001 | His touch ★

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7 de Outubro 2007Hamburgo, Alemanha

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7 de Outubro 2007
Hamburgo, Alemanha

Anya dançava pela sala de uma maneira automática; simplesmente executava os passos que já estavam cravados na sua mente. No fundo dos seus pensamentos, conseguia ouvir o som da música abafado, que por vezes era interrompido pela voz alta e severa da sua professora.

Cada vez que ficava na ponta dos seus pés, uma dor exuberante era sentida no local. Embora a sua expressão não mudasse, a dor que seu corpo sentia quando os passos complicavam deixavam a sua respiração trémula.

Anya não sabia o que a enojava mais; a voz irritante da sua professora ou a música que, antes amada, agora provocava uma náusea forte na garota.

Assim que a música encerrou, a garota não conseguiu conter a sua queda, caindo de joelhos no chão. A sua respiração estava ofegante, e Anya estava com a cabeça baixa e com os seus olhos fechados.

- Anya, você me está desapontando. Precisamos de expressão porra! Você não é nenhum robô dançando, certo?

A voz agreste da Sra. Hoffmann, a sua instrutora de Ballet, soou, embora a morena apenas a ouvisse como um murmuro longínquo.

- Me perdoe, professora... Eu prometo... prometo que vou melhorar!

Anya levantou a sua cabeça, encarando a mais velha com um olhar de súplica. A Sra. Hoffmann não aguentou; Müller estava totalmente destruída, e a professora não a queria desgastar mais. Decidiu então simplesmente liberar a morena, suspirando assim que a mesma se levantou e se arrastou sala fora.

A jovem foi para o balneário, se sentando no banco, encarando o nada. Estava cansada e cheia de dor; tinha a certeza que algures nos seus pés estava um corte ou outro, sentia ardência no local.

Felizmente estava sozinha, o que foi motivo suficiente para soltar as lágrimas que se haviam acumulado ao longo do dia. Se encolheu, deitando a cabeça sobre seus joelhos e abafando seu choro. O seu corpo tremia, talvez do frio que estava sentindo? Ou talvez fosse da descarga emocional que estava tendo.

De repente sentiu vergonha de estar chorando como estava. Fungou, se levantando e caminhando até ao espelho, soltando um riso depreciativo ao ver o seu estado. As suas olheiras estavam escuras, o que ilustrava muitas noites sem dormir.

Retirou a sua saia, vestindo um conjunto moletom por cima da sua roupa de ballet. Arrumou as suas coisas saindo a passo acelerado da academia, murmurando um baixo "Até mais" assim que passou pela moça que estava na entrada.

O ar fresco foi como um alívio para a garota. Parou no seu caminho, retirando seu mp4, conectando aos seus fones. Caminhava enquanto ouvia "Every you, every me" dos Placebo.

A sua casa não ficava muito longe da academia, mas cansada como estava, estava parecendo uma eternidade até chegar ao seu apartamento. Eram 7 da tarde; estava começando a anoitecer, algumas discotecas já estavam com as luzes ligadas, prontas para algures durante a noite abrirem.

𝐄𝐕𝐄𝐑𝐋𝐎𝐍𝐆 ! ☆ - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora