Pov: Inojin
12 de setembro, segunda.
Bom, o dia se seguiu bem normal, nada de interessante.
Acordei e segui minha rotina; fui para a escola; tive minhas aulas...
Eu estava indo para os armários, guardar minhas coisas da última aula e pegar outras, para a aula do clube.
—E aí, princesa? –A criatura mais irritante que eu conheço, Kaito, cumprimenta, com um sorrisinho no rosto.
—Ah, desculpa, hoje não tô com tempo para conversar, sabe? Eu tenho clube e não posso me atrasar. –Digo, indiferente.
—Pode ficar tranquila, eu também tenho clube, vou pegar minhas coisas. –Ele responde, parecendo inocente.
—Você não tinha sido expulso do basquete? –Pergunto, sem ter um real interesse na sua resposta.
—Iwabee deu com a língua nos dentes, não é? –Ele solta uma risadinha sarcástica. —Fui sim, mas já entrei em outro, não precisa se preocupar, princesa.
—Você poderia começar a usar os pronomes masculinos comigo, sabia? –Murmuro, sem qualquer esperança dele me ouvir.
—Não, prefiro usar os femininos, combina mais com você. –Ele responde, ainda com seu maldito sorrisinho.
—Faz o que você quiser. –Digo, por fim, já pegando minhas coisas e fechando o armário, seguindo o corredor, sendo acompanhado pelo mais alto.
—Eu sempre faço o que eu quero. Ninguém consegue me afetar na mesma altura que eu afeto as pessoas. –Ele conta, se gabando, me fazendo abrir um pequeno sorriso debochado.
—Claro, sua irmã deve achar o mesmo. –Murmuro, vendo seus olhos confiantes se transformarem em surpresa e uma leve raiva... Talvez não tão leve.
—O que foi que você disse? –Ele pergunta, pausadamente, me lançando um olhar intimidador, mas que não me dá mais tanto medo.
—A garota que te espera todo dia na esquina da rua que fica uns... Três quarteirões de distância da escola, ela é sua irmã, certo? Pelo menos, parece muito com você, na aparência. –Conto, como quem não quer nada. Agora Kaito estava em minhas mãos, eu quero aproveitar isso.
—Eu nem tenho uma irmã, você não pode deduzir algo assim só porque ela se parece comigo. –Ele retruca, tentando esconder sua tensão, falhando. Pelo menos na minha visão, ele estava falhando.
—Ah, mas eu te vejo indo encontrar com ela naquela esquina. Vejo vocês seguindo a rua também. –Continuo, eu não vou parar de o irritar até um de nós chegar em sua devida sala.
—Aquela garota não é minha irmã. –Ele reforça, firme, praticamente num tom irritado. —E como você vê isso?
—Eu sigo pelo outro lado da rua onde fica essa esquina. Vocês viram para outra rua, mas eu consigo ver. –Explico, dando de ombros.
—Olha aqui, Yamanaka, nessa escola eu não tenho uma irmã, ouviu? –Ele diz, em um tom de ameaça, me parando no meio do corredor, segurando um dos meus ombros e ficando na minha frente.
—Por que não? –Pergunto, "inocente", escondendo ao máximo o quanto aquilo estava divertido para mim. —Espera, só porquê ela é autista? Que absurdo, Kaito!
—Fala baixo, garoto! –Ele manda, tentando não chamar tanta atenção. —Ninguém pode saber disso.
—E se... Por algum motivo, assim... Por acaso, bem... Hipotético, alguém ficar sabendo? –Provoco, me sentindo superior a ele.
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Nossos Sentimentos-Fanfic Boruto
FanfictionAqui teremos nossos queridos personagens de Boruto entendendo seus sentimentos. Eles descobrindo de quem gostam e quem gosta deles. Casais se unindo, casais terminando, casais voltando, brigas, ciúmes, amor, carinho, fofura e outras coisinhas. ...