━ 𝐈𝐕 ━

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Deixo os tacos no chão e corro até Leslie, não acreditando na cena que eu estava vendo

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Deixo os tacos no chão e corro até Leslie, não acreditando na cena que eu estava vendo.

Fecho os olhos e peço para alguma força maior para que fosse mentira, uma ilusão. Mas, ao abrir os olhos, minhas esperanças se vão assim que vejo que aquilo era real.

Sinto as lágrimas aparecerem juntamente do horror em minha face por debaixo da máscara, as lágrimas presas.

Lembranças do dia em que fui deixada com ela pelas pessoas que haviam me dado a vida, passavam por minha mente, me deixando completamente abalada.

Havia acabado de descobrir que tinha câncer e eu estava arrasada, ainda sem acreditar direito. Eu poderia tentar um tratamento, mas só adiaria o inevitável, que era a morte.

Apesar da minha vida ser definitivamente uma merda, ainda tinha alguns motivos pelo qual eu poderia lutar. Como meu sonho de ser artista e ter minha própria galeria de arte para expor meus quadros. Não eram grandes coisas ou de traços marcantes, mas geralmente continham todo o sentimento necessário para prender alguém, o que os deixavam marcantes.

Meus pais não falavam nada, estavam me levando para a casa de Leslie.

Eles me puxam do carro e tocam a campainha, largando-me ali, me empurrando.

- Explica a sua situação para ela, pirralha. Ela vai cuidar de você se realmente te ama como diz amar para nós - fala e entra no carro. Tento correr mas por conta do câncer eu estava extremamente fraca.

Leslie abre a porta para mim e me deixa entrar, não entendendo o porquê de eu estar chorando tanto e estar sem saber o que fazer.

Depois de muitas lágrimas e soluços, consigo explicá-la o que havia acabado de acontecer.

- Fica comigo, minha filha - ela diz me dando um sorriso acolhedor. - Nós vamos dar um jeito - tenta me acalmar.

Ela foi a única que me acolheu quando eu precisei, e a única que me amou incondicionalmente

Choro segurando o corpo - agora sem vida -, de Leslie, sentindo uma dor estranha e forte no peito.

- Não, não, não! - exclamo, me negando a aceitar o que havia acabado de acontecer, com as lágrimas de dor emocional e física escorrendo por meu rosto, ainda agarrada a seu corpo que parecia pequeno e frágil entre os meus braços. - Por que, Morte? - pergunto agora brava, sabendo que ela ainda estava no cômodo.

Leslie havia sido assassinada brutalmente. Com seu peito aberto, com a parte onde ficaria o coração, vazia. Seu coração estava em uma caixa, entre seus braços.

Me arrepio com a lembrança que se passou em minha mente, me lembrando do porquê eu ser uma aberração.

Minhas mãos suavam e eu tremia, em pura ansiedade e nervosismo.

𝐀𝐍𝐓𝚰 𝐇𝐄𝐑𝐎, ᴶᵉⁿⁿᵃ ᴼʳᵗᵉᵍᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora