Nos Braços De Um Mafioso- spin-off da série- mafiosos Impecáveis

24°

Neste capítulo contém cenas de violência física e verbal, se não for do seu feitio sugiro que não prossiga a leitura.

Itália- 13:00

Ao abrir a porta sou surpreendido por um abraço da minha Geórgia.

__ graças a Dio, vocês estão bem, eu tive tanto medo.__ diz e lhe aperto ainda mais, enfiando meu rosto na curva do seu pescoço.

__ shii, estou aqui amore mio, tutto bene, fique calma.__ tranquilizo e ela suspira, se afasta de mim me dando um selinho demorado e corre para abraçar sua mãe e seus irmãos.

Me junto aos meninos e observamos a felicidade da família.

Porra! Ambos já sofreram demais, espero que o destino tenha entendido que essas emoções afloradas foram o suficiente para eles.

Aurora e Malina ficaram na casa do Pietro, e nós estamos na sede da máfia, alguns quilômetros da mansão dos Ferrari.

Esperamos que eles pudessem matar a saudade, até Sara se afastar e dizer que precisamos resolver o assunto pendente.

__ tem razão.__ Matteo concorda e nós também.

Deixamos Geórgia com a mãe e já estávamos indo para os carros quando ela aparece na porta.

__ ei!__ chama e nós seis a encaramos confusos e preocupados.

__ aconteceu alguma coisa amore mio?__ questiono e ela abaixa a cabeça, mas logo ergue me encarando e alternando o olhar entre todos aqui.

__ eu... eu... é, eu quero ir.__ fala e nos aproximamos dela em uma velocidade tão rápida que os soldados podem dizer que estávamos apostando corrida.

__ o que? Acho que não ouvi direito.__ Matteo pergunta e ela suspira.

__ ouviu sim, eu disse que quero ir.__ falou, e agora já não parece mais tão insegura em relação a sua afirmação.

__ de jeito nenhum.__ ele afirma e ela o encara irritada.

__ você não vai encarar aquele desgraçado, isso é tortura demais.__ Diz e ela sorri com um pouco de mágoa.

__ tortura? Não entende? Nada do que ele falar vai me fazer mais mal do que já me fez durante esses anos todos em que vivi com medo, eu ainda tenho medo, não entende que preciso encara-lo para parar de me sentir uma inútil desprezível?__ desabafa com os olhos marejados e nós entendemos e não fazemos mais perguntas apenas a envolvemos num abraço caloroso.

Depois que os outros entraram no carro eu fiquei para trás com ela.

__ meu amor, eu vou estar ao seu lado para o que precisar, e sei o quanto você é incrível, não o deixe entrar na sua mente e fazer mal à você outra vez.__ peço e ela sorri.

__ tutto bene, não irei.__ afirma convicta e seguimos para dentro do veículo onde estavam os nossos amigos.

Durante o trajeto ela apertava minha mão com tanta força que cheguei a pensar que estivesse querendo ir embora, mas não, a medida que nos aproximamos do galpão a sua ansiedade aumenta.

Respiro fundo e acaricio sua palma com o meu polegar, ela me encara surpresa, pois não havia percebido o que estava fazendo, mas sorri dizendo que poderia continuar.

Quando o motorista estaciona nós descemos do veículo e caminhamos em direção ao galpão.

Os cinco entraram logo e ela respira fundo.