Foi feita correção no dia 15/01/24. Pode encontrar algumas partes diferentes, portanto mesmo conteúdo.
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Voldemort.
A mera menção desse nome provoca apreensão entre muitas pessoas em Londres e na Grã-Bretanha. No cenário internacional, o receio é menos pronunciado, pois é evidente que existem outros Lores das Trevas espalhados pelo mundo, embora não compartilhem da mesma insanidade que caracteriza aquele em questão.
A expressão "fuga da morte" soa como uma ironia. Escapar das garras da própria morte não é apenas uma proeza, mas uma afronta direta à entidade suprema. A Morte, sente-se insultada ao ver um simples mortal escapar por entre seus dedos impiedosos. Decidiu, portanto, delegar essa responsabilidade ao seu protegido ou filho, acreditando que ele lidará de maneira mais eficaz com a situação.
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— Você! — exclamou Diário, arremessando a bolsa impiedosamente sobre a mesa e encarando Morvolo com um olhar fulminante. Este, por sua vez, ergueu uma sobrancelha com indiferença.
— Poderia ter me ajudado! Foi um verdadeiro inferno ir atrás da alma principal! Quase nem apareci nos capítulos anteriores!
Morvolo respondeu com frieza, mantendo-se inabalável diante das acusações.
— Tenho que proteger Harry.
— Temos uma conexão, seu idiota! — Diário esbravejou, as bochechas rubras de raiva, seus olhos levemente injetados de vermelho.
Os adultos observaram as duas horcruxes discutirem, e de alguma forma, Minerva foi arrastada para essa confusão, enquanto Severus, com certeza, não queria lidar com isso sozinho. Era parte do plano para "possivelmente outro vilão pior que Voldemort entrou no jogo" ou "evitar destruição da magia".
Em algum momento, será explicado como Severus foi arrastado para essa bagunça.
Minerva, cansada da infantilidade dos homens, levantou-se abruptamente da cadeira, distribuindo tapas nos ombros de ambos, repreendendo-os por agirem como crianças.
Aproveitando a distração dos mais velhos, Harry dirigiu-se à bolsa que se contorcia como se tivesse algo vivo dentro. Abriu-a cautelosamente, deparando-se com uma cobra albina de olhos vermelhos intensos, semelhantes a rubis sem o brilho de uma joia.
Um sorriso animado iluminou o rosto de Harry ao pegar a cobra com cuidado. Os assobios ao redor cessaram abruptamente, como se a serpente estivesse perplexa e confusa. Harry acariciou as escamas macias e lisas, sua magia inconscientemente conectando-se com a alma quebrada dentro da cobra.
— Você não é bonito? Gostei bastante das suas escamas e olhos vermelhos — murmurou Harry, aproximando a cabeça da cobra do seu rosto. — Que espécie é essa?
Todos se voltaram para a cena surreal de uma criança segurando uma cobra desconhecida nas mãos. Tom e Morvolo ficaram tensos de preocupação.
— Voldemort — sussurrou Morvolo, quase sem fôlego, a preocupação irradiando dele.
— A alma principal — grunhiu Tom, visivelmente nervoso. — Melhor colocar na bolsa antes que te morda. Ele possui uma cobra venenosa do Egito.
— Não, eu gostei — contestou Harry, abraçando a cobra como se fosse um bicho de pelúcia.
— Oh Merlin — murmurou Gellert, passando a mão pelo rosto. — Harry, ouça eles.
— Não — Harry respondeu, encarando todos com determinação. Ele nunca desobedecera a uma regra simples, muito menos do seu segundo pai.
Caminhou em direção ao seu canto do escritório, próximo ao poleiro de Fawkes, sibilando suavemente para a cobra, que parecia mais estupefata que todos ali. A fênix aproximou-se do par curiosamente.
Albus ergueu as sobrancelhas, observando seu velho amigo perplexo ainda encarando o jovem Potter.
— Ele está crescendo — comentou Minerva, com um sorriso divertido e carinhoso. — A rebeldia, na maioria das vezes, é o que surge nas crianças a partir dos onze anos.
— Ele está crescendo — repetiu Gellert, melancólico. — O tempo passou muito rápido...
Harry franzia a testa ao perceber algo fora do comum na magia do Lorde das Trevas original. Cutucou a linha verde entrelaçada na linha vermelha, puxando-a até sentir o incômodo na alma quebrada. A cobra recuou violentamente, sibilando de dor. Harry concentrou toda sua magia na linha verde, que tentava desesperadamente se segurar à linha vermelha enfraquecida.
Gellert virou-se subitamente, sentindo perturbação em alguma alma. O espectro do diário caiu no chão, desaparecendo nas páginas sobre a mesa. A forma física de Morvolo falhou antes de desaparecer sem tempo para reação.
Fawkes gritou, batendo as asas e usando suas chamas para exibir todas as linhas de magia espalhadas. Dumbledore piscou perplexo e maravilhado com a visão em seu escritório.
— O que está acontecendo? — perguntou Minerva, preocupada, retirando sua varinha do bolso com cautela.
— Harry! — exclamou Gellert, correndo até seu filho.
Ele puxou Harry para perto, encostando no peito e juntando as mãos para empurrar sua magia e expulsar o parasita da magia do Lorde das Trevas. Puxou com força, fazendo o parasita chiar, e o lançou para Fawkes, que pulou no ar, pegando-o com o bico e engolindo-o de uma vez.
— O que foi isso? — questionou Severus, observando as linhas mágicas desaparecerem lentamente.
— Um parasita que ninguém consegue ver, a não ser um necromante — respondeu Grindelwald, limpando o suor da testa de Harry. — Não é fácil de tirar e exige muita magia de um necromante inexperiente e totalmente formado. Você fez um bom trabalho para a primeira vez, garoto.
Harry deu um pequeno sorriso feliz com a conquista, fechou os olhos descansando um pouco, sem soltar a cobra, que adormecera nos seus braços.
— Esse parasita causa algum perigo? — perguntou Albus, ajeitando seus óculos, acariciando as penas brilhantes de Fawkes, que parecia bastante satisfeita.
— Surgem em guerras ou exposição de magia mental de longa duração sem nenhum cuidado — explicou Grindelwald, colocando Harry em uma cama transfigurada por Minerva. — O mais comum é na guerra, o único efeito é deixar a magia sempre em alerta, gastando mais energia e o próprio núcleo desgastando de um ser. O que, no final, pode deixar alguém paranoico.
— Ou uma pessoa que tenha os recursos e capacidade certa para plantar esses parasitas. Os necromantes estão proibidos de colocá-los em seres, a consequência é apagar a existência, sempre vigiada pela própria Morte — acrescentou depois de alguns segundos, pensando na possibilidade.
— Acho que percebi a mudança depois da guerra — comentou Severus, franzindo a testa. — Sempre atento a tudo e mais propenso a atacar qualquer um que o irritasse.
— Tom estava exposto à guerra desde criança, poderia ter pego mais cedo — suspirou Dumbledore, sentindo-se um pouco culpado. Poderia ter feito algo para mudar esse destino.
— Agora é ver a mudança, as almas se juntaram — informou Grindelwald, desinteressado, enquanto outros ficaram em alerta. — Agora é deixar a Morte escolher um corpo para ele.
Olharam para os objetos dos fundadores, que pareciam limpos e sem nenhuma magia negra. A cobra agora parecia normal, sem a alma de um louco.
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Além do "Normal" - HP
FanfictionEle sempre foi diferente, não importa se era um "trouxa" ou um "bruxo", olhava tudo além do "normal" descobrindo vários conhecimentos desconhecidos e surpresas. E quando encontrou os olhos vermelhos com pupilas iguais uma cobra, viu a alma despedaça...