"Irei me esconder nas sombras do passado, mas não levarei ninguém comigo."
Ayla Ricci já foi feliz e sonhadora, mas tudo mudou quando ainda muito nova, percebeu que a vida pode ser bem difícil e a realidade se mostrou nada parecida com o que imagina...
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A abraço com firmeza, sentindo seus braços envolverem minhas costas.
Estar pronto para protegê-la é algo natural para mim, quando estamos juntos, ela é o meu foco e agora, tão próxima de mim, me permito sentir o aroma de seu perfume.
Uma doce combinação de frutas cítricas se espalha suavemente com a brisa, revelando uma leveza. No entanto, além da doçura floral, há uma profundidade intrigante que se exterioriza gradualmente. Notas amadeiradas e sensuais surgem, criando uma aura sedutora e misteriosa. Como se a própria personalidade dela se misturasse com o perfume, exibindo uma mistura singular de suavidade e força.
Observo seus olhos, que antes estavam fixados nos meus, mudarem o foco para os meus lábios. Engulo em seco, pensando se devo ou não me aproximar mais e, nesse meio segundo de hesitação, alguém esbarra em mim e acaba me forçando a decidir.
Mesmo relutante, solto Ayla e nos dirigimos ao carro. Ao entrarmos, minha mente está a mil e ao olhar para ela, juro ter visto um vislumbre de um sorriso em seu rosto. Durante todo o trajeto, tento manter minha atenção na estrada e ao chegarmos, estaciono o carro na garagem de casa e olho para minha chiaro di luna.
No caminho para a casa dela me lembrei que tinha um documento para entregar ao Will, então decidi dar uma passada em casa para pegar, mas não imaginei que ela iria acabar dormindo. Saio do carro e não querendo deixá-la aqui sozinha, dou a volta para pegá-la.
Abro a porta e me inclino pegando-a em meus braços, que resmunga, enquanto ela envolve seus braços em meu pescoço e, sem conseguir evitar, sorrio com a cena.
Seu rosto angelical tem um poder incrível sobre mim e, sempre que olho em seus belos olhos azuis, tudo ao meu redor parece desaparecer. Seu sorriso fascinante me encanta e seus lábios rosados me fazem imaginar como seria beijá-los.
Deixando de lado minhas divagações, seguro Ayla com firmeza em meus braços e me dirijo à porta de entrada, que com um pouco de dificuldade consigo abrir.
Ando um pequeno percurso até a sala e delicadamente a deito no sofá. Me abaixo ao seu lado e me perco olhando-a. Não sei ao certo quando percebi a mudança dos meus sentimentos em relação à Ayla, mas faço uma ideia pelo que aconteceu em certo dia.
Estava indo para o Instituto e decidi abastecer o carro, mas ao chegar no posto, me deparei com uma cena que foi o suficiente para me fazer ficar possesso de raiva, e odeio admitir, mas essa foi a primeira vez que me vi sentindo ciúmes dela.
Ayla conversava com um homem enquanto abastecia sua moto e eu fiquei no carro observando, mas não aguentei quando o vi levantar a mão para tocar em seus cabelos.
Saí do carro sentindo meu sangue fervendo e me aproximei agarrando sua cintura em um ato possessivo, seu olhar denunciava o quão surpresa estava em me ver.
