Se relacionar com outra pessoa, tão cedo após terminar o casamento, foi uma surpresa para Vanessa, principalmente em se tratando de uma mulher. O fato de ser Andréia aumentava o grau de surpresa, primeiro por ser umas das mulheres mais desejadas da academia e segundo por ser casada. Parecia uma grande pilha de improbabilidades e Vanessa estava no topo. Descobriu as delícias do sexo lésbico, bem diferentes dos homens e dos vibradores. A delicadeza nas carícias, nos toques, na pele e a forma especial de chuparem a sua boceta a levaram a um novo patamar de prazer. Vanessa havia se apaixonado.
Passou a frequentar a academia todos os dias, recebendo atenção ainda ais cuidadosa de Andréia. Qualquer orientação era recheada de toques e mãos bobas, elevando sua excitação para explodir em delicioso sexo no vestiário. A professora passava toda a aula sendo exigente, brincando de ser mandona algumas vezes e se entregava, submissa, aos carinhos da aluna. Vanessa não era bruta, muito pelo contrário, mas de divertia dando ordens e mandando Andréia fazer o que ela quisesse.
Toda essa diversão clandestina não poderia durar muito.
— Me desculpa Vanessa, mas acho que o Jeferson está desconfiado. Esses banhos têm demorado muito.
— Eu que peço desculpas. Estou divorciada e acabando com o casamento de vocês.
— Não fala assim, fui eu que seduzi você.
Vanessa sorri, timidamente, assim como tímidas lágrimas caem.
— Não fique assim, meu bem. Quero continuar vendo você, só não podemos fazer isso aqui. Será que não posso ir à sua casa, no sábado?
Vanessa olhou Andréia, reticente. Sua professora então sussurrou no seu ouvido as palavras mágicas.
— Só precisa me dizer o que quer, e eu faço.
No sábado seguinte, Andréia estava na porta da casa de Vanessa. Vestia uma calça jeans justa e um blusa de alcinhas. A anfitriã a recebem com um vestido leve, rodado. Trocaram dois beijinhos na porta para manter as aparências, mas bastou entrarem em casa para as duas se agarrarem aos beijos.
— Quer fazer aqui, na cozinha?
— Não, mas você vai tirar a roupa aqui e subir pelada para o meu quarto.
Andréia obedeceu, tirou a calça e a blusa, mantendo a calcinha, pois esta, sua aluna faria questão de tirar na cama. Vanessa também tirou o vestido e conduziu sua amante escada acima. Na cama, as duas cruzaram as pernas, formando uma tesoura e se esfregaram até gozar juntas.
Permaneceram abraçadas na cama, trocando carícias. Andréia olhava admirada para aquele quarto e reparando naqueles equipamentos de luz.
— Você é fotógrafa?
— Não, por quê?
— Esses equipamentos, são de fotógrafos, não?
Vanessa relutou em responder. Sabia ser mais seguro manter certas coisas em segredo, mas achou injusto esconder algo de uma mulher que arrisca seu casamento para passar um tempo com ela. Além disso, tudo com Andréia era excitante, e compartilhar coisas mais íntimas era mais do que desejado.
Foi assim, com um sorriso malicioso nos lábios, que Vanessa mostrou sua página na internet. Sentada na cama, com os olhos no notebook, Andréia viu cada foto, lendo todos os comentários. Observando ela hipnotizada, Vanessa a abraçou por trás, levou uma mão até entre suas pernas e sentiu o clitóris endurecido. Com um dedo, ela deu voltas em torno dele.
— Viu, sua namorada é uma puta.
Andréia gemeu.
— Que puta gostosa que estou namorando, hein!
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Revolução
Short StoryPROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS. Após se divorciar, Vanessa se descobre uma exibicionista. Ao direcionar seus desejos se exibindo anonimamente na internet, ela dá vazão a suas fantasias, enquanto esconde sua identidade em uma cidade conservadora.