011 | Angst ★

114 10 3
                                    

[

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

[...]

Anya chorava silenciosamente na sala de espera; Tom já tinha entrado para as urgências à cerca de 1 hora; ainda não tinha notícias dele. A angústia crescia dentro de si, sendo acompanhada da ansiedade.

Bill andava rapidamente de um lado para o outro, o seu rosto também encharcado com lágrimas. Georg estava sentado na cadeira, com os cotovelos apoiados nos joelhos e com as mãos na sua cabeça. Gustav estava falando com uma das recepcionistas, tentando obter informações sobre o estado de Tom. Mas pela cara de Schäfer, nada a receptionists sabia.

O seu coração ainda batia rapidamente; lembranças do estado em que encontrou Tom vagueavam livremente pela sua cabeça. Sentiu uma pontada no seu fígado, o que fez a garota se curvar levemente. Foi uma pontada seguida da outra, Anya mal conseguia respirar tamanha era a dor. Sentia-se tonta e com uma náusea profunda. Se levantou bruscamente.

- Eu já volto.

Disse para os seus amigos, saindo apressadamente do local, procurando pelo banheiro mais próximo. Trancou a porta rapidamente, se jogando de joelhos para perto da privada, vomitando tudo o que havia comida. Mais uma vez estava com sangue; mais uma vez o sabor metálico dominava a sua boca.

A dor não passava, estava cada vez pior. A jovem chorava de desespero, apertando os seus punhos como se isso fosse acalmar a dor. Mordia o lábio inferior tentando recuperar a sua respiração; grunhia e se contorcia, apertando o local onde doía.

Fechava os seus olhos com força, quase soluçando com a maneira histérica com que chorava. Por vezes levava um dos seus punhos à sua boca, mordendo o local com o objetivo de abafar o seu choro.

Alguns minutos se passaram, e a dor foi diminuindo. Agora era só um incómodo persistente. Anya se levantou lentamente, olhando para a privada entes de dar a descarga; estava tudo coberto de sangue.

Müller estava com medo. Estava com muito medo do que estava se passando com ela, mas ao mesmo tempo que temia o que pudesse vir a acontecer, não queria incomodar ninguém. Então enquanto conseguisse aguentar a dor, faria tal.

Saiu da cabine, lavando a sua cara. Alguns fios de cabelo estavam colados na sua testa, a sua boca estava ligeiramente suja; tingida de vermelho. Lavou a cara, limpando a sua boca e saindo rapidamente do local. Avistou de longe um médico falando com os garotos; correu até eles, parando do lado de Gustav.

- Me perdoem pela demora.

Anya disse, os garotos assentiram levemente antes de ouvirem o que o médico dizia.

- Tom está estabilizando; vamos manter ele na UTI pelas próximas horas, só para o monitorarmos, e terminarmos a limpeza do seu organismo. — O médico disse calmamente — Ele tinha altos níveis de heroína circulando no sangue, bastante preocupantes; também tinha outros narcóticos, mas em níveis mais baixos. Nós queríamos falar com vocês depois sobre um possível internamento numa clínica de reabilitação. Mas só faremos isso quando ele acordar; ele é maior de idade e somente ele poderá decidir. — O doutor suspirou — Mas ele aparenta estar fora de perigo... É, dificilmente a sua situação no momento ficará pior, podem ficar descansados.

Anya respirou fundo, libertando o ar que tanto havia aprisionado nos seu pulmões. Sorriu ligeiramente, abraçando os amigos.

- E quando a gente vai poder ver ele doutor?

Bill questionou, era notável a inquietação na sua voz.

- Para já não são permitidas visitas; ele ainda está entubado, e não queremos comprometer a estabilidade dele. Porém, acreditamos que amanhã pela manhã ele já possa estar apto a receber visitas.

Os adolescentes concordaram, e entretanto o doutor se foi embora.

- Quer que a gente te leve a casa Anya? Nós depois vamos voltar para caso aconteça algo, mas você não precisa, deve estar cansada...

Gustav disse, preocupado com a garota. Anya pestanejou algumas vezes; não queria ir embora, obviamente. Queria ser a primeira a ver Tom assim que ele acordasse, mas também precisava ir para casa.

- É... pode ser. Amanhã eu posso passar aqui?

- Claro. Vamos então, Bill e Georg vocês ainda ficam?

Os jovens assentiram, e então Anya e Gustav saíram do local. O silêncio entre ambos não era incomodativo, até era de certa forma confortante. Anya via Gustav como um irmão mais velho que nunca chegara a ter; confiava totalmente no garoto.

- Está tudo bem Anya?

A garota ficou uns segundos em silêncio. Não estava bem, e sabia disso.

- Dentro dos possíveis... Eu nunca pensei que viria Tom como... como eu vi.

Ofegou; as lembranças do estado do guitarrista eram doloridas. Gustav estacionou em frente do prédio de Anya, encarando a mesma. Levou as suas mãos às de Anya, abrindo um sorriso pequeno.

- Ele vai ficar bem, eu tenho a certeza disso. Eu sei que ele vai dar de tudo para não te deixar.

Müller corou. Abraçou o amigo em forma de despedida, entrando para o seu prédio. Assim que entrou no apartamento, foi recebida pelos olhares preocupados dos seus pais ao verem a sua filha no estado em que estava.

O seu rímel estava espalhado, se misturando com as suas olheiras, a sua roupa amassada e as suas calças ligeiramente sujas com a espuma que havia saído da boca de Tom.

- Meu amor, o que aconteceu?

A voz doce da sua mãe fê-la perder todo o controle que havia estabelecido sobre si. A jovem correu até aos braços dos seus pais, chorando enquanto ofegava por ar. Talvez fosse a doce preocupação dos seus pais, ou o facto de já não falar direito com eles há alguns dias; mas queria contar sobre tudo o que se estava passando com ela.

[...]

- Estrelinha, eu tenho a certeza que o seu amigo vai melhorar! Ele ainda é novo, vai ver como logo logo ele vai estar de volta com vocês... — Simon disse, abraçando a sua filha de lado, fazendo um carinho nas suas costas.

Anya estava entre os seus pais, encolhida no sofá enquanto os adultos reconfortavam a menina. Tinha contado tudo sobre a overdose de Tom, como ela gostava dele e como tinha medo de o perder. Explicou o quão foi difícil o ver naquele estado e como queria tirar a dor dele e a passar para ela. Não contou nada sobre o que se passava sobre ela; isso seria um problema para outro momento.

- O seu pai tem razão meu amor! Ele vai melhorar sim, não se preocupe. E quando ele melhorar, você pode trazer ele e os seus amigos em casa para a gente fazer uma jantarada, com várias comidas!

Marian disse sorrindo para a filha, que fungou, assentindo lentamente.

- Amanhã a gente te leva ao hospital meu bem, e justificamos as suas faltas na escola, tudo bem?

Simon disse, Anya murmurou um "sim", agradecendo vezes sem conta. Se sentia tão feliz por ter os seus pais.

[...]

Finamente o seu dia havia acabado. Finalmente estava deitada na sua cama, pronta a dormir. Embora soubesse que tão cedo não o faria; a sua mente vagueava somente numa pessoa.

Tom Kaulitz, o mulherengo que fazia o seu coração bater descompassado.

━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━★

Um capítulo um pouquinho mais pequeno só para dar continuidade aos próximos!
A fic não está tendo muitos leitores, o que é um bocadinho desmotivador, mas eu continuarei me esforçando, não vamos desistir <3
MASSSS, temos uma leitora que está a interagir com a fic e está deixando a autora tá toda bobinha e motivada<3333
Fiquem bem!

𝐄𝐕𝐄𝐑𝐋𝐎𝐍𝐆 ! ☆ - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora