Capítulo 19

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Olhando de longe. Ainda assim, quis ficar na sua personagem com o objetivo de manter o clima sexual daquela sala. E olha que tudo tinha começado uma aposta:

_Me faz gozar sem me penetrar – pedia Júlia – aposto cinquenta.
_Ela te desafiou, Mateus – o seu companheiro debochava de sua cara – e agora?

Se o promotor não tivesse focado toda a sua situação na boca do ruivo engolindo os bicos dos peitos da mulher que ele havia saboreado noites anteriores, Daniel teria visto cartas de baralhos espalhados pela mesa. O trio antes de todo aquele espetáculo estava jogando, e após diversas apostas aquele pedido inusitado saiu.

_Que delícia – entre as chupadas o ruivo comentava – já posso ver o leite.

Os movimentos ao redor do pau iam aumentando, o orgasmo estava chegando com força e o Will sabia que não iria aguentar muito. Ele só não esperava olhar para o lado e encontrar o promotor pasmo olhando para toda aquela cena.

_Daniel? – ele parou de se masturbar.
Mateus ao perceber que havia sido flagrado no ato abandonou os peitos da vizinha e distanciou dela.
_Esse que é promotor? – perguntou assustado.
_É sim – seu companheiro respondeu lhe entregado um almofada para cobrir a reação assim como ele estava fazendo – que faz aqui?
_Como pode ser tão cínica? – ignorou a presença dos dois homens.
_Aproveitando – e continuou os peitos para fora, não sentia vergonha.

Júlia havia sentindo um misto de ciúmes e raiva, então sentia que deveria devolver tudo em dobro para ele.

_Fui um objeto esse tempo todo? – a pergunta sai num tom de afirmação.
_Essa frase deveria ser minha – ela foi em direção a ele com as tetas balançando – beijar a Amanda na frente da Aninha para ela vim me dizer, como pode ser tão cínico?
_Foi você que me negou naquela noite – seu dedo indicador estava apontado para ela.
_E VOCÊ NÃO ACEITOU BEM – disse bem alto – é isso que os homens como você não consegue viver caso recebam um não.
_Mas bem que você gosto do meu pau dentro de você.

William e Mateus não sabiam bem como interferir naquela briga.

_Gente, calma – pediu o ginecologista. 
_Júlia, por favor – Will pediu que a amiga se acalmasse.

O promotor passou as mãos pelo o rosto, andou em círculos tentando não deixar que a raiva o controle.

_Que fetiche estranho de ver a sua mulher sendo chupado por outro – disse a Will – imagina se o juiz fica sabendo isso o nível do caráter do pai da criança.
_Ela não! – implorou o pai.
_O problema é entre nós dois – Júlia voltou a atenção do Daniel para si – a criança não tem nada haver com isso aqui.
_Olha quem fala: a mulher com os peitos para fora que estava sendo chupada por outro.
_Tá com inveja... – Mateus sussurrou.
_Diga em voz alta – ordenou o promotor.
_Você tá com inveja porque era eu quem estava chupando ela, e não você! – Mateus a afrontou.
_Seu merda – foi para cima dele.
Mateus abraçou o seu companheiro, e foi algo tão automático, que era evidente que ali tinha algo a mais.
_Agora faz sentido – rapidamente ele deduziu – vocês dois são um casal.

E aquele clima das novelas da nove de estabeleceu: os três ficaram tensos e sem saberem o que fazerem ficaram parados esperando pelo o pior.

_Acabou o show de vocês – ele saiu rápido da casa e Júlia o seguiu – nos vemos no próximo julgamento.

A faxineira tentou impedir com o seu corpo a direção do carro, mas isso não foi o suficiente para que ele mudasse a posição do carro e saísse em alta velocidade.

Meia hora depois.
As luzes tinham sido apagadas, Ana dormia tranquilamente na sua cama, o Will acabou adormecendo sentado na cadeira – e com a ajuda da Júlia – foi colocado em sua cama. E a faxineira estava no sofá na sala enrolada em uma coberta bem quente. E era isso que ela queria? Não. Desejava bem do que ficar chorando no sofá com um pote de sorvete de chocolate, tentando entender onde tudo começou a da errado.

Após tantos casos ruins, tantos homens, tantos medos e erros... ela não aceitava bem a ideia de ter algo normal. É porque quem vive em conflito quando encontra algo normal acaba estranhando.

“O que eu fiz?” pensou consigo.

Ela poderia negar para o universo no seu todo, mas gostava daquele homão que parecia uma estátua bem grande.

A Faxineira Onde histórias criam vida. Descubra agora