019 | Confessions ★

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3 de Dezembro, 2007Hamburgo, Alemanha

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3 de Dezembro, 2007
Hamburgo, Alemanha

Anya tinha passado uma noite até tranquila, pelo menos o que restava dela. Assim que acordou, tateou o estofo do sofá, procurando o seu telefone. Viu as horas, 10 da manhã, e pelo silêncio ainda ninguém havia acordado.

Ergueu-se, sentando-se no estofado, mantendo a manta por cima do seu corpo; tinha frio. As suas costelas doíam, a garota fazendo uma careta com a dor no local. Procurou a sua mala, e sem pensar muito, retirou de lá o pacote de analgésicos, tomando dois com uma água que tinha na mala.

Pressionou as pálpebras dos seus olhos, como se isso fosse aliviar qualquer dor que sentisse. Levantou-se a muito custo, caminhando lentamente até ao banheiro. Olhou para a sua aparência; olheiras eram visíveis debaixo dos seus olhos, embora não muito intensas. A sua pele estava pálida, quase como se estivesse perdendo a cor aos poucos.

Suspirou, ligando a água e lavando a sua cara. Soltou o seu cabelo, penteando-o ligeiramente com os seus próprios dedos. Assim que acabou tudo o que tinha para fazer no banheiro, saiu do local. Foi até ao sofá onde havia passado a noite, arrumando-o.

Conhecendo os seus amigos como conhecia, sabia que com a resseca ainda ia demorar para acordarem. Estava caminhando em direção à cozinha, mas subitamente uma dor forte se fez presente no seu abdómen. A garota grunhiu de dor, se curvando e, com o susto e a intensidade da dor, caindo de joelhos no chão.

Mordeu o seu lábio inferior para evitar fazer sons que entreguem o que está acontecendo; mesmo sabendo que no fundo, os seus amigos não ouviriam. Rastejou até uma parede, se encostando nela, encolhendo-se e enterrando o seu rosto nos seus joelhos.

Só queria que aquela dor infernizante passasse. Estava transpirando, e respirar não estava sendo uma tarefa fácil. Fechou os seus olhos, pedindo a todos os deuses existentes que a dor parasse. Sabia que não era dos analgésicos que tinha tomado há pouco; ainda não tinha tempo deles chegarem ao seu organismo. Provavelmente eram das inúmeras vezes que os havia tomado; estaria o seu organismo deteriorando aos poucos?

Uns minutos se passaram e a dor foi amenizando, até que parou. Anya levantou-se devagar, voltando para o sofá; já tinha perdido a fome. Sentou-se, respirando fundo.

Enviou uma mensagem aos seus pais avisando que hoje não iria para a escola, assim como Ellie, e que ficaria a cuidar dos seus amigos. Pousou então o aparelho, ficando a refletir, encarando o nada.

- Anya?

Ouviu uma voz baixa e rouca perguntar. A morena deu um pulo, rapidamente se virando para a direção de onde a voz tinha vindo. A sua expressão assustada desfez-se num sorriso.

Tom estava parado na porta da sala. As suas roupas estavam amassadas, e o seu cabelo bagunçado. A sua cara era de sono e o garoto mal abria os olhos, coçando com uma das mãos o seu olho esquerdo. O seu nariz estava vermelho e o garoto fungava.

𝐄𝐕𝐄𝐑𝐋𝐎𝐍𝐆 ! ☆ - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora