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Barcelona,Espanha

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MALU SABIA QUE SEU PAI ERA UM SÁDICO,um maníaco que sentia prazer em bater em sua própria mulher,aquilo era nítido,mas nunca em um milhão de anos achou que ele seria capaz de bater em sua própria filha,ele nunca havia encostado um dedo na própria ...

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MALU SABIA QUE SEU PAI ERA UM SÁDICO,um maníaco que sentia prazer em bater em sua própria mulher,aquilo era nítido,mas nunca em um milhão de anos achou que ele seria capaz de bater em sua própria filha,ele nunca havia encostado um dedo na própria filha,nem quando estava bêbado,mas com a oposição de Malu diante de sua opressão,o mesmo se sentiu ameaçado,capaz de agredir verbalmente a até fisicamente sua própria filha.

E quando Malu sentiu o baque da sua cabeça contra a madeira do chão de sua casa,tudo o que ela viu a seguir foi escuridão,escuridão completa,e logo em seguida uma luz branca forte,que ela pensou ser da sua próxima reencarnação,mas não,infelizmente para si,era apenas a luz branca de um hospital,por sorte a mesma não tinha ficado tanto tempo inconsciente,e apenas precisou levar pontos em sua cabeça,que foi perceptível quando ela passou a mão pela parte de trás de sua cabeça,fora apenas dois pontos,mas poderia ter sido mais.

Malu levantou-se da cama com cuidado,andou vagarosamente até a porta,e percebeu seu pai ao final do corredor,a garota verificou se seu olhar não estava na porta do quarto e então saiu pelo mesmo,pegando um elevador em direção a recepção do hospital,ela tinha que o fazer,Malu não aguentava mais temer,agora não só pela vida de sua mãe,mas também pela sua própria vida,e assim que a garota avistou a recepção do local,não pode deixar de sorrir.

— Quero que chame a polícia,preciso registrar uma queixa. Malu murmurou para a mulher a sua frente.

Mas antes que a mesma pudesse perguntar o que acontecia,Malu sentiu um aperto em seu braço,logo em seguida notou um sorriso falso no rosto de seu pai.

— Bem que o médico disse que ela iria confundir as coisas. Justificou para a mulher a sua frente,que apenas estreitou os olhos confusa,mas deixou passar.

E então o Soler mais velho estava arrastando a sua filha pelo corredor,furioso e se segurando para não se retirar do sério novamente.

— Cadê a minha mãe e Analu? Foi a primeira vez que Malu conseguiu formular uma frase sem gaguejar,dessa vez ela não sentia medo,exceto quando o homem olhava no fundo de seus olhos.

— Você tá louca? Se eles me prenderem eu tô ferrado!

— Você tá ferrado? Mais ferrado que nosso piscicologico? Você é insano! A garota se soltou,e mal percebeu que estava gritando em um corredor de hospital.

— É aquele jogador né? É ele que tá colocando ideia na sua cabeça né?! Você nunca tinha me enfrentado antes.

— Não envolve o Pedri nisso! Pediu.

— Tá vendo essa porra aqui? Perguntou retirando o celular da garota do bolso,Malu negou com a cabeça e então o mesmo caminhou até a janela mais próxima,derrubando o celular da garota do décimo andar.

— Eu vou te matar pai! Ameaçou. — Nem que seja a última coisa que eu faça na vida! Vai ser a droga da morte mais lenta da vida! Prometeu,tentando se manter o mais longe possível do homem.

— Não se eu fazer isso com sua mãe primeiro! Ela concordou em voltar para o Brasil comigo. O Homem falou simples,fazendo o chão abaixo dela desmoronar.

O homem deu um sorrisinho e então pegou o elevador mais próximo para qualquer andar que fosse,enquanto Malu desmoronaram ali mesmo no corredor,ela estava farta,cansada de tudo aquilo,ela estava cansada da crueldade de seu próprio pai,cansada da negligência de sua mãe,não que ela pudesse o culpar,ela apenas não conseguia a entender,cansada de ver Analu chorando por conta disso,e acima de tudo,cansada de sustentar aquele peso sozinha,ela simplesmente não conseguia mais suportar,e o pior de tudo,ela estava sozinha.

E quando no final da semana ela estava em um avião rumo ao Brasil,ela não podia deixar de chorar,sendo arrastada de volta para casa,fadada a viver todo aquele tormento novamente,seu pai a obrigará a voltar,a menos que a vida de sua mãe fosse tirada,então ela concordou,ela não tinha parentes,não tinha idade e muito menos dinheiro para sobreviver em um país estrangeiro,a qual ela teve que deixar as pressas,apenas para satisfazer um maníaco,mas ela tinha certeza,certeza que voltaria para a Espanha,reecontraria Pedri e explicaria a sua vida conturbada,mas por outro lado ela desejava,desejava que ele não tivesse contato consigo,desejava não enfiar o garoto em sua própria bagunça,em sua saúde mental que precisava de uns reparos.

Então ela sabia que precisava tomar uma decisão,a decisão que faria Pedri se afastar,mas na cabeça dela era o melhor que ela podia fazer ao jogador,o livrando de toda aquela bagunça que se encontrava a sua atual vida,sendo influenciada não apenas por si mesma,mas também pelo seu próprio pai.

— Vai ficar tudo bem querida. O homem a tranquilizou,Malu pensou em rir,porque a única certeza a qual ela tinha era,que nada ficaria bem.

Malu pegou o celular da mão de seu pai e olhou pela janela do avião,a qual se encontrava um belo pôr do sol,então ela lembrou que Pedri era o seu sol,era ele que a iluminou por tanto tempo,e ela se amaldiçoava por estar prestes a partir seu coração mais ainda,o coração que já estava em frangalhos pela perda na copa do mundo,e Malu sabia muito bem disso.

— Alô? A voz do Espanhol foi preenchido por todo o local.

— Pedri,oi.

— Malu? Malu! Você tá bem,achei que algo tinha acontecido com você! Ele falou,fazendo o peito da Brasileira se apertar. — T-tô. Gaguejou

— Aonde você tá? Eu tô indo te buscar! Ele murmurou,Malu pensou em abrir a boca,mas ao olhar para o lado viu seu pai,sentando ao seu lado,com os braços cruzados.

— Em lugar nenhum,só tô ligando pra dizer pra você me esquecer. Ela falou entalada,por um fio de voz.

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Linhagem Familiar | Pedri Gonzáles Onde histórias criam vida. Descubra agora