Welcome Home - part II

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Mila veio para a minha casa se arrumar comigo, trouxe praticamente uma mala de roupas. Ela disse que esse tempo que eu fiquei longe dela perdi o senso de moda. Como se eu tivesse na época llkkk

Eu queria colocar um casaco bem quente verde (traumatizada) e uma calça jeans.

-Ah, não! Anos 90 demais!! Você tem menos de 20 anos, se comporte como tal.

-Não se quisermos comprar bebidas. E, ei! Eu gosto dessa roupa.

-Coloca isso.

Mila jogou um jeans, uma regata e uma jaqueta de couro que era da minha mãe

-E eu que sou anos 90...

-Se você não pode lutar contra, junte-se.

Mila estava entre a Paris Hilton e a Avril Lavigne, achei confuso, mas aceitei de boa, ela era linda. Se usasse um saco de batatas ficaria linda.

Pegamos um táxi e fomos para o bar na 5ª Avenida do qual ela tinha falado. Chegando lá o lugar era uma mistura de rap, pop, rock, eletrônica... tudo kkkk eu gosto. Entendi o motivo de os garotos gostam de vir aqui. Mas a pergunta que fica é: será que eles vão vir?

Bom, mesmo se não vierem vou aproveitar, faz anos que não vejo a Mila, pela primeira vez vamos beber juntas. O segurança do bar não nos barrou, acho que a senhora dos anos 90 e a Paris Lavigne convenceram bem.

Pedimos a primeira dose, a segunda, a terceira, a quarta e na quinta fomos dançar. Eu sei que eu disse que era um bar, mas o lugar era enorme, nessa altura eu nem lembrava do Tom. Eu não me divertia assim há anos.

Começou a tocar as minhas músicas favoritas, eu dancei como nunca.
Quando dei por mim a Mila estava agarrada com um garoto, juro, foi num piscar de olhos. Depois do beijo ela não queria mais dançar com ele, mas o garoto não desgrudava.

Com sei lá quantas doses na cabeça eu fui pedir pro garoto sair porque queríamos curtir sozinhas.
O garoto me empurrou, eu o empurrei de volta.

Mila tentou separar, mas quando ela entrou no meio eu fui empurra-lo de novo e acabei dando uma cotovelada em nela. Ela perdeu o equilíbrio e caiu.

Me distrai e o garoto deu um tapa tão forte no meu rosto que minha boca começou a sangrar na hora.

Eu fiquei tonta e me encolhi com Mila para nos defender. Quando menos espero escuto o barulho de uma garrafa quebrando.

Me viro e vejo Tom se atracando com o garoto e fico sem reação. Bill ajuda Mila a se levantar. Gustav e Georg separam a briga.

Os organizadores do lugar estavam levando o garoto para fora e os meninos de volta para o camarote.

-Vamos, Tom

-Vai se fuder, seu merda! Se você aparecer aqui de novo eu acabo com você, porra! -Diz Tom enfurecido. Ele se volta para mim e pergunta se eu estou bem.

Antes que eu pudesse responder sou puxada por Bill e Mila para o camarote onde eles queriam cuidar da minha boca, que por sinal não parava de sangrar.

Mila fica cuidando de mim junto com Georg.
Gustav está com os organizadores para garantir que o cara seja banido.

Bill volta para conversar com Tom, ele parece alterado e vai para rua.

Georg começa a cuidar de Mila quando Bill entra no camarim e vai na minha direção.

-Oi.. como você tá? -Diz ele parecendo preocupado.

-Oii... eu tô bem kkk, obrigada pela ajuda e por me trazer pra cá.

-Que nada, era o mínimo, esse lugar é praticamente nosso. -Diz ele tentando tirar o gelo para ver como está a minha boca. -Talvez precise de pontos.

-O que?? -Digo levantando.

