O Silencioso Mundo das Letras

Nessa Vila

Fumaça nas ruas, nas casas, nas praças
Correndo nuas, sem tantas desgraças
Perfume pra quê se ninguém vai notar
A fumaça e o sol vão vim me devorar

Mas o céu tá azul, estão todos brincando
Tem urubus no céu e no chão se secando
Ficar sozinho pra quê se ninguém vai notar
Como asas de abutres vou me libertar

É você pra lá e eles pra li, Outros do lado de cá e outros só a fingir
Saindo e entrando, com um mais triste sorrir
Se era para amar, porque eles não imitam aquele que então há de vir

Agora o céu está negro, tão rápido a chuva vem ecoando pela floresta
Nesse frio escuro as crianças correm fazendo a festa
Assim é a vila onde os imperadores são as pessoas mais modestas