━ 𝐗𝐈𝐕 ━

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- JENNA, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO! VOCÊ NÃO! - grito e Feiticeira Escarlate vem ao meu encontro, olhando assustada para SpiderGirl que estava completamente ferida e já respirava fraco

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- JENNA, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO! VOCÊ NÃO! - grito e Feiticeira Escarlate vem ao meu encontro, olhando assustada para SpiderGirl que estava completamente ferida e já respirava fraco. - FICA COMIGO, EU TE DESCULPO, FICA COMIGO - lembro-me das vezes que ela me chamou para sair e pediu desculpas durante a semana e eu não aceitei.

Choro agarrada a ela até que ela começa a tossir e volta a respirar normalmente, abrindo aqueles olhos castanhos que eu tanto adoro.

- Tô melhor - ela diz tossindo.

Sorrio grande, a puxando para um abraço.

- Que macumba é essa, meu pai? - pergunta Homem de Ferro parando ao meu lado, observando SpiderGirl que parecia ótima.

Os médicos a avaliam vendo que ela estava bem, a liberando.

Eu e Jenna retornamos à torre após completarmos com sucesso a tão arriscada missão invasão alienígena, onde causou sua quase morte. A adrenalina da operação ainda pulsava em minhas veias enquanto caminhava lado a lado com ela pelo corredor da torre, o silêncio confortável entre nós permitindo que absorvêssemos tudo o que havíamos vivido.

Já era noite, e a Torre estava tranquila, a maioria dos membros da equipe descansava ou realizava tarefas rotineiras.

- Bom, acho que essa é minha hora... - inicio, após deixá-la em seu quarto. - Naomi deve estar com Joy e o Georgie deve estar em seu laboratório. Vou bem é dormir. Você me assustou, sabia?

- Decidiu me perdoar?

- Perdoar pelo o que, Jenna? De você estar com um viadinho encubado? - pergunto irônica. - Fique tranquila, não temos nada mesmo. Aliás, só saímos uma vez. Nunca sequer nos beijamos.

- Eu e Percy não estamos juntos. Aquele dia... não sei o que deu em mim, mas quando... - ela ia dizer algo mas não completa sua frase.

Decido deixar pra lá, se ela não se sente confortável, não irei força-la.

Eu e Jenna decidimos tomar um momento para nós, refletindo sobre o que havia acontecido. Sentamos-nos em um banco próximo à janela, deixando a luz pálida da lua iluminar o ambiente.

Com as emoções ainda à flor da pele, Jenna se virou para mim e tocou suavemente minha mão.

- Você foi incrível e, obrigada por ter me salvado. Eu não iria conseguir desviar daquele raio - ela agradece e eu dou de ombros, como se eu dissesse que aquilo não era nada.

- Eu me curo sempre, lembra? - digo convencida.

- Você liderou a missão inteira, praticamente. Foi incrível, você foi maravilhosa! Mesmo de longe você me acalmou nos momentos mais tensos e ainda me salvou! Sou extremamente grata a você, Ally - diz e consigo sentir a sinceridade em suas palavras, fazendo meu coração acelerar.

Cruzes! Será que é infarto?

Eu sorrio por debaixo da máscara, sentindo meu coração acelerar diante do gesto gentil de Jenna. A conexão entre nós era forte, construída ao longo de tudo que passamos. Coloco delicadamente uma mecha de cabelo de Jenna atrás da orelha e encontro os olhos dela, perdendo-me em sua expressão sincera e cativante.

O silêncio preenchido pela intensidade de suas emoções nos aproximava cada vez mais, até que, finalmente, retiro minha máscara.

Mas Jenna não me olhava com nojo, asno, ou algo do tipo. Ela parecia me olhar com admiração.

E então me aproximo lentamente. Eu segurou o rosto de Jenna com suavidade e, com uma leve inclinação, meus lábios encontraram os dela em um beijo terno.

O momento pareceu eterno, como se o mundo ao redor de nós tivesse desaparecido, deixando apenas a presença uma da outra. O toque suave dos lábios de Jenna e a ternura no meu gesto, criou uma conexão ainda mais profunda entre nós duas, selando uma cumplicidade além das palavras.

Quando infelizmente nos separamos, seus olhos brilhavam com uma mistura de surpresa e alegria. Ali, naquela torre, depois de uma missão desafiadora, nós haviam encontrado algo especial uma na outra. Sabíamos que, dali em diante, nossas vidas estavam interligadas por laços que iam muito além das missões que enfrentávamos juntas. E, com esse novo capítulo se iniciando em nossas vidas, eu e Jenna seguimos juntas, nos encarando sorrindo.

- Vem pro meu quarto, Ally - eu a olho maliciosa e por um segundo esqueço que estava sem máscara. Procuro algum tipo de nojo da parte dela, não achando. - Enquanto estiver a sós comigo, não usará máscara. Você é linda demais para esconder esse seu belo rosto - ela diz e eu sorrio tímida. Me sentindo envergonhada pela primeira vez depois de muito tempo. - Não iremos fazer nada, apenas nos conhecer melhor.

- Acho que minha boca quer conhecer a sua melhor - sugiro mexendo a sobrancelha. - O que acha?

- Acho perfeito - ela mesma agarra minha nuca e me puxa para um beijo.

Suspiro quando o beijo acaba, entrando em seu quarto.

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Após tomar banho separadamente de Jenna, nós estávamos sentadas na cama, encarando uma a outra.

- Suas cicatrizes não são feias - ela parece ler minha mente. - Só mostram tudo que passou e o quanto é forte por tê-las.

- As pessoas não acham isso.

- Foda-se as pessoas, Ally...

- Não quero falar sobre isso - suplico com o olhar. Ainda era difícil pra mim falar sobre esse assunto.

- Tudo bem... - ótimo, estraguei o clima!

- Eu quero te conhecer melhor - digo e ela franze a sobrancelha.

- Você já sabe meu nome, minha idade e o que eu gosto de fazer. Quer saber mais o que? Meus traumas? - ela pergunta risonha e eu sorrio, negando com a cabeça.

- Qual seu filme favorito? - pergunto segurando suas mãos macias.

Estávamos sentadas de frente uma a outra de pernas cruzadas em sua cama.

- Família Addams, e você?

- Não sei ao certo... talvez "As Branquelas".

Jenna ri e eu me sinto feliz por fazer ela rir.

- Esse filme é cômico! - ela exclama e eu assinto, pensando na próxima pergunta.

Fico a encarando e ela cora, dando-me a vontade de morder suas bochechas.

- Você é linda, sabia disso? - pergunto toda viadinha, sorrindo minimamente quando ela cora mais, desviando o olhar.

- Você disse que eu era feia no primeiro encontro - acusa ela.

- Tudo pelo humor, aranhinha... tudo pelo humor! Devia saber que eu sou uma palhaça nata - eu balanço a sobrancelha sugestivamente e ela gargalha, assentindo.

- Isso é verdade - ela continua rindo.

- Dá pra parar de rir pra eu te beijar, senhorita Ortega? - pergunto e ela vai parando de rir aos poucos.

O clima começa a ficar tenso e, então, eu aproximo meus lábios do dela, iniciando um beijo tranquilo.

Essa mulher ainda vai me deixar louquinha!

Essa mulher ainda vai me deixar louquinha!

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𝐀𝐍𝐓𝚰 𝐇𝐄𝐑𝐎, ᴶᵉⁿⁿᵃ ᴼʳᵗᵉᵍᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora