Casa do Lago

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Carl Baker

Com um barulho de minha porta sendo praticamente arrancada, eu acordei. Já deduzi a pessoa por trás das batidas fortes e continuas.

Desci a escada e observei que iria escurecer. E como eu já imaginava, Mike estava lá, parado de costas. Ele se virou assim que abri e eu fechei a cara.

— Mano Carl!!! — eu odeio quando ele me chama assim, logo ele desfez a cara de alegria. — Por que não esta arrumado?

Estava sem camisa e a parte de baixo era um short quase em decomposição.

— Por que eu deveria estar arrumado? — Perguntei no maior deboche e ele virou os olhos.

— Eu já não te falei? Festa na casa do lago! — Falou empolgado e eu lembrei.

— Ahhh sim! Como pude me esquecer de uma festa que definutivamente eu não vou.

— Vai sim! Você falou que iria.

— Eu "desfalo."

— Cara! Para de viadagem! — Ele começou a insistir.

Ficou ali um bom tempo insistindo e...

— Tá, eu vou. — Disse encarando o garoto de cabelo preto com um sorriso vencedor. — Vou me trocar.

//Desc. Mike Dickson - Cabelo liso e preto como carvão sempre repartido no meio, fazendo um middle part. Pele parda e aparência bem carismática. Olhos escuros e sempre com um colar de prata e jaqueta escolar.

Me virei deixando a porta entre aberta, Mike era meu amigo a tempo suficiente pra entrar na minha casa sem pedir permissão.

— Tô esperando aqui.

Subi e vesti rapidamente uma camisa completamente neutra. E a jaqueta da escola. Que tinha específicamente meu sobrenome na manga. Assim como Mike tinha o dele.

Mas na verdade é sobrenome de nossos queridos pais, Xerife Baker, e o mais renomado car deanler Michael Dickson Adam, que deu seu nome pro seu filho, que abrevia o nome como Mike Dick. A escola coloca isso pelo fato de nossos pais serem importantes pra Liviegreen.

Eu odeio essa jaqueta, não combina nada comigo, mas o importante é eu combinar com que Mike estava vestido.

Desci as escadas, mas antes eu reparei em um papel estranho dobrado na minha escrivaninha, na qual preferi deixar em meu bolso pra ver depois.

Mike se olhava no retrovisor de seu belíssimo carro branco admirando oque nem tinha — beleza —, afinal das contas, ele nem entrou na casa.

— Só nascendo denovo meu camarada. — Gritei enquanto fechava a porta, e  ele sabia que eu me referia ao fato dele se olhar no espelho.

— Em plena Sexta já está me humilhando.

— Sempre é bom! —  Entro no carro enquanto gargalhava.

Mike ligou o motor e saímos em direção a festa. Mas chegando no meio do caminho, ele parou e encostou olhando pros lados, estávamos em um bairro diferente.

O Antigo MistérioOnde histórias criam vida. Descubra agora