Tenho a sensação de que ela sabe de alguma coisa...

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Sabrina Tucker

Só durmi por umas 2 horas. Só deu tempo de sair do hospital, ir para casa, dormir, e vir para escola.

O cérebro ainda estava processando todo o acontecido. Eu estremecia sempre que lembrava do grito que dei e das coisas que Carl e Luke me contaram ainda nesta madrugada.

É um lance muito doido, e olha que tudo aconteceu em apenas um dia. E sinto que Luke não vem hoje.

Não sentia nada estranho desde a estrada.

O que eu sinto sobre tudo isso? Que irei ignorar completamente o acontecido.

Tipo, o que vou fazer quanto a coisas sobrenaturais acontecendo? Eu apenas presciso lidar com o que já aconteceu. Se carl citar meu nome no interrogatório, eu vou responder as mesmas coisas, torcendo para coincidirem com a versão dele e continuar vivendo ignorando a todos que fizeram parte disso. Luke, que de alguma maneira entrou nisto tudo, e Carl, que também acabou se envolvendo nisso, estando no lugar errado, na hora errada.

E sinto que não posso confiar na polícia.

E claramente não acreditariam que eu sinto coisas mortais se aproximando e três garotos foram atacado e dois mortos por uma criatura que nem eu mesma sei o que é.

O melhor é contar que foi um ataque de uma criatura — completamente normal da floresta. —, e depois viver com isso o resto da vida.

Eu consigo guardar na minha memória que eu sei de um homicídio e que estou escondendo isso da polícia.

E se vir coisas sobrenaturais de outros planos terrestres, eu vou lidar com isso de-vi-da-men-te.

Estou enlouquecendo a caminho da escola. E se vacilar, todos já devem estar sabendo da versão falsa que mandei Carl contar, e é só torcer para ninguém saber que estou envolvida nisso, e se souberem que estou envolvida nisso, como eu já disse antes, eu vou lidar com isso, da maneira mais normal possível.

Aliás, eu sou uma garota como as outras. Não é mesmo.

...

Cheguei na parte de fora da escola, e observei bem os olhares para ter certeza de que ninguém sabia de nada.

E não, ninguém me olhou diferente.

Próximo a porta de entrada, Luke estava parado olhando para o chão fixamente, estava com um gesso no braço onde teve seu corte. Seu cabo preto estava mas mesmas condições de quando o vi no hospital.

E com a mesma roupa também de quando foi atacado, só que dessa vez, com um casaco cobrindo boa parte do rasgo da camisa na parte do abdômen.


Sendo assim, tentei passar sem ele me notar, queria ignora-lo. Mas um aperto veio quando lembrei que devia explicações a alguém que eu não poderia ignorar; Ellie.

Abaixei minha cabeça afim de passar imperceptível por ele. Mas o desgraçado me viu.

— Sabrina? — Colocou a mão no meu ombro.

— Oi. Posso ajudá-lo em algo? Por acaso nos conhecemos? — disse sínica com minha melhor cara de espanto enquanto tirava sua mão de meu ombro.

Sim eu parecia as moças dos super mercados misturado com aquelas personagens gostosas de filme de drama quando esbarra com algum bonitão.

O Antigo MistérioOnde histórias criam vida. Descubra agora