__Tá muito ruim?
__ Só precisa de lubrificação – respondeu Erica ao tirar as luvas e sair do meio das pernas da amiga.Júlia respondeu aliviada, pensava que poderia ser algo pior. Rapidamente lembrou do Mateus e como ele havia ficado chateado.
_Qual foi a última que fez o exame de DST? – já na mesa com seu bloco de notas aberto.
_Mês passado – disse descendo da marca – não deu nada.
_Vou passar esses remédios aqui – começou a escrever.
_De novo, Erica? – ficou decepcionada.
_Sua líbio está muito baixa e isso interfere na sua lubrificação natural – entregou os dois papéis com os remédios – é pra tomar.
_Gostava mais quando você era dentista – pegou os papéis e observou o rosto da amiga segurando a risada – o que? Quem ficou grávida foi você.
_Ana Júlia tá esperando a sua visita – informou sobre a filha – ela sente sua falta.
_Quero comprar um presente bem lindo para ela – começou a se vestir mesmo nua na frente da amiga – só que falta dinheiro.
_Ainda tentando resolver? – Erica lembrou das inúmeras dívidas que a amiga tinha em seu nome, e só não pode ajudá-la porque “Júlia é cabeça dura e não aceita ajuda” .
_Mas da pra comprar o presente da minha sobrinha favorita – vestiu a blusa, pegou a bolsa preta e guardou as receitas.Júlia estava com presa e sua ginecologista sabia o quanto a vida dela era corrida, rapidamente segurou firme o seu pulso e lhe disse:
_Nas próximas quatro semanas só transe com uma pessoa por relação e se você desejar muito – olhou bem dentro da paciente – você se recuperou nem tem dois meses, se cuide viu.
_Obrigada – a abraçou.Júlia adorava o quanto aquela amizade havia durado mesmo após tantos altos e baixos, e acontecimentos como a gravidez da doutora, fortalecendo ainda mais o laço. Erica sabia dos trabalhos extras da amiga, então optou por avisá-la para assim não causar nenhuma infecção ou doença.
Após brigar com o próprio ego e mente, Júlia resolveu que deveria colocar um ponto final no conflito criado entre ela e os vizinhos.
As batidas na porta era frequentes, Mateus abandonou as panelas no fogo e correu em direção a porta. Verificou pelo olho mágico quem era e de certa forma ficou surpreso._Oi.
_Oi – a olhou de baixo pra cima – o que quer?
_Trouxe doce de leite – ergueu a vasilha transparente.Por alguns segundos o vizinho observou ela, o doce e o quanto toda aquela situação era constrangedora. Assim, ele deu espaço para que Júlia entrasse na sua residência.
A faxineira sentiu a ausência de Willian, mas como eles tinham seus próprios negócios eram comum que trabalhassem em horários diferentes ou adaptáveis as suas rotinas.
_Will chega daqui a pouco – comentou ao perceber que os delas procuravam por mais alguém – vamos ali na pegar umas vasilhas.
Júlia preferiu não reagir muito, o seu vizinho usava uma calça social preta e estava sem camisa a fazendo pensar muita besteira – muita mesmo – os músculos definidos, aquele peitoral todo bem malhado. Ela começou a criar a teoria que todo aquele brilho misturado com suor apareceram ali do nada para o prazer de sua visão.
"O ruivo molhado e sexy, delícia" a sua mente pensava por conta própria, mas ainda tentava não demonstrar qualquer reação com conotação sexual.
_Aqui estar – Mateus colocou na mesa duas pequenas tigelas com colheres – ao ataque.
_Sim – ambos abriram a tapa do doce e começam a compartilhar entre si.Júlia começou a sentir o calor que fazia naquele final de tarde, ou era o seu próprio calor, e tirou o casaco branco de renda que combinava com o vestido rosado.
O vizinho observou toda aquela cena, até que o ar lhe faltou quando viu que o vestido era de alças finas e evidenciaram o volume dos seus seios.
_Não vai comer mais? – questionou ao perceber que ele havia parado de comer.
_Vou deixar para mais tarde – o desejo por doce foi alterado pela curiosidade de saber se o gosto dela era doce.A faxineira percebeu que o vizinho não conseguia mudar a direção de sua visão, e muito menos ela: havia ficado travada no peitoral e abdômen daquele homem. Era como se o leão e sua presa se encarassem, o detalhe era saber quem era a caça e quem era o caçador.
_Está gostando do que ver? – interrompeu os pensamentos dele – ou quer ver com mais detalhes?
_Júlia – chamou tentando desvincular as ideias de baixaria que havia criado.Sentada na mesa de frente para o vizinho, ela abaixou uma alça do vestido e logo depois a outra. Exibindo então que estava sem sutiã e desejava mais.
_Isso que você chama de pedido de desculpas? – tentava manter a razão, pois não poderia assim de repente transar com a sua vizinha – achei fraco.
_Que tal isso – por fim colocou os seios para fora exibindo para o homem a sua frente que estava querendo algo a mais.Mateus poderia ter ficado sentado, já que não seria a primeira que vi uma mulher se despir na sua frente. Mas ele a queria a todo custo, pois desde do dia que Júlia entrou na mira do ginecologista que a sua vida sexual voltou a ficar quente – e não queria perder isso.
Foi como um passe de mágica: o dono da casa pulou da cadeira e rapidamente começou a chupar os peitos da faxineira. Ela não esperava por tanto desejo, se contorcia de um prazer absurdo.
Ainda na cadeira sentiu as mãos bobas daquele homem, o seu corpo estava sendo invadido e ela adorava isso. Diante disso Mati a ergueu pelo braços e a pressionou na parede, começou a beijar a boca dela como se o fim do mundo estivesse acontecendo ali e ele pudesse perder tudo.
Ao abrir as pernas, ela sentiu o começo da ereção dele, as suas coxas eram amassadas e apertadas. A sua buceta pulsava de desejo.
"Eu não acredito no que está acontecendo." Pensou alto e feliz. Aquele sensação de desejo finalmente iria voltar, Júlia sentia que finalmente conseguiria o orgasmo que tanto sonhava e de brinde uma pau ruivo para sua coleção. Mas o destino nem é e muito menos surto.
Quando menos se espera, o barulho de um carro sendo estacionado na garagem: era William. Júlia parou o beijo e olhou para Mateus, ficou constrangida ao perceber que havia novamente extrapolado os limites. Era como se fosse pra ela fosse pecado desejar e ser desejada.
Desceu dos braços dele, ajeitou o vestido cobrindo as tetas.
_Desculpa – seu rosto estava vermelho de vergonha – não deveríamos...
Ainda com o cabelo bagunçado e cambaleando, ela saiu pela porta da cozinha e não olhou para trás. Já Mateus ficou passando as mãos no cabelo sem saber o que tinha acontecido e como iria contar para o marido. Talvez fosse considerado como traição porque de início era combinado que seria um sexo a três... ele havia passado do limite.
William fechou a garagem, abriu a porta da sala e deixou seu blazer em cima do sofá. Ele encontrou o parceiro sem camisa olhando par um pote transparente em cima da mesa.
_Tudo bem? – perguntou ao perceber que olhar dele estava perdido – perdi alguma coisa?
_Júlia – ele ficou frente a frente, deveria ser homem e contar a verdade – esteve aqui.
_Que bom – comentou feliz e distraído com as panelas no fogão – fizeram as pazes?
_William – chamou pelo nome tornando o clima tenso.O massagista abandonou as panelas e focou toda a sua atenção nele, até que percebeu o volume na calça social do parceiro.
_Se você não tivesse chegado – não conseguia olhar no rosto dele – teríamos transado aqui mesmo na cozinha.
_Seria uma cena gostosa de se ver.
A resposta o pegou de surpresa e ao mesmo tempo tirando um peso das suas costas. O alívio veio.
_Já que está armado – disse indo em direção ao banheiro – hoje o trabalho foi pesado, comi abacaxi e preciso de um banho.
_Quer companhia? – perguntou já indo na direção do banheiro.Mateus entrou primeiro, depois Will já completamente nu. Debaixo do chuveiro após o banho de espumas, alguns toques e provocações, o ginecologista disse:
_Eu não queria chupar, mas quando soube que tinha gosto de abacaxi – o ruivo se ajoelhou na frente dele.

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A Faxineira
ChickLitJúlia é uma faxineira que trabalha de segunda a sábado, dedicada e MUITO ENDIVIDADA por causa do ex namorado. Morando longe de todos que conhece por vergonha do seu trabalho extra (ela faz favores sexuais em troca de dinheiro). Sobrecarregada e exa...