24 horas para não se apaixonar.

Oitava hora

     Meu peito sobe e desce descontroladamente. Minhas mãos percorrem o corpo delicado de Duda. Vou acariciando, tomando sua pele para mim. Ela geme com as sugadas que vou deixando em seus mamilos. Vai suando e se entregando. Nosos sons vão sendo engolidos pela música que continua tocando. A porta trancada me permite continuar sem preocupação alguma.

     Duda se encaixa em mim e começa a se mexer. Sobe e desce sem pudor. Começo a acreditar que ela também deseja apenas viver esse momento. 

     Vai me beijando, domando minha boca e meus pensamento. Lascivo, vou ajudando seus movimento, a incentivando a ir mais rápido e com mais força.

     Sinto seu gozo me envolver e me permito a invadir com o meu. Suada, ofegante e deslumbrante, Duda tem toda a minha atenção agora.

     A ajudo a deitar-se por sobre nossas roupas e assim ficamos em silêncio. Não havia necessidade de palavras agora. Só queremos um ao outro. A respiração de um acalmando a do outro.

     Estava sentado encostado na grande parede de espelhos da sala de pratica, meu olhar perdido em algum ponto do local. Minha respiração agora era lenta e profunda, sinal de que estava tentando me acalmar. Mas por mais que eu tentasse, meu coração acelerado não ajudava.

— 24 horas... É tudo que eu tenho.   Sussurro para mim mesmo. Meus olhos se fecharam com força, como se  pudesse bloquear meus pensamentos. Mas tudo o que  conseguia pensar era em como  estava se sentindo agora.

      Eu não podia negar que Duda era uma garota incrível. Doce, gentil, engraçada e verdadeira. Mas o problema é que só temos essas 24 horas juntos. Depois disso, irei para o exército, e quem sabe quando voltarei.

      Era um dilema que eu nunca tinha enfrentado antes. Eu sabia que não deveria me envolver dessa forma. Eu não podia me apaixonar agora. Mas era difícil ignorar o que  sentia, especialmente depois de ter passado por esses momentos tão incrível com Duda.

— Hobi? Você tá bem? - A voz de Duda me tirou de seus pensamentos. Ela estava sentada me observando atentamente com uma expressão preocupada no rosto.

        Me  encolhi um pouco, sentindo-me envergonhado por estar tão perdido em meus pensamentos que nem percebi que ela havia sentado. Eu tentei sorrir, mas o sorriso não chegou aos olhos.

— Eu estou bem, só pensando. - Respondo, meu tom um pouco distante ainda.

      Duda cruzou os braços, encarando-me.

— Pensando em quê?

      Eu  olhei  para ela, sentindo-me um pouco perdido.  Queria lhe contar tudo, mas não conseguia encontrar as palavras certas.  — Nada importante. - Eu finalmente disse. — Só... coisas bobas.

    Duda me analisou por um minuto, antes de se aproximar ainda mais de mim.

— Quer conversar sobre isso? ‐ Ela perguntou, colocando uma mão no meu ombro.

       Suspirei, sentindo um peso se levantar de meus ombros. Ela não estava julgando; pelo contrário, ela parecia genuinamente interessada em me  ajudar. Eu decidi que podia confiar nela.

— É só que... eu não quero me apaixonar agora. - Admiti, olhando para o chão. — Não quando eu vou para o exército em tão pouco tempo. É injusto para a outra pessoa, sabe?

      Duda o encarou, sua expressão  suave e ainda assim triste.  — Mas você já se apaixonou, não é?

      Me encolhi um pouco mais, corando. —É, eu acho que sim. - Não tinha certeza se ela sabia que estava me referindo a ela.

       Duda sorriu gentilmente para mim. — Isso é normal, Hobi. Não há nada de errado em se apaixonar.- Ela olhou para mim por um momento, antes de adicionar: — E se for uma pessoa que vale a pena, acho que é melhor viver o momento com ela do que ficar pensando no futuro o tempo todo.

      Eu  a encarei, um pouco surpreso pela sabedoria dela. Ela era incrível, pensei.

— Você tem razão. - Disse, sentindo-me  um pouco mais leve. — Eu vou tentar viver o momento.

      Duda sorriu para mim mais uma vez, antes de me beijar delicadamente nos lábios. — Eu acho que é uma ótima ideia.

       Me  permiti relaxar, deixando meus pensamentos negativos irem embora. Talvez eu  não precisava me preocupar com o que aconteceria depois que eu for para o exército, não agora. Eu estou com Duda, e isso era tudo o que importava.

       Depois de colocar nossas roupas, notei  que Duda estava um pouco tensa.  Sorri e perguntou: — Está tudo bem, Duda?

— Sim, claro. Por quê? - Eu conseguia ver tristeza em seus olhos mesmo que ela esteja sorrindo, eu consigo ver.

— Hm, você parece um pouco tensa. Quer dançar um pouco para relaxar?

     Duda olhou para mim com um olhar surpreso. — Dançar? Eu não sei se sou muito boa em dançar, Hobi. Com você conduzindo antes foi fácil, mas, sozinha... Vou acabar quebrando algum osso.

— Ah, que exagero. Não se preocupe! Vou te ensinar os passos de duas músicas, 'On the Street' e 'Run BTS'. Que  tal? Você vai ver como é divertido! - Digo animadamente.

       Duda riu nervosamente, mas, parece te  decidido tentar. Coloquei a música e começei a fazer os passos. Duda assistiu por um tempo, tentando seguir meus movimentos.

— É muito rápido! Eu não consigo acompanhar! – Reclamou Duda.

— Não desista ainda, Duda! Vamos lá, tente novamente! Deixa o ritmo fluir por seus musculos. - Encorajei, já dançando ao seu lado.

       Logo, nós dois estavam dançando juntos. Começo a rir da forma engraçada de Duda tentando acompanhar meus passos.

— Eu acho que andar no meio do pantanal cercada de jacarés é mais fácil do que isso! - Reclamou Duda entre risos.

— Ah, não seja tão dura consigo mesma, Duda! Você está indo muito bem, olhe só! - Digo, mostrando os passos para ela com mais calma.

     Após várias tentativas, Duda finalmente conseguiu me  acompanhar nos passos.

— Uau, você está ficando boa nisso, Duda! Eu sabia que tinha um dançarina escondida aí! - Brinco, rindo.

       Continuamos dançando juntos, rindo e nos divertindo. Duda agora estava completamente relaxada e isso me deixou radiante.

— Obrigada por me ensinar, Hobi. Eu realmente precisava disso! - Disse Duda, sorrindo para mim. Ah esse sorriso vai me dominando aos poucos.

— De nada, Duda! Foi muito divertido dançar com você! - Respondi segurando a mão dela. — Acho que terminamos por aqui.

— E o que vamos fazer agora então?

— Quer conhecer o meu Studio? - Nunca levo ninguém lá, mas, ela eu desejo levar.