Além do "Normal" - HP

Capítulo 5 - A Cicatriz

Foi feita correção no dia 15/01/24. Pode encontrar algumas partes diferentes, portanto mesmo conteúdo.

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Gina Weasley perambulava pelos corredores silenciosos, envolvida pela escuridão noturna, segurando firmemente um diário de couro negro em suas mãos. Seus olhos pareciam distantes, enquanto ascendia as escadas que se moviam em direção ao terceiro andar da escola. Os quadros pendurados nas paredes estavam estranhamente vazios, testemunhando apenas a presença solitária da aluna do primeiro ano à luz tremeluzente das velas.

Ao alcançar o banheiro feminino abandonado, até o próprio fantasma do banheiro se assustou, retendo-se para não se manifestar. O chão estava molhado, as torneiras exibiam padrões de cobras, e os espelhos ocultavam detalhes que revelavam um segredo assustador e misterioso.

Gina tocou em uma parte da torneira, revelando escamas finamente desenhadas e presas de cobra na boca do objeto.

— Abra — proferiu ela com um sibilo áspero e sobrenatural.

As pias e os espelhos começaram a se mover, revelando uma entrada secreta. Com sua varinha em mãos, Gina sussurrou "Lumos" para iluminar o caminho à sua frente. Um túnel úmido e escuro se estendia diante dela, e escadas magicamente se formaram, levando-a para as profundezas da escuridão.

Após alguns minutos de descida, Gina emergiu em uma área ampla, cercada por estátuas de cobras e poças d'água no chão. Seus olhos se arregalaram ao se deparar com duas figuras, acompanhadas de um basilisco que parecia sibilar de prazer, enquanto uma criança da Sonserina coçava casualmente o queixo da criatura.

— Olá, diário — cumprimentou o homem mais velho, com traços serpentinos evidentes. Tinha vinte e poucos anos, feições aristocráticas perfeitas, e escamas brilhantes nas bochechas próximas aos olhos. Vestia roupas pretas simples e modernas, seus olhos lembrando um sangue brilhante cheio de poder e segredos. Uma cicatriz em forma de raio na testa, semelhante à de Harry Potter, era claramente visível.

Gina, ou a entidade que a possuía, ficou boquiaberta, perdendo completamente a postura séria que mantivera até então.

— Que inferno?!

~*~

Dois dias antes,

— O novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas será Lucius Abraxas Malfoy. Ele se ofereceu para lecionar até que possamos encontrar um professor permanente para os próximos anos — anunciou Dumbledore aos alunos, sendo saudado por palmas educadas.

O Lorde Malfoy acenou de volta para os alunos. Draco, sem dúvida, estava ansioso para ver seu pai ministrando aulas, assim como outros sonserinos que esperavam se beneficiar com a vantagem de terem o patriarca Malfoy como instrutor. Harry franziu o cenho, inclinando a cabeça e apertando os olhos levemente. Observou uma linha vermelha, fraca e quase imperceptível, conectando-se à mesa da Grifinória. Era sutil, mas estava lá. Em certo ponto, próximo aos alunos do primeiro ano, uma aura de magia obscura tomava a forma de uma figura humana.

— Conheço esse olhar — comentou Blaise, atraindo a atenção de Potter. — Achou algo interessante?

— Conto amanhã — respondeu Harry, desanimando um pouco Zabini. — Mas é intrigante.

— Então, quem quer ouvir fofocas? — Perguntou Pansy, aproximando-se de seus amigos. — Descobri várias nos últimos dias, durante as aulas livres.

— Com certeza queremos — disse Daphne, interessada. Ela havia se juntado ao grupo de amigos no dia do incidente com Lockhart, sentindo que se envolveria em encrenca. Pelo menos seria divertido sair um pouco da postura profissional e sempre séria. Às vezes, só queria ser ela mesma.