O Coquetel

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Enquanto sigo Will para a parte traseira do salão, coloco minhas mãos nos bolsos da calça social preta e me pergunto o que ele realmente tem para me dizer, que precisou se afastar de todos para ter mais privacidade. Minha ideia inicial era só buscar uma bebida para sua irmã.

Após nos distanciarmos da Ayla e do Lorenzo, Will me apresentou a alguns acionistas e antes que eu resolvesse ir encontrá-la novamente, ele me chamou para irmos em um local mais reservado, alegando precisar falar algo importante comigo.

Will parece nervoso, enquanto caminhamos pelo gramado e isso só me mostra que o que ele pretende me dizer, não é tão simples assim. Não sei nomear ao certo o que estou sentindo diante de todo esse suspense, mas além de estar pensando no que ele pode estar se preparando para me falar, estou com a mente voltada para a Ayla.

A troca de olhares entre ela e o Lorenzo não me passou despercebido. Ayla é muito linda, sempre atrai olhares por onde quer que ela passe e querendo ou não, Lorenzo também é um cara que com certeza chama atenção.

Estou ciente de que não temos uma relação formalizada e que, na verdade, combinamos de somente curtir o momento, mas mesmo assim, não consigo deixar de ser possessivo.

É isso mesmo, eu admito, sim, sou possessivo e ciumento ao extremo, mas tenho meus motivos para ter esse medo de perdê-la. Medo de chegar um dia e acordar desse sonho que vivo com a Ayla, porque é isso que vivencio com ela.

Um sonho...

Um dos melhores que eu poderia ter e desejo nunca acordar, só para continuar ao lado dela.

No momento em que a Ayla me disse: