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Anya chorava silenciosamente na sala de espera; Tom já tinha entrado para as urgências à cerca de 1 hora; ainda não tinha notícias dele. A angústia crescia dentro de si, sendo acompanhada da ansiedade.
Bill andava rapidamente de um lado para o outro, o seu rosto também encharcado com lágrimas. Georg estava sentado na cadeira, com os cotovelos apoiados nos joelhos e com as mãos na sua cabeça. Gustav estava falando com uma das recepcionistas, tentando obter informações sobre o estado de Tom. Mas pela cara de Schäfer, nada a receptionists sabia.
O seu coração ainda batia rapidamente; lembranças do estado em que encontrou Tom vagueavam livremente pela sua cabeça. Sentiu uma pontada no seu fígado, o que fez a garota se curvar levemente. Foi uma pontada seguida da outra, Anya mal conseguia respirar tamanha era a dor. Sentia-se tonta e com uma náusea profunda. Se levantou bruscamente.
- Eu já volto.
Disse para os seus amigos, saindo apressadamente do local, procurando pelo banheiro mais próximo. Trancou a porta rapidamente, se jogando de joelhos para perto da privada, vomitando tudo o que havia comida. Mais uma vez estava com sangue; mais uma vez o sabor metálico dominava a sua boca.
A dor não passava, estava cada vez pior. A jovem chorava de desespero, apertando os seus punhos como se isso fosse acalmar a dor. Mordia o lábio inferior tentando recuperar a sua respiração; grunhia e se contorcia, apertando o local onde doía.
Fechava os seus olhos com força, quase soluçando com a maneira histérica com que chorava. Por vezes levava um dos seus punhos à sua boca, mordendo o local com o objetivo de abafar o seu choro.
Alguns minutos se passaram, e a dor foi diminuindo. Agora era só um incómodo persistente. Anya se levantou lentamente, olhando para a privada entes de dar a descarga; estava tudo coberto de sangue.
Müller estava com medo. Estava com muito medo do que estava se passando com ela, mas ao mesmo tempo que temia o que pudesse vir a acontecer, não queria incomodar ninguém. Então enquanto conseguisse aguentar a dor, faria tal.
Saiu da cabine, lavando a sua cara. Alguns fios de cabelo estavam colados na sua testa, a sua boca estava ligeiramente suja; tingida de vermelho. Lavou a cara, limpando a sua boca e saindo rapidamente do local. Avistou de longe um médico falando com os garotos; correu até eles, parando do lado de Gustav.
- Me perdoem pela demora.
Anya disse, os garotos assentiram levemente antes de ouvirem o que o médico dizia.
- Tom está estabilizando; vamos manter ele na UTI pelas próximas horas, só para o monitorarmos, e terminarmos a limpeza do seu organismo. — O médico disse calmamente — Ele tinha altos níveis de heroína circulando no sangue, bastante preocupantes; também tinha outros narcóticos, mas em níveis mais baixos. Nós queríamos falar com vocês depois sobre um possível internamento numa clínica de reabilitação. Mas só faremos isso quando ele acordar; ele é maior de idade e somente ele poderá decidir. — O doutor suspirou — Mas ele aparenta estar fora de perigo... É, dificilmente a sua situação no momento ficará pior, podem ficar descansados.
Anya respirou fundo, libertando o ar que tanto havia aprisionado nos seu pulmões. Sorriu ligeiramente, abraçando os amigos.
- E quando a gente vai poder ver ele doutor?
Bill questionou, era notável a inquietação na sua voz.
- Para já não são permitidas visitas; ele ainda está entubado, e não queremos comprometer a estabilidade dele. Porém, acreditamos que amanhã pela manhã ele já possa estar apto a receber visitas.
Os adolescentes concordaram, e entretanto o doutor se foi embora.
- Quer que a gente te leve a casa Anya? Nós depois vamos voltar para caso aconteça algo, mas você não precisa, deve estar cansada...
Gustav disse, preocupado com a garota. Anya pestanejou algumas vezes; não queria ir embora, obviamente. Queria ser a primeira a ver Tom assim que ele acordasse, mas também precisava ir para casa.
- É... pode ser. Amanhã eu posso passar aqui?
- Claro. Vamos então, Bill e Georg vocês ainda ficam?
Os jovens assentiram, e então Anya e Gustav saíram do local. O silêncio entre ambos não era incomodativo, até era de certa forma confortante. Anya via Gustav como um irmão mais velho que nunca chegara a ter; confiava totalmente no garoto.
- Está tudo bem Anya?
A garota ficou uns segundos em silêncio. Não estava bem, e sabia disso.
- Dentro dos possíveis... Eu nunca pensei que viria Tom como... como eu vi.
Ofegou; as lembranças do estado do guitarrista eram doloridas. Gustav estacionou em frente do prédio de Anya, encarando a mesma. Levou as suas mãos às de Anya, abrindo um sorriso pequeno.
- Ele vai ficar bem, eu tenho a certeza disso. Eu sei que ele vai dar de tudo para não te deixar.
Müller corou. Abraçou o amigo em forma de despedida, entrando para o seu prédio. Assim que entrou no apartamento, foi recebida pelos olhares preocupados dos seus pais ao verem a sua filha no estado em que estava.
O seu rímel estava espalhado, se misturando com as suas olheiras, a sua roupa amassada e as suas calças ligeiramente sujas com a espuma que havia saído da boca de Tom.
- Meu amor, o que aconteceu?
A voz doce da sua mãe fê-la perder todo o controle que havia estabelecido sobre si. A jovem correu até aos braços dos seus pais, chorando enquanto ofegava por ar. Talvez fosse a doce preocupação dos seus pais, ou o facto de já não falar direito com eles há alguns dias; mas queria contar sobre tudo o que se estava passando com ela.
[...]
- Estrelinha, eu tenho a certeza que o seu amigo vai melhorar! Ele ainda é novo, vai ver como logo logo ele vai estar de volta com vocês... — Simon disse, abraçando a sua filha de lado, fazendo um carinho nas suas costas.
Anya estava entre os seus pais, encolhida no sofá enquanto os adultos reconfortavam a menina. Tinha contado tudo sobre a overdose de Tom, como ela gostava dele e como tinha medo de o perder. Explicou o quão foi difícil o ver naquele estado e como queria tirar a dor dele e a passar para ela. Não contou nada sobre o que se passava sobre ela; isso seria um problema para outro momento.
- O seu pai tem razão meu amor! Ele vai melhorar sim, não se preocupe. E quando ele melhorar, você pode trazer ele e os seus amigos em casa para a gente fazer uma jantarada, com várias comidas!
Marian disse sorrindo para a filha, que fungou, assentindo lentamente.
- Amanhã a gente te leva ao hospital meu bem, e justificamos as suas faltas na escola, tudo bem?
Simon disse, Anya murmurou um "sim", agradecendo vezes sem conta. Se sentia tão feliz por ter os seus pais.
[...]
Finamente o seu dia havia acabado. Finalmente estava deitada na sua cama, pronta a dormir. Embora soubesse que tão cedo não o faria; a sua mente vagueava somente numa pessoa.
Tom Kaulitz, o mulherengo que fazia o seu coração bater descompassado.
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Um capítulo um pouquinho mais pequeno só para dar continuidade aos próximos!
A fic não está tendo muitos leitores, o que é um bocadinho desmotivador, mas eu continuarei me esforçando, não vamos desistir <3
MASSSS, temos uma leitora que está a interagir com a fic e está deixando a autora tá toda bobinha e motivada<3333
Fiquem bem! ♡
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𝐄𝐕𝐄𝐑𝐋𝐎𝐍𝐆 ! ☆ - Tom Kaulitz
FanfictionAnya Müller, uma bailarina que está aos poucos se perdendo. Tom Kaulitz, um guitarrista mulherengo que não acredita na existência do amor, como ele diz, só consegue "amar uma mulher por uma noite". Quando o assunto é a Anya, talvez não seja só por...