O barulho

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Carl Baker

Tá bom! Eu adimito! Eu fui rude, realmente, ela tem toda razão de estar brava comigo.

Eu ainda estava chateado.

Eu realmente não gostava de falar sobre aquela noite. Me sinto pertubado desde então.

...

Aquela maldita noite começou a passar em minha mente de novo, como um filme. E lentamente me senti movido pela raiva e tristeza.

O grito de Mike ecoava em meu ouvido como fitas cassete.

Eu podia salvar Mike. Eu não poderia evitar a morte de Daniel, mas, Mike... ele morreu por minha causa!

Poderia correr atrás dele. Mas apenas coloquei em minha mente que não conseguiria ajudá-lo.

Eles agora são apenas memória. E eu sou o restante de uma lembrança.

Comecei a me tremer, podia ouvir meu sangue circular em minha cabeça. Sentia meu coração a mil.

Rangia os dentes enquanto minha raiva triplicava ainda mais. Eu sabia o que estava acontecendo.

Não é a primeira vez que tenho uma crise de raiva. Não é a primeira vez que eu sucumbo a minha própria mente, é me afogo no medo

Sabrina Tucker

Em meio ao silêncio, sendo o som da televisão a única coisa que ecoava no cômodo, ouvimos algo bater contra a parede.

- Porra! - Ouvimos Carl gritar. Não parecia dor, parecia angústia e raiva. Todos da sala olhamos para a escada, esperando algo acontecer.

Ele tinha caído e batido a cabeça na parede, só poderia ser isso.

Minutos depois, Carl desceu em silêncio, olhamos para ele. E estava com os olhos Vermelhos. Mais que isso, seus olhos mortos estávamos lacrimejando, seu olhar parecia mais morto e fundo que de custume.

Seu braço direito estava vermelho, como se algo estivesse machucado seu braço. Seus punhos estavam serrados e a atadura estava no lugar, seus dedos estavam sem atadura, e é essa mesma parte que estava sangrando um pouco.

E assim... entendemos o que era o barulho.

O Antigo MistérioOnde histórias criam vida. Descubra agora