E os olhares de gurias dessa juventude
Que fervilham nos igarapés de domingo
E sem bom senso driblam a saúde
Atravessando e varando florestas e sumindoDe quem depende toda essa euforia
Que sonham tantos sonhos que eu não sonharia
E quando somem acabam em bêber
E quando vivem não os deixam mais viverÉ só a casa, o banheiro e o fogão
É só o bar, os amigos e o feijão
E são amigos, inimigos desde então
E os sonhos trancados no porãoE eu que posso viajar, fico dormindo
E eu que posso ser livre, ando sumindo
Porque não sonhar, porque não sonhar
Como as gurias que agora fazem o jantar
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O Silencioso Mundo das Letras
PoetryPoesias Embaralhadas nas Entrelinhas do que é real. A lógica das palavras invertidas!