— Tempo, o que houve nesse determinado período? Só para me planejar — perguntou o Deus das estrelas, sua cabeça era literalmente uma estrela (uma bola brilhante para ser mais preciso). Seu dever era cuidar das almas dos mortos quando a Morte aprova, para qualquer ser.
— Resumo breve ou detalhado? — Questionou Tempo, parando de escrever com as próprias mãos, mas a caneta continuou a escrever sozinha, a tinta branca cintilante preenchendo as páginas. — Não posso revelar muitas informações também.
— Então vá com o resumo breve — bufou o Deus da Criatividade, deitado em um sofá feito de nuvens cinzas.
— Alguém morreu — disse Tempo, inexpressivo enquanto outros Deuses não esperavam essa resposta.
— Você praticamente acabou de estragar meus planos — expressou a Deusa da Beleza, incrédula com essa informação que só o Tempo possui.
— Ok, vou explicar em detalhes antes que dê algum problema — disse rapidamente, se ajeitando em sua poltrona. — Recentemente começou a vir à tona o que já estávamos preocupados. Quando o príncipe Peverell chegou a Hogwarts pela primeira vez, tudo começou a se desenrolar como se alguém tivesse planejado a chegada dele.
— Depois de um tempo, Hogwarts foi atacada por um obscurial com localização desconhecida. A Morte interveio para salvar seu príncipe do ataque, conseguindo permissão do Líder para intervir no plano mortal. O obscurial revelou informações preciosas que não sabíamos.
— Lorde White, possivelmente um Lorde das Trevas ou um Corrupto Celestial — mexeu os braços enquanto explicava, na sua mão apareceu um cristal flamejante representando um perigo na visão dos Deuses. — Zarix Pouir Unive, o nome verdadeiro do problema central.
— White é um sobrenome mágico, e a herdeira está estudando em Hogwarts — apontou a Deusa da Vida, seus olhos verdes puros e brilhantes. Ela esfregou seu queixo com acessórios de árvore. — O príncipe Peverell pode estar ciente disso em breve.
— Minha princesa vai entrar no próximo ano escolar — disse Tempo, fechando seu caderno. No seu peito, a ampulheta parou de funcionar, a areia branca ficando escura. — Eles vão conseguir trabalhar juntos.
— CO-ooontinue — reverberou o Deus da Energia, não possuindo corpo físico, mesmo que possa tomar forma de um corpo se quiser.
— Certo, agora a situação ainda está indefinida sobre o que vai acontecer. Outros príncipes e princesas vão começar a entrar no plano para manter o equilíbrio no plano mortal — disse Tempo, minis portais começaram a aparecer em suas cinco mãos. — Portanto, temos que vigiar outros universos daqui a alguns dias. Eles não vão contar com nosso apoio por um mês no tempo do plano mortal. O que podemos fazer é garantir que os Guardiões, Reis e Rainhas ajudem nossos príncipes e princesas nesse meio tempo.
— Temos que ter cuidado para garantir que eles estejam do nosso lado. O Guardião Glacies foi enganado por esse comminatio — comentou a Morte amargamente, ainda decepcionada com seu guardião. — Verificaremos antes de irmos aos outros universos.
— Concordo — Destino gostou do plano, seu caderno de folhas pretas sendo separado em várias partes.
A função de Destino pode ser parecida com a do Deus do Tempo, somente mais complexa, pois pode prever o futuro ao contrário do Tempo, que escreve o presente, passado e futuro quando consegue ter uma visão rara também. Normalmente, são os eventos mais importantes que Destino não consegue prever.
— Ok, chega de recapitulação — interrompeu Tempo, abrindo novamente seu caderno, a caneta retomando sua escrita autônoma. — Aguardamos o presente, não o futuro.
Uma de suas mãos agarrou a caneta, reassumindo o controle da escrita.
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Logo pela manhã, o grande salão de Hogwarts estava repleto. Normalmente, seria um local animado, com conversas animadas e estudantes desfrutando de seus cafés, mas naquele momento, pairava um silêncio tenso, todos encarando a cena que se desenrolava diante deles.
— Potter — começou Ronald, visivelmente tenso ao ser o centro das atenções e enfrentar o silêncio opressivo ao seu redor. Suas mãos tremiam ligeiramente.
— Sim, Weasley? — respondeu Harry, interrompendo sua caminhada em direção à mesa da Sonserina.
O ruivo engoliu em seco, sua boca abrindo e fechando como se estivesse tentando articular palavras que relutavam em sair. Piscou várias vezes, respirando fundo e gradualmente recobrando a compostura. Começou com um sussurro hesitante.
— Eu me desculpo por tudo o que fiz a você — Ronald curvou-se na medida do possível, evitando perder o equilíbrio e cair de maneira humilhante. — O bullying, as brigas desnecessárias, por te machucar. Eu estava sendo idiota e infantil.
— Não é necessário recusar as desculpas devido a um passado horrível... — foi interrompido por Potter, que colocou uma mão em seu ombro, endireitando sua postura.
— Nunca fale mal do passado. Pode ter sido marcado por várias imperfeições e malevolências — disse Harry, olhando de cima para baixo como se estivesse avaliando algo. — Mas aprendemos lições para não repetir no futuro. Você mudou agora, aprendeu com os erros.
— E eu aceito suas desculpas. Não podemos retomar a amizade que tínhamos antes, mas podemos começar de novo, uma nova etapa para ambos os lados. Não adianta fixar-se em um passado que já aconteceu — sorriu suavemente para Weasley, que o encarava maravilhado com a calma e as palavras sábias.
— Obrigado — fungou Ronald fracamente. — Não vou agir como antes.
— Podemos jogar xadrez mágico um dia desses — propôs Harry, mudando de assunto enquanto retomava o caminho para sua mesa.
Ronald esfregou os olhos, afastando-se para encontrar um local mais tranquilo onde pudesse respirar sozinho e se recompor antes do início das aulas. Foi um momento marcante para aqueles que não esperavam uma mudança tão significativa em Weasley.
— Fred — sussurrou George, boquiaberto com o acontecimento. — O que acabamos de presenciar?
— Um milagre — disse Fred, com os olhos arregalados. — Nosso irmãozinho mudou...
— Tem certeza de que este é o Ron? — questionou Gina, sua expressão incrédula evidente.
— Podemos conversar com ele. Aquele dia em que o Malfoy deu uma baita palestra pode ter tido algum impacto — comentou Fred, falando baixo para que ninguém mais ouvisse. — Deve ter deixado alguma marca.
— Pode ser isso — concordou George, voltando a concentrar-se no café da manhã em seu prato.
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Eu sei que é um capítulo pequeno, ao contrário dos últimos capítulos.
Eu sei que acabei dando muitos spoilers! ಠ_ಠ
Portanto, antes de tudo, isso ajudará todos a acompanharem a história. A cada poucos capítulos, agora em diante, farei recapitulações para que ninguém fique perdido. Será uma recapitulação interativa, não apenas um resumo literal dos capítulos.
E sim, talvez o trio volte, mas não juntos da mesma forma. Apenas o Weasley vai aparecer com mais frequência, pois ele é um bom estrategista nos livros, e vou precisar dele ao decorrer da trama.
Bem, até a próxima! (☞゚ヮ゚)☞ ☜(゚ヮ゚☜)
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Além do "Normal" - HP
FanficEle sempre foi diferente, não importa se era um "trouxa" ou um "bruxo", olhava tudo além do "normal" descobrindo vários conhecimentos desconhecidos e surpresas. E quando encontrou os olhos vermelhos com pupilas iguais uma cobra, viu a alma despedaça...