"Irei me esconder nas sombras do passado, mas não levarei ninguém comigo."
Ayla Ricci já foi feliz e sonhadora, mas tudo mudou quando ainda muito nova, percebeu que a vida pode ser bem difícil e a realidade se mostrou nada parecida com o que imagina...
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Abro a porta do carro me deparando com a bela mulher que ocupa grande parte dos meus pensamentos e, também responsável por tirar toda minha sanidade mental.
Nos últimos quatro dias, não consigo pensar em nada além de seus beijos, toques e carícias.
Há um bom tempo que sinto uma forte paixão pela Ayla e antes de descobrir seus sentimentos por mim, precisei me controlar para não demonstrar tudo o que sentia por ela.
Agora que decidimos tentar, só quero tirá-la de dentro desse veículo, grudar seu pequeno corpo no meu e matar toda a saudade que senti dela, apesar de não ter passado tanto tempo desde que nos vimos.
Ayla vira seu rosto em minha direção.
Por um momento vejo surpresa e confusão em seu olhar, mas em seguida um sorriso encantador se forma em seus lábios rosados, que me fazem sentir uma vontade incontrolável de beijá-los.
Ela morde o lábio inferior, observando-me minuciosamente e sem conseguir resistir à tentação de seus lábios, estendo minha mão em sua direção e a puxo para um beijo cheio de saudade e desejo. Porém, relutante tento finalizar o beijo com selinhos, ao recordar que há outra pessoa dentro desse carro.
— Vocês me enganaram direitinho. — disse respirando fundo ao nos afastarmos e me olhando nos olhos, vejo suas bochechas coradas. Em seguida, desviamos nosso olhar para Will.
— Só realizei um pequeno desejo de aniversário, não foi nada de mais. — Will esclarece, enquanto liga seu carro. — Bom, já que cumpri com o combinado, vou indo nessa. — ele reflete por um tempo e olha em minha direção. — Ah, e não se esqueça, está me devendo uma. — fala com ar de brincadeira e meneio a cabeça em resposta.
Ayla entra no veículo novamente e se inclina na direção do Will, dando um beijo em sua bochecha e ele diz algo em voz baixa. Ela balança a cabeça em concordância e sai do carro, fechando a porta em seguida.
— Me mande uma mensagem assim que chegar em casa. — ele concorda com a cabeça e dá partida.
Após o carro sumir de nossas vistas, seguro em sua mão e percorremos um pequeno caminho até entrarmos em casa.
— Non sai quanto mi sei mancata, mio chiaro di luna. — falo abraçando-a por trás e por ela ser baixinha, meus braços ficam abaixo de seus seios.
— Eu também senti muito a sua falta, Gus. — confessa, enquanto conduzo seus passos em direção à cozinha e sinto sua mão acariciando delicadamente o meu braço. Desço minhas mãos para sua cintura, virando-a para que possa admirá-la.
Ayla sempre está linda, mas hoje está deslumbrante e olhando-a de baixo acima, observo cada detalhe.
Ela está tão atraente e sedutora usando essa bota preta que vai acima dos joelhos e, com esse vestido da mesma cor de mangas compridas, só realçam mais ainda as curvas de seu corpo.
