Anya Müller, uma bailarina que está aos poucos se perdendo. Tom Kaulitz, um guitarrista mulherengo que não acredita na existência do amor, como ele diz, só consegue "amar uma mulher por uma noite".
Quando o assunto é a Anya, talvez não seja só por...
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[...]
Anya tinha visto Tom passar pelo bar da discoteca, e logo foi procurá-lo entre a multidão, para conversar com ele. Pedia licença para passar pelas pessoas; algumas pessoas sorriam para a garota ao ver o sorriso contente que a mesma tinha no rosto.
Avistou a silhueta do Kaulitz num sofá. Se aproximou, começando a ver mais nitidamente os detalhes do seu rosto; estava sem expressão, Tom simplesmente encarava as suas mãos que estavam pousadas no seu colo. A jovem se questionou se algo se passava com ele, com certeza saberia mais sobre assim que se aproximasse.
Anya estava a poucos metros do garoto, mas parou no seu caminho assim que viu Emma se aproximar do guitarrista, se sentando no colo dele. Ambos iniciaram um beijo intenso, como se fossem fazer sexo ali mesmo. As mãos de Tom estavam na bunda da garota, apertando a carne no local, as mãos da loira passeando sobre os braços dele numa forma carnal.
Anya sentiu um frio no estômago, os seus olhos se encheram de lágrimas; porque ela estava chorando? O Tom não lhe pertencia, muito menos tinham algo a sério. Foi idiota da parte dela pensar que o garoto realmente estava unicamente interessado nela. Sentiu uma repulsa crescer dentro dela; como fora capaz de acreditar na possibilidade de ter algo com ele? Como conseguiu se enganar de tal maneira a agora ter o seu coração destruído?
Afinal ela estava certa, ele era um mulherengo. Era como se os momentos que passaram juntos não significassem nada para ele. Como podia ser ele tão cruel? Será que ela tinha expectado demais, será que havia percebido os sinais errados?
Se sentia tonta, uma dor profunda na parte superior direita da sua barriga. Parecia que somente o seu corpo estava ali, a música estava abafada, o que a rodeava estava aos poucos escurecendo. Era como se a única coisa que visse fosse a cena deplorável à sua frente.
O ósculo se encerrou, e Tom encarou Anya sobre o ombro da garota. Estava sério, não tinha uma expressão concreta no seu rosto. Tom voltou então a selar os lábios da ruiva, desviando a atenção de Müller.
A morena estava com os sentimentos à flor da pele. Rapidamente saiu do seu transe ao sentir a comida subindo pelo seu organismo. Colocou a mão na boca, correndo entre as pessoas para o banheiro mais próximo.
Abriu uma das cabines do banheiro feminino, caindo de joelhos no chão e despejando todo o seu jantar na privada. Anya tossia, estava com falta de ar, e a sensação de ardência na sua garganta não a ajudava.
Estava vomitando mais do que havia comido, se isso sequer fosse possível. Tentava parar, colocando várias vezes a mão à frente da sua boca, mas mais líquido saía.
O líquido agora estava com uma cor vermelha; porque estava ela vomitando sangue? Agora o sabor ácido estava sendo substituído por um metálico, a dor na parte superior da sua barriga ficando mais aguda, como se tivessem a esfaqueando no local.
