Além do "Normal" - HP

Capítulo 7 - Ex-inimigos

Foi feita correção no dia 15/01/24. Pode encontrar algumas partes diferentes, portanto mesmo conteúdo.

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— Gellert, que surpresa — disse Albus, apertando levemente os olhos enquanto retornava aos seus pensamentos sobre essa situação peculiar. Grindelwald, principalmente, deveria estar preso agora.

— Depois colocamos o assunto em dia, Albus — respondeu Grindelwald, lançando um olhar breve ao garoto ruivo que se encolhia de medo. Em seguida, voltou a encarar seu antigo inimigo/amigo. — O que aconteceu com Harry?

— Ronald acabou dando um soco, quebrando o nariz de Harry. Peço desculpas pelas ações do nosso filho — disse Arthur, curvando-se em sinal de respeito ao homem. Sempre é necessário mostrar educação para as famílias antigas e sagradas, e esse homem exalava um ar de superioridade. — Irei puni-lo. Não criamos Ronald para ser assim.

Grindelwald deu uma segunda olhada na família Weasley. Este garoto vai precisar de muita disciplina, dá para perceber pela magia que está irritado e assustado. Balançou a cabeça de forma positiva, indicando sem palavras que ouviu, sua expressão traindo nada além de apatia.

— Posso ver meu filho? — Albus olhou surpreso para seu ex-amigo.

— Claro, vou levá-lo até lá — concordou Dumbledore, indo em direção à porta. Fez uma pausa, virando-se para os ruivos. — Molly, Arthur, infelizmente, seu filho terá que ser suspenso por uma semana. Não foi apenas um soco que ele deu; está perturbando a casa Grifinória e assediando alunos de outras casas.

— Entendo, sem problemas — confirmou Molly, pegando o braço do seu filho. — Agradeço por nos informar.

A porta foi fechada, deixando-os sozinhos, a caminho da enfermaria. Os quadros pareciam espantados com a presença de Grindelwald, alguns perplexos ou curiosos.

— Como está fora do Castelo Nurmengard e mais jovem? — perguntou Albus, curioso.

— A morte pode ser um punhado às vezes — desabafou Grindelwald, lembrando-se do dia que parecia ter sido ontem. Nunca esqueceria da dor que sentiu naquele momento; o frio parecia devorar sua pele. — Sabe da marca que tenho?

— Sim, era uma marca que destacava para todo o sempre seu nome e poder — confirmou Dumbledore, balançando a cabeça.

— Era a marca dos Peverell, a Morte ficou irritada por ter sido usada para outro propósito — admitiu Grindelwald a contragosto, os cantos dos lábios curvando um pouco. — E quem tivesse a marca fazia parte da linhagem Peverell. Eu tinha sido ligado à Varinha das Varinhas por muito tempo, então faço parte da linha fora da família oficial.

— Isso não explica o motivo de ter adotado Harry Potter — apontou Albus, levantando uma sobrancelha.

— Harry não é somente da família Potter, que é bastante antiga e nobre, apesar de serem diferentes. Toda família Potter descende da linhagem de Ignotus Peverell, por isso eles sempre tinham uma Capa da Invisibilidade dada aos herdeiros e herdeiras como tradição — explicou Grindelwald detalhadamente, sua testa franzindo um pouco. — Mais linhagens importantes foram sendo adicionadas à lista.

— Oi, Harry — sussurrou suavemente, abaixando-se até ficar à altura da pequena criança de 9 anos, tornando-se menos intimidador devido à diferença de altura. — Meu nome é Gellert Grindelwald, vim aqui para te adotar.

— Mas... Tem outras crianças melhores que eu — disse Harry, com a voz baixa, encarando os pés e apertando a borda da camisa que vestia. Seus grandes olhos verdes infantis brilhavam de tristeza e inocência. — Eu sou uma aberração.