Capítulo 16 - As consequências das fofocas de Pansy

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Pansy Parkinson era uma ávida coletora de fofocas em Hogwarts, alimentada pelas histórias que fluíam através de sua mãe, uma entusiasta na arte de reunir informações intrigantes. Indiferente ao julgamento sobre o hábito de fofocar, Pansy encontrava satisfação em conhecer os detalhes mais íntimos da vida alheia.

A influência de seu pai no Ministério da Magia aprimorou consideravelmente as fofocas, proporcionando-lhe momentos de riso compartilhados em família ao explorar as peculiaridades das outras pessoas. Sua habilidade em ler lábios, adquirida com prática e algumas dicas trouxas, acrescentava um toque peculiar aos dias de risos desenfreados.

A postura rígida exigida pela tradição puro-sangue era frequentemente desafiada por Pansy, que encontrava na diversão e na quebra de estereótipos uma forma de escapar da monotonia. A família Parkison, encorajada por Pansy, abandonou as tradições tóxicas puro-sangue após ela compartilhar as palavras de Harry Potter ao ingressar na Sonserina. Essa revelação marcou o ponto de virada que os motivou a se libertarem das amarras do passado.

Rose e Jackson Parkison optaram por investir em serviços trouxas, absorvendo conhecimento e ideias inovadoras que poderiam ser combinadas com a magia. A mudança na dinâmica familiar trouxe um alívio para Pansy, que se viu livre das expectativas sufocantes da sociedade bruxa.

Draco Malfoy, ciente da rigidez do pai, compartilhou inicialmente as mudanças em sua família com sua mãe, sugerindo uma aproximação com a mãe de Pansy. Intrigada, Narcisa decidiu investigar mais sobre essa reviravolta inesperada, procurando compreender os motivos por trás da mudança radical.

À medida que as mães com filhos em Sonserina – e até mesmo em Corvinal – compartilhavam experiências, a onda de mudanças se espalhava por Hogwarts. A atitude progressista de algumas famílias, antes presas a tradições ultrapassadas, começava a influenciar o ambiente da escola de magia.

Pansy sentia-se orgulhosa da transformação que instigara em sua própria família e em outras ao seu redor. Enquanto aproveitava as manutenções na escola para atualizar suas estratégias de fofoca, mal sabia ela que suas ações inovadoras poderiam desencadear imprevistos surpreendentes.

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— Sabia que o ministro está planejando aumentar os impostos? Isso certamente terá um impacto negativo na economia da Grã-Bretanha — sussurrou um funcionário do Ministério da Magia, compartilhando suas preocupações.

— O Ministro Fudge só se preocupa com poder e riqueza — rosnou outro, visivelmente irritado. — E aquela mulher, Umbridge, está sempre ao lado dele.

— Parece que ela está ganhando mais influência este ano — concordou, esfregando os olhos cansados. — Trabalho muito para ver poucas mudanças.

— Tentar conversar com os aurores é inútil. Às vezes, sinto que os policiais trouxas fazem um trabalho melhor, mesmo com sua corrupção — suspirou, apoiando os braços cansados na mesa. — Pelo menos eles investigam antes de tomar medidas drásticas. Hoje em dia, nem uma simples investigação ocorre antes que alguém seja enviado para Azkaban.

— Exatamente! Precisamos de mudanças, mas parece que isso vai demorar muito — concordou o outro, expressando frustração. — Só nos resta esperar que as coisas não piorem.

Pansy, enquanto mordia um pedaço de seu sanduíche de frango, concordava mentalmente com a conversa. Enquanto seus pais discutiam sobre livros e estudos em casa, ela observou discretamente duas figuras encapuzadas entrarem no local. Deslizando sua magia como uma cobra imaginária pelo chão, ela a guiou até a mesa onde estavam sentadas.

Deixando seu sanduíche de lado, Pansy pegou seu suco de uva na taça, observando com interesse enquanto a cobra imaginária se enrolava na perna da mesa. Ela mal podia acreditar que havia aprendido essa habilidade em apenas três semanas, mesmo que isso envolvesse alguns desmaios e noites mal dormidas.

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