Marley e Perseu

23 2 39
                                    

Carl Baker

Estou chegando em casa dois dias depois da minha chegada ao hospital. Meu pai iria voltar comigo, mas ficou de visitar minha vó essa tarde, então nos despedimos no caminho.

Os médicos disseram que ouve um caso raro, e que meus ossos se regeneram muito rápido.

Sendo assim. Só voltei com o braço com ataduras no braço esquerdo inteiro. E no direito só na mão, graças aos galhos que estavam no chão na hora, eu me arranhei bastante.

Abri a porta e fui recebido com latidos alegres de Perseu. Meu cachorro vira-lata de cor preta. Magro e grande.

Acariciei ele durante alguns minutos. Ele estava tão contente ao me ver.

Ele não deve ter ido passear, pensei. Meu pai odiava passear com Perseu.

Ele lembia minhas ataduras e eu dei uma leve empurrada em sua cabeça para ele não fazer isso.

Perseu passou por um processo de cura. Gracas a um câncer no fígado, isso antes de eu dar um nome a ele. Ele lutou como um verdadeiro guerreiro contra o câncer, então, dei o nome dele do herói Perseu.

Já tinha um tempo que eu não estava em casa, mas percebi a arrumação em pontos que nunca ficam arrumados de por acaso eu não meta a mão pra arrumar.

Peguei a coleira de Perseu e subi para meu quarto ainda bagunçado e peguei minha carteira, se é que posso considerar essa tristeza de carteira.

Perseu pulava tentando chamar minha atenção, porém, estava muito cansado. Foram muitas perguntas que me fizeram. Eu só me lembrei da encenação que Sabrina fez comigo.

E falando nisso, onde será que ela está?

Presciso falar com ela urgentemente. Hoje é sábado, a festa foi no domingo, e a merda aconteceu na madrugada de sexta, significando que perdi um dia de aula... vai ser um inferno quando eu voltar.

— Perseu, para! — ordenei a Perseu depois dele jogar seu corpo emcima de mim quando descia as escadas.

Abri a porta e coloquei a guia nele, deixei ele sair primeiro.

Perseu era magro, mas era forte. Meu corpo cansado era incapaz de aguentar os puxões que perseu dava quando vai um cachorro.

Cachorro problemático da porra.

Fui para o centro. É um lugar com uma praça no meio, quatro ruas de entrada e saída, vertical e horizontal.

Tem lojas em volta da praça, com apenas uma rua separando. Tinha lojas mais importantes da região.

A loja de carros do pai de Mike.

E lojas de roupa e bolsas. Incluindo uma barbearia.

O foco é a praça. Perseu já conhecia o caminho, ou seja, ele me levou até lá.

Cheguei lá e soltei ele entre as brinquedos do parque enquanto me sentava em um banco observando ele brincando próximo a uma criança sozinha em um dia ensolarado. Sem expectativa de chover.

Claro que Perseu não perdeu a oportunidade de cagar na primeira árvore.

"Ah, mas você não cata o cocô do seu cachorro?"

Não, eu ein. Que se foda.

— Perseu! Se você morder essa criança , eu mordo você. — Gritei para Perseu, fazendo ele parar de brincar com uma criança

O Antigo MistérioOnde histórias criam vida. Descubra agora