3 de Dezembro, 2007
Hamburgo, AlemanhaAnya tinha passado uma noite até tranquila, pelo menos o que restava dela. Assim que acordou, tateou o estofo do sofá, procurando o seu telefone. Viu as horas, 10 da manhã, e pelo silêncio ainda ninguém havia acordado.
Ergueu-se, sentando-se no estofado, mantendo a manta por cima do seu corpo; tinha frio. As suas costelas doíam, a garota fazendo uma careta com a dor no local. Procurou a sua mala, e sem pensar muito, retirou de lá o pacote de analgésicos, tomando dois com uma água que tinha na mala.
Pressionou as pálpebras dos seus olhos, como se isso fosse aliviar qualquer dor que sentisse. Levantou-se a muito custo, caminhando lentamente até ao banheiro. Olhou para a sua aparência; olheiras eram visíveis debaixo dos seus olhos, embora não muito intensas. A sua pele estava pálida, quase como se estivesse perdendo a cor aos poucos.
Suspirou, ligando a água e lavando a sua cara. Soltou o seu cabelo, penteando-o ligeiramente com os seus próprios dedos. Assim que acabou tudo o que tinha para fazer no banheiro, saiu do local. Foi até ao sofá onde havia passado a noite, arrumando-o.
Conhecendo os seus amigos como conhecia, sabia que com a resseca ainda ia demorar para acordarem. Estava caminhando em direção à cozinha, mas subitamente uma dor forte se fez presente no seu abdómen. A garota grunhiu de dor, se curvando e, com o susto e a intensidade da dor, caindo de joelhos no chão.
Mordeu o seu lábio inferior para evitar fazer sons que entreguem o que está acontecendo; mesmo sabendo que no fundo, os seus amigos não ouviriam. Rastejou até uma parede, se encostando nela, encolhendo-se e enterrando o seu rosto nos seus joelhos.
Só queria que aquela dor infernizante passasse. Estava transpirando, e respirar não estava sendo uma tarefa fácil. Fechou os seus olhos, pedindo a todos os deuses existentes que a dor parasse. Sabia que não era dos analgésicos que tinha tomado há pouco; ainda não tinha tempo deles chegarem ao seu organismo. Provavelmente eram das inúmeras vezes que os havia tomado; estaria o seu organismo deteriorando aos poucos?
Uns minutos se passaram e a dor foi amenizando, até que parou. Anya levantou-se devagar, voltando para o sofá; já tinha perdido a fome. Sentou-se, respirando fundo.
Enviou uma mensagem aos seus pais avisando que hoje não iria para a escola, assim como Ellie, e que ficaria a cuidar dos seus amigos. Pousou então o aparelho, ficando a refletir, encarando o nada.
- Anya?
Ouviu uma voz baixa e rouca perguntar. A morena deu um pulo, rapidamente se virando para a direção de onde a voz tinha vindo. A sua expressão assustada desfez-se num sorriso.
Tom estava parado na porta da sala. As suas roupas estavam amassadas, e o seu cabelo bagunçado. A sua cara era de sono e o garoto mal abria os olhos, coçando com uma das mãos o seu olho esquerdo. O seu nariz estava vermelho e o garoto fungava.
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𝐄𝐕𝐄𝐑𝐋𝐎𝐍𝐆 ! ☆ - Tom Kaulitz
Fiksi PenggemarAnya Müller, uma bailarina que está aos poucos se perdendo. Tom Kaulitz, um guitarrista mulherengo que não acredita na existência do amor, como ele diz, só consegue "amar uma mulher por uma noite". Quando o assunto é a Anya, talvez não seja só por...