FLORES

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O tempo passou, a criança morreu
O fogo apagou, a cinza nasceu
A pétala caiu, o cheiro partiu
O frio apareceu e o coração esqueceu

Abri-se a mão ao vento em silêncio
Decora a cara com o riso da solidão
Deixe renascer em ti próprio o início
E não te negues o calor de um perdão

Da grandeza de ti não nasce nada
Mas na grandeza de si nasce a rosa
O fogo que aquece a tua morada

A inocência renasce com um novo cheiro
E há de haver flores gratas em teu canteiro
Capaz de explorar o teu mundo inteiro

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