Consequências

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Tom's POV

Lis vai embora. Eu sou um idiota.

-Ela é só sua filmaker, Tom? -Pergunta Natasha.

-Você é um idiota. -Diz Bill me entregando a câmera.

-Você também sabia de tudo. -Digo para Bill.

-Eu não transei com a minha melhor amiga. -Responde Bill se virando e indo embora.

-Vai se fuder. -Respondo.

-Da pra gente conversar? -Pergunta Natasha.

Eu explico para Natasha tudo o que aconteceu, ela até que é compreensiva. Diz que sabia que provavelmente eu ficaria com outras garotas aqui fora e que ela ficou com garotas no reformatório também. Depois da conversa Natasha vai embora.

Eu ando por aí e vou parar no palco. Pego a câmera e começo a olhar as filmagens que Lis fez hoje, a gente tava tão feliz. Ela me filmava sem que eu a visse. Depois de alguns minutos chego na parte em que vamos para o camarim, Lis acaba se filmando sem querer. Ela estava com uma expressão que eu nunca vou esquecer. Nunca vou me perdoar por ter magoado ela assim. A filmagem continua, mas eu não quero reviver aquilo.

-Você tá bem? -pergunta Georg se sentando ao meu lado na beira do palco.

-Não. -respondo.

-Cara, eu não sabia que você ainda tava com a Natasha.

-Pq eu não tô, cara. Caralho! Que ódio. Até a Natasha pegou um monte de garotas no reformatório. A gente não terminou porque ela foi presa, porra.

-Você conhecendo a Lis realmente achou que ela não fosse ligar? Sério mesmo? A Lis?

-Ah, cara

-Não, Tom, a Lis nunca sequer teve um encontro na vida. Ela é toda romântica, você foi o primeiro amor dela e tu achou mesmo que tava de boa?

-Cara, quando eu estava com a Lis eu não lembrava da existência da Natasha ou de qualquer outra garota. Porra, eu só tenho olhos pra ela, cara.

-Eu vi como você tem olhos só pra ela pegando garotas na frente dela.

-Eu estava tentando não ficar com a Lis.

-Você é confuso pra caralho, mano.

-Eu sei que você quer defender a Lis, mas eu tinha meus motivos pra não querer nada com ela no início.

-Que eram?

-Mesmo depois de todos esses anos as vezes a Lis vinha na minha cabeça, resolvi mandar uma carta, bem old school mesmo, falei que queria ver ela. Falei que sentia falta dela e perguntei se poderia visitá-la.

-Ham.

-A Lis respondeu, bom, eu achei que tivesse sido ela. Ela disse que eu devia superar aquele amor infantil e largar de ser um bebê chorão. Que eu saía em todas as revistas como um mulherengo e era isso que ela achava que eu era e ela não queria contato. Que era pra deixar ela seguir a vida dela em paz, esquecer que ela existia e voltar para a minha vida de playboy.

-Cara, eu conheço a Lis há poucos meses, mas isso não parece ela falando.

-E aparentemente não era, ela acabou de dizer.

-Você jogou isso na briga de agora?

-Joguei...

-Tom! Porra kk, não é possível.

-Eu sei. Eu tô me sentindo horrível. Você acha que eu consigo ela de volta?

-Cara, sei lá. Você voltaria?

-Eu já voltei.

-Vou tentar falar com a Mila pra ver se a Lis atende ela. -Diz Georg se levantando.

-Ninguém conseguiu falar com ela ainda?

-Não, faz mais de duas horas que eu e o Gustav estamos tentando.... -Oi Mila! Você pode tentar ligar pra Lis?.... Aham... tá. Qualquer coisa me avisa.

-Eae?

-Ela também não consegue falar com a Lis.

Eu me levanto, entrego a câmera para Georg e vou procurar Lis. A conhecendo ela não foi para o hotel, ela deve ter andado por aí sem rumo, o que é uma agulha no palheiro, Paris é cheia de ruas pequenas, vai demorar uma eternidade pra achar ela.
Vou em todos os lugares que nós já passamos, o café, as boates, os bares, mas nada. Quando estou perdendo as esperanças meu celular toca.

-Gustav! Sabem da Lis?

-Tom, o Max acabou de ligar. -Diz Gustav.

-Eae? Acharam a Lis? Onde ela tá? Ela ainda tá muito brava comigo?

-Tom, a Lis acabou de pegar o último voo saindo de Paris.

-O que?

-Tom, a Lis foi embora.

PHOTOGRAPH | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora