Anya Müller, uma bailarina que está aos poucos se perdendo. Tom Kaulitz, um guitarrista mulherengo que não acredita na existência do amor, como ele diz, só consegue "amar uma mulher por uma noite".
Quando o assunto é a Anya, talvez não seja só por...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
21 de Dezembro, 2007 Hamburgo, Alemanha
Anya sempre odiara despedidas. Desde ter de dizer adeus aos seus avós após passar um verão inteiro com eles, até ter de dizer adeus ao seu cãozinho de infância após morrer. E neste momento teria de enfrentar mais uma despedida; bem, não uma despedida, mas algo do tipo. Nem acreditava que ia ficar sem a presença de Tom por quase dois meses. Já se tinha habituado a ele; ele a ajudava a ficar nos eixos, mesmo que ele não soubesse.
Mas agora não queria pensar na sua partida; não enquanto os seus braços quentes envolviam o seu corpo nú firmemente. Estava com a sua cabeça deitada sobre a almofada, enquanto tinha a cabeça do loiro deitada sobre o seu peito. Algo que, por sinal, deixava-a extremamente tímida; afinal, a única peça de roupa que tinha era a sua calcinha.
Sentia a respiração quente e relaxada de Tom sobre a sua pele, o calor do seu corpo mesclando-se com o seu. Não conseguia ver totalmente o rosto do garoto, já que a sua cabeça estava levemente direcionada para baixo. Mas do pouco que conseguia ver, tinha a certeza que o garoto estava pacificamente a dormir.
Ainda se lembrara da primeira noite que ambos tiveram juntos, à alguns dias atrás. Pensou no quão de todas as vezes que eles se envolveram intimamente, ele a respeitou e a amou. Ter perdido a sua virgindade para ele fez de alguma forma a relação que ambos tinham mais especial.
Obviamente que o facto de já se envolverem sexualmente levou o Kaulitz a ser mais safado do que antes, se já era possível. Agora convivia com mãos bobas e provocações diariamente, mas mentiria se dissesse que não gostava.
Ficaria como estava agora para sempre. Não precisava de mais nada, apenas de ter o calor do guitarrista sobre si.
Alguns raios de sol crepitavam dos espaços entre as persianas, o que permitia Anya ver a estrutura do quarto no geral. O quarto de Tom refletia parte da personalidade dele. Posters de bandas e cantores dos anos 90 espalhadas pelas paredes brancas, alguma roupa ou outra jogada num canto aleatório; mas no geral, até estava bastante arrumado.
Suspirou, encarando o teto enquanto fazia um leve carinho no cabelo do garoto. Ele e a banda partiriam hoje, por volta das nove e meia da manhã. Semicerrou os olhos em direção ao criado mudo de Tom, onde só agora, reparou num quadro pequeno com uma foto do garoto com ela. Ambos estavam juntos e seguravam um Garfield ainda bebé nos braços. Como ela se lembrava desse dia; um dos seus favoritos. Reparou que o quadro estava escondido atrás do candeeiro, o que fez a garota rir com os trejeitos de Tom. Mas então focou-se no que realmente queria ver; o relógio. Marcava sete menos vinte no aparelho, hora de acordar. Havia recebido claras instruções de Gustav para saírem de casa às sete e meia da manhã.
Bocejou, e então levou os seus dedos ao rosto do loiro, acariciando o local na esperança que ele acordasse. Não resultou.
Mexeu-se então ligeiramente de maneira a que mudasse de posição e pudesse distribuir selinhos pela testa e cabeça do garoto. Sem resultados.
