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7 de dezembro, 2007Hamburgo, Alemanha

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7 de dezembro, 2007
Hamburgo, Alemanha

Anya esperava ansiosamente que a sua professora distribuísse os testes. Era uma manhã fria e sem cor, que, não ironicamente, Anya amava. Não sabia se tremia com frio ou com a ansiedade que crescia dentro de si. A disciplina era Física, e o último teste que havia feito não lhe tinha corrido assim tão bem.

Nada demais; a garota simplesmente a meio do teste teve uma vontade de ir embora e deixar aquele papel do inferno lá. Novamente, nada demais.

Mas agora estava ansiosa para o receber. Ansiosa demais. Odiava ainda mais a professora por corrigir os testes tão rápido; tinha feito o teste na semana passada e já o estava recebendo. Isso não acontecia com os testes que lhe haviam corrido bem.

Assim que a professora pousou a prova na sua mesa, Anya foi rápida a pegar no papel e ver a nota.

Um grande erro, por sinal.

Tinha tirado uma negativa. Uma negativa baixa demais. De 0 a 20, tinha tirado um 4. Tinha acertado o quê? O seu nome?

O seu mundo caiu, e aquilo foi como um grande tapa na sua cara. Mordeu o seu lábio contendo a vontade de chorar. Subitamente sentia uma vergonha absurda de si própria. Se sentia um lixo e uma inútil. Não entendia como aquelas noites todas que passara a estudar deram resultado a essa nota.

Nem era usual ser má a física, as suas notas costumavam ser até bastante boas. Mas foi preciso só uma para acabar com a sua auto-estima académica. Nesse momento, para a garota, era como se nunca soubesse algo sobre a disciplina; como se fosse uma total inútil.

Só ouvia os seus colegas a festejaram as boas notas. E lá estava ela, com a sua nota baixa. Estava imersa nos seus pensamentos até que ouviu uma voz familiar.

- Então Müller, quanto tirou?

A voz asquerosa de Mia Fischer soou nos seus ouvidos. A morena pigarreou levemente, e sem olhar para ela, murmurou:

- Não é da sua conta.

Apertou as folhas do teste nas suas mãos, antes destas serem arrancadas bruscamente. Anya arregalou então os olhos se levantando com a intenção de pegar a sua prova de volta, mas Mia foi rápida o suficiente para se afastar.

Fischer olhou para a prova da morena com um sorriso de desdenho, ficando feliz com a desgraça de Anya. O sorriso que antes era fechado se abriu, e garota deu uma gargalhada alta, se curvando sobre a sua barriga enquanto o fazia; Anya encarava a cena com os olhos marejados.

- Oh, não é que a princesinha perfeita tirou um 4? — Mia disse em alto e bom som, gargalhando.

Maior parte das pessoas ficaram chocadas, mas outras, que partilhavam o mesmo ódio que Mia por Anya riram da garota. Não eram só risos desdenhos, mas também insultos como:

𝐄𝐕𝐄𝐑𝐋𝐎𝐍𝐆 ! ☆ - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora