EXIT | Dramione

38. EPÍLOGO

Nota da autora: Para uma experiência de leitura perfeita, recomendo fortemente reler o prólogo antes. Você não vai se arrepender! ♡

.

Como você sabe que ainda está vivo?

Talvez porque a brisa amena traz o doce aroma do verão para suas narinas e os raios dourados do sol espreitam por entre as copas das árvores, acariciando sua pele e fazendo você apertar os olhos ao olhar para o céu azul.

Ou porque cada passo que você dá no verdejante prado parece leve, pois todo o seu corpo está descansado, completamente relaxado graças ao pequeno cochilo que você tirou na rede listrada de vermelho e branco.

Talvez porque o riso dos seus amigos seja mais alto que o chilrear dos pássaros, o que por sua vez lhe diz onde procurá-los e o faz subir as escadas até o grande terraço onde eles parecem estar reunidos.

Sem dúvida porque Hermione Granger está usando um vestido de verão colorido e floral ao passar pela porta do pátio, seguida de perto por Ginny Weasley, que está equilibrando uma assadeira nas mãos e sorrindo de orelha a orelha. E porque há uma vela bruxuleante no bolo verde da Sonserina que você provavelmente terá que apagar.

Passo a mão pelo cabelo, envergonhado, inseguro.

Pela primeira vez em dez anos meu aniversário está sendo comemorado e não sei como agir.

Hoje eu faço vinte e sete anos. Há quase dois anos eu desertei para a Resistência. Nove meses depois nós derrotamos Tom Marvolo Riddle. Já faz mais de um ano e eu nunca estive ocluído desde então.

Deixei meu olhar vagar pelos presentes, todos me olhando com expectativa. Harry e Pansy, Ginny e Blaise, Luna e Neville, Ron e Theo. E Granger, é claro.

Ela pega minha mão e me puxa para a mesa. Como temia, ela me pede para apagar a vela e fazer um pedido. Basicamente é inútil porque eu já tenho tudo que sempre sonhei. O destino foi gentil comigo. A sorte estava do meu lado. Eu me inclino para frente de qualquer maneira e a obedeço. Talvez haja um pedido afinal. Apenas um pequeno, último e humilde?

Os outros aplaudem enquanto a chama se apaga. Eu só tenho olhos para ela, no entanto, e como eu poderia não ter? Ela está absolutamente deslumbrante.

A pele de Granger é beijada pelo sol e coberta de sardas. Não mais porque ela tem que ficar de guarda com tanta frequência, mas porque passamos todos os dias agradáveis ​​nos jardins da Mansão. Seu cabelo é cacheado, não tão selvagem quanto era em nossos dias de escola, mas recuperou um pouco de sua elasticidade. Hoje em dia é loiro mel, descolorido pelo sol ou talvez graças à sua magia, não tenho certeza.

E ela sorri. Com sua boca e seus lábios rosados, mas também com seus olhos, castanhos claros e quentes. Ela fica na ponta dos pés e me beija.

— Feliz aniversário, Malfoy.

Eu aperto meu aperto em sua cintura como se ela pudesse desaparecer no ar se eu não a segurasse com unhas e dentes. Na maioria dos dias, estar com ela ainda parece um sonho para mim. Ela aperta minha mão de forma tranquilizadora, como se soubesse o que está em minha mente.

— Quer dar uma volta? — pergunto enquanto os outros comem o bolo de Ginny.

E Granger concorda.

Lado a lado, descemos as escadas de mármore e entramos no jardim de flores silvestres que criamos nesta primavera. É um paraíso de cores, aromas e abelhas. Um pequeno oásis. Um santuário. Acho que o jardim se torna o Solar muito bem. Até minha mãe o elogiou em sua última visita.

Por que a Mansão de todos os lugares? Bem, você poderia chamar isso de uma espécie de estratégia de enfrentamento. Ou um ato de rebelião. Prova de quão resistentes somos. Mas também há razões práticas. Na verdade, é o único lugar onde há espaço suficiente para todos nós. Todos têm sua própria ala, mas ninguém precisa ficar sozinho a menos que queira. Foi ideia de Granger. Naturalmente.