18.0 - eu protegi teu nome por amor

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Oi, amores! Quero dedicar esse capítulo para a guria mais incrível que esse fandom colocou na minha vida, a PizzaDuarda.
O presente dos seus 22 aninhos ta atrasado, mas foi feito com muito carinho, como tu merece, amiga. Feliz vida, te amo ♡.

22 de maio de 2005

Duque de Caxias, Rio de Janeiro

Ela não sabia dizer os motivos pelos quais sua espinha dorsal se arrepiava de repente de forma desconfortável, ruim, como um presságio diretamente do divino.
Muito menos sabia dizer o motivo pelo qual seu peito apertava, a garganta fechava e o corpo tencionava a cada onda de arrepios.

Aquilo a estava incomodando profundamente, como uma pedrinha teimosa presa em seu sapato, que não saia por nada. Algo simples, pequeno, mas muito irritante, que a impedia de respirar corretamente e se concentrar nos estudos.

As sensações não se pareciam com nada que lhe soasse familiar. Eram completamente diferentes daquelas causadas por Alexandre, quando lhe tocava e beijava com a delicadeza de uma pena. Não, os toques de Alexandre lhe atiçavam uma corrente elétrica gostosa, lhe reviravam o interior e fazia errar as batidas do coração.

Com ele, se sentia completa, protegida por um escudo invisível que impedia o mundo de alcançá-la.

Ali, em seu quarto, sozinha, rodeada por livros de vestibular, sentia tudo, menos o conforto da armadura dourada que a presença de Nero sobrepunha seu corpo. Era fraca, vulnerável a qualquer ação do mundo. A qualquer ação de seus pais.

Ao escutar batidas na janela de seu quarto, sorriu, sem precisar olhar para saber que seu namorado estava ali, pendurado na árvore que beirava seu quarto.

Os incômodos foram ignorados em instantes, com o convencimento de que o clima seria o culpado por tal sentimento ruim e focou no jovem que, rapidamente, passou a lhe fazer companhia.

Suas preocupações erradicaram com a presença imponente dele. O manto sagrado do amor dos dois foi estendido sobre ela. Ela, de repente, ficou forte, pronta para enfrentar os vilões de sua história, mesmo que estes fossem seus próprios pensamentos.

Seus pais diziam que era perca de tempo dedicar tantos momentos para um simples músico que não poderia lhe proporcionar nada além de um bom papo e uma bela canção. Não aprovavam o relacionamento e deixaram isso nem claro ao exigir que ela o deixasse no primeiro momento em que o conheceram.
Entretanto, se aquilo significava perder tempo, Giovanna estaria disposta a perder anos e mais anos de vida ao lado de Nero, fazendo nada, aproveitando tudo.

Abandonando os livros, a moça foi até o namorado, abrindo a janela para que pudesse entrar e, finalmente, soltar a linda flor que segurava entre os lábios.

Como sempre, ele estava lindo, vestindo uma calça jeans gasta e um moletom preto que ela conhecia bem, de outros encontros.

Codinome Beija-Flor | GNOnde histórias criam vida. Descubra agora