-Tô brincando kkkk- diz ele me sentando. -Minha mãe me disse que você vai lá em casa amanhã. Vai ser bom te ver... mas eu tenho uma pergunta ... porque você sumiu todos esses anos? Você era minha melhor amiga.

Minha espinha congela e toda a dor que eu sentia passou.

-Olha, se eu te contar você não acredita, mas eu juro que queria manter contato.

Expliquei tudo para ele, Bill parecia ter tido a mesma reação que Mila, o que me alivia. Conversamos um pouco e eu reuni coragem para perguntar.

-Bill, eu tô muito feliz de conversar com você, temos muito para por em dia, mas eu estou preocupada. O Tom estava muito nervoso. Cadê ele?

-Também estou feliz de falar com você, então não me leve a mal, ele tá lá fora, mas não quer conversar com você.

-Você sabe o motivo?

-Olha, é complicado, não quero te falar o que ele contou só pra mim.

-Então eu pergunto pra ele.

As doses ainda estavam na minha cabeça, todas aquelas que eu tinha perdido a conta e elas bateram no momento em que eu levantei e dei o primeiro passo.

Catando Cavaco fui andando pelo bar, pelos espelhos conseguia ver Bill, Mila e Georg de longe vendo até onde eu iria.

Cheguei nos fundos do bar onde achei o Tom fumando um cigarro na rua. Tentei ser silenciosa, mas se eu visse um espelho era capaz de pedir licença, então era obvio que não fui nada silenciosa.

Abri a porta e ela bateu na lata de lixo de metal que tinha do lado de fora. Tom me lançou um olhar tragando o cigarro.

-Entra. Volta pra lá. -Diz ele acenando com o cigarro na mão enquanto solta a fumaça.

-Me dá um cigarro.

-Desde quando você fuma?

-Passou muito tempo.

-Realmente. Não te conheço mais.

-Mas aparentemente me reconhece, se não porquê teria me defendido?

-Entra, cara.

-Pq você não quer falar comigo, Tom?

—Me ignora—

Pego o cigarro da minha bolsa. Tom vê e joga fora.

-Vai fumar com a boca toda fudida?

-Você não que falar comigo, mas me defende, não quer falar comigo, mas cuida de mim. Qual é a sua? Pq você não quer falar comigo? Pq você tá tão magoado? Pq eu fui embora? Não foi minha culpa, ok? Eu não queria ir! Eu te amava.

-Você tá bebada, éramos crianças, você não sabe do que tá falando.

-Eu sei muito bem do que tô falando. Eu sei que você gostava de mim. Eu sei da carta.

-A que você respondeu? -Diz ele com ironia jogando o cigarro para longe e se aproximando.

-Foi a minha mãe! Ela escondeu tudo! As cartas, as ligações, os cartões, tudo!

-Cara, eu não vou discutir com você. Vai embora.

-Fala comigo, caralho! -Tropecei

Tom teve um reflexo para tentar me segurar, mas não foi. Eu me apoiei na lixeira.

-Pra você tá assim você ainda gosta de mim, você me ama, né?

-Lis, eu já comi várias garotas em vários lugares por vários dias, eu não me lembro mais de você. Por favor. Só para de falar disso. -Disse indo embora.

Mila saiu do bar e foi me ajudar, aparentemente tem mais de um camarote, o segundo foi o dessa humilhação e ele ficava na porta do bar. Bill, Mila, Gustav e Georg estavam lá.

-Você cuida dela? -Perguntou Bill

-Sim, vai lá. -Disse Mila me tirando daquela lixeira.

-Lis, eu te amo, mas eu disse pra você não falar com ele agora. Amanhã conversamos. -Disse Bill se despedindo.

Bill e Gustav foram atrás de Tom, Georg ficou junto com a gente e nos acompanhou até a casa de Mila. Eu me joguei no colchão e Mila ficou conversando com ele no portão da casa. Eu disse pra ela ficar. Eu só queria dormir.

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XO ❤️

PHOTOGRAPH | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora