Linhagem Familiar | Pedri Gonzáles

018

Barcelona,Espanha

Casa...

PEDRI MAL PODIA ACREDITAR NAS palavras que acabará de ouvir,ele não pensava que Malu era capaz de fazer aquilo com ele,embora ela o tivesse avisado,muitas vezes,foi melhor do que simplesmente sumir sem dar satisfações,mas doeu como se ela não o tivesse feito,ele sentiu sua garganta se fechar,e estava pronto para chorar,mas não conseguia fazer ainda ouvindo a voz dela.

- Malu,por favor. Murmurou

- Não,eu não consigo sentir nada por você,e eu só percebi isso quando vi você com outra,eu tô atrasando a sua vida Pedro! Atrasando! Malu o cortou.

Era mentira,ela estava mentindo,foi só quando ela viu o mesmo com outra que ela percebeu,percebeu que um pequeno sentimento por Pedri crescia,e ela estava disposto a corta-ló antes que ficasse grande demais.

- Para com isso Maria Luiza,não tem graça. O jogador falou desacreditado.

- Não é brincadeira,desculpa. Ela murmurou,antes de desligar o telefone.

E do outro lado da tela estava Pedro,perplexo com as palavras tão cruéis que saiu da boca da Adolescente de apenas dezessete anos,esse com total certeza foi um dos piores presentes de aniversário atrasado que ele poderia receber,ele agora tinha vinte anos,mas se sentia com cinco,como se tivesse acabado de perder algo importante para o mesmo,porque ela era,Malu era extremamente importante para Pedri.

E quando sua mãe adentrou ao seu quarto,vendo o mesmo chorar,ela correu para o consolar,pronto para abraçar o seu amado filho,Pedro chorava em seu colo,e não sentia vergonha disso,só se sentia frustrado,frustrado por ter acreditado que Malu pudesse mudar,mas não,ela sempre seria assim,incapaz de confiar em qualquer um,nesse momento Pedri poderia até descreve-lá como uma narcisista,alguém que só ligava para si própria.

Mas infelizmente Malu não podia se contentar com o mesmo,não podia se dar o luxo de chorar,pelo simples fato de estar em um avião,lotado de pessoas,e ao lado de seu próprio pai,que sorria orgulhoso como se ela tivesse acabado de fazer uma coisa extraordinária,Malu apenas o olhou com ódio e se contentou em sentir apenas aquele sentimento,ela desejava estar ao lado de sua amiga,Blanca,ela sentia que a única pessoa que a compreenderia naquele momento era ela,a sua melhor amiga.

E quando o segundo vôo finalmente pousou no Rio de Janeiro,Maria Luiza sentiu um aperto no peito,mas não por não gostar da cidade,não,muito pelo contrário,o Rio de Janeiro estava em top um das cidades em que ela mais adorava,mas o seu peito se apertou por que ela sabia o que viria a seguir,ela sabia que tudo dali pra frente desandaria.

E quando ela adentrou ao carro alugado por seu próprio pai ela sentiu outra onda de sentimentos passar por si,mas ela tinha que ser forte,ela precisava...

- Malu,por que a gente voltou? Cadê o Pedri? Analu perguntou,fazendo seu pai virar a cabeça,prestando atenção no que a mesma diria a seguir.

- Eu não sei,eu ainda tô tentando entender. Respondeu,logo em seguida olhando para sua mãe.

A Soler mais velha estava quieta,ela era muito quieta,mas estava mais do que o normal,ela não se pronunciou nenhuma vez,e não fez menção alguma que iria explicar o que estava acontecendo,Tanto Analu quanto Malu estavam no escuro,um escuro terrível,Maria Luiza podia até dizer que estava se sentindo sufocada com o que estava acontecendo.

Chegando em casa tudo parecia como elas tinham deixado,exceto pela mancha de sangue e os cacos de vidros que não existiam mais,e exceto por Pedri,que não estava ali para receber Malu em seus braços,a mais velha então apenas se contetou em voltar ao seu já não mais antigo quarto.

- Filha? Podemos conversar? A soler mais velha perguntou,de pé a porta,Malu assentiu e então a mesma adentrou.

- Que porra tá acontecendo? Falou baixo. - Ele ameaçou vocês,eu tive que voltar! Explicou.

- Mãe! Estamos correndo risco de vida! Você não voltou por nós,voltou porque não consegue sair dessa relação tóxica. Malu aumentou seu tom de voz.

- Você não faz ideia do que eu passei!

- Tem razão,mas eu presenciei algumas coisas,e eu tô cansada disso,cansada de verdade! Ela mal percebeu,mas derrepente ambas as Solers haviam entrado em uma discussão.

- Então para de dizer que eu não tentei! Porque eu tentei! Mas eu o amo. Lágrimas escorriam pelos olhos de Lucy.

Malu olhou para a sua mãe e então a envolveu em um abraço,permitindo a mesma de chorar,botar para fora tudo aquilo que estava intalado,a mesma entendeu o braço para aninhar o cabelo de sua própria mãe,como se aquilo fosse a ajudar de alguma forma.

Mas ela foi quebrada quando viu sua irmã mais nova na porta de seu quarto,olhando a sua mãe com preocupação,a menina estendeu o braço,e então as três estavam se abraçando,compartilhando da mesma dor,mas ao mesmo tempo dores diferentes,porque cada uma reagia de forma diferente a aquela dor,ou simplesmente não reagiam,como era o caso de Malu.

- Me perdoem,por favor. A mulher soluçou.

- shh,tá tudo bem! Vamos concertar isso! Malu garantiu. - Eu só queria me livrar disso!

E assim acabou o final do dia na casa de Malu,ela consolando a sua mãe como se ela fosse uma adolescente que acabará de ter o seu coração partido porque não podia ficar com o seu primeiro amor,e mesmo com o seu pai a mimando no dia seguinte,como dando presentes,e um celular novo que ela só tinha permissão para usar com a presença do mesmo,Malu não se sentia bem,não se sentia em casa,não se sentia do mesmo jeito quando estava com Pedri,e ela não podia deixar de pensar em todos os momentos que ambos tiveram juntos,todas as coisas boas e ruins que passaram,juntos.

Sorry,eu estou tão sumidaaa,mas juro que vou voltar a postar com frequência,amém?