— O pior dia do ano. — Sr. Castor murmurou, causando risadas entre os mais jovens.
A raposa levantou-se, parecendo muito melhor.
— Obrigada pela gentileza. É uma pena, mas não disponho mais de tempo.
Maelie pendeu sua cabeça para o lado, concentrando-se mais na conversa.
— Vai partir? — a mais nova deles perguntou.
— Foi um grande prazer, minha rainha, e uma honra. — a raposa educadamente fez uma reverência na direção de Lucy. — Mas o tempo é curto, e Aslan em pessoa me enviou para reunir as tropas.
Os castores ofegaram, fitando um ao outro.
— Você viu Aslan? — indagou o Sr. Castor.
— Como ele é?
O raposo sorriu, balançando a cabeça.
— Oras, como sempre ouvimos dizer. — ele então virou seu olhar para Maelie. — Não é, senhorita?
Suas orbes verdes arregalaram-se, e ela tentou ignorar os três pares de olhos confusos que queimavam os lados de sua cabeça com mil perguntas a serem feitas.
— Você não precisava ter nos ajudado, senhor. — Maelie mudou o assunto, sua voz baixa e delicada. — Foi uma ação corajosa, mas muito estúpida.
Eles trocaram sorrisos amigáveis, e a jovem acariciou os pelos alaranjados do animal com a palma macia de sua mão.
— Precisamos nos ajudar para poder lutar juntos contra a feiticeira. — ele afirmou, dessa vez focando os olhos em todos. — Será um prazer estar ao seu lado.
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ANTI-HERO | as crônicas de nárnia
Randomno qual maelie descobre não ser a anti-heroína que tanto pensava ser fem!oc x p.pevensie book one