— Às vezes, palavras podem ter um significado muito maior do que prevemos — disse o professor Lupin, diante do mar de alunos nas fileiras de cadeiras, com papeis flutuando ao redor enquanto faziam anotações da aula. — Uma lenda diz que a magia está ligada às nossas emoções, e isso é comprovado pela ciência mágica. Alguém poderia explicar por que foi comprovado?
— Em situações emocionais frágeis, a magia fica mais turbulenta dentro do nosso núcleo e é propensa a reagir com raiva ou tristeza — respondeu a herdeira White, com seu cabelo castanho-avermelhado e pele escura, olhos castanhos e postura elegante.
— Certo, já pensaram em usar essas emoções a seu favor? — Disse Lupin, olhando para sua aluna, que parou para pensar.
— Sim — confirmou a herdeira White, franzindo levemente a testa. — Não entendo onde quer chegar.
— Fazer magia sem varinha — apontou Lupin, surpreendendo-os. — Temos a confirmação de que a magia funciona mais com as emoções. Antigamente, qualquer mágico conseguia usar magia sem varinha, mas aos poucos aprenderam que a varinha consegue administrar melhor o foco. Portanto, poucos conseguem realizar essa façanha nos dias de hoje.
— Então... qualquer pessoa pode usar magia sem varinha? — Perguntou Zabini, maravilhado.
— Sim e não — informou Remus, aproximando o quadro negro, desenhando duas esferas com giz. — Usar magia requer bastante do nosso núcleo e força mental. No momento, estão em fase de crescimento, desenvolvendo seu núcleo até o limite possível para quando se tornarem adultos.
Apagou algumas partes do núcleo, representando uma esfera incompleta para os jovens.
— Podem atingir isso na adolescência, entre 15 a 17 anos, testando feitiços fáceis e que não requerem muita magia para ver ou sentir se conseguem fazê-lo sem varinha — continuou, cobrindo metade da outra esfera. — Nessa idade, seus núcleos estarão mais desenvolvidos e quase completos.
— Já existiu alguém jovem que fez magia sem varinha? — Perguntou Ron, surpreendendo alguns colegas e os Sonserinos.
— Sim, tinha o apelido de Flor — disse Remus, fechando os olhos por um momento enquanto franziu as sobrancelhas. — O nome verdadeiro não foi revelado por algum motivo, mas o apelido "Flor" foi dado por conta de sua aparência e personalidade. Tinha doze anos quando foi registrada nos livros ou revistas, há muitos séculos atrás.
— Poderão encontrar mais informações nos livros do quarto ano, disponíveis na biblioteca — informou, mudando de assunto.
A herdeira White ficou satisfeita com a resposta e o conteúdo fornecido, anotando tudo em seu caderno feito para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Parou de escrever, tendo um pensamento repentino.
— Espere, essas pessoas, quando precisam de varinhas para se esconder ou esconder seu potencial, o que fazem? — Perguntou rapidamente, interrompendo o professor enquanto apagava o quadro e os outros alunos se preparavam para sair.
— Provavelmente vão usar um graveto comum no lugar da varinha — riu Lupin, voltando a apagar o quadro. — Muitas coisas podem ser usadas para esconder potenciais. Deixe-se revelar quando acharem a hora.
Harry bufou, tapando a boca, seu olhar indo para o teto. Não tinha nenhum poder de fala sobre esse assunto; ele fez exatamente isso no jardim de infância mágica na Alemanha, já que odiava segurar varinhas mágicas fracas feitas para crianças pequenas se acostumarem.
— Por que sinto que nesse bufar há algum significado? — Questionou Draco, dando um olhar desconfiado.
— A resposta me lembrou algumas memórias — disse Harry, olhando para Malfoy nos olhos antes de desviar rapidamente. — Vamos, preciso ver alguns assuntos no horário livre.
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Além do "Normal" - HP
FanfictionEle sempre foi diferente, não importa se era um "trouxa" ou um "bruxo", olhava tudo além do "normal" descobrindo vários conhecimentos desconhecidos e surpresas. E quando encontrou os olhos vermelhos com pupilas iguais uma cobra, viu a alma despedaça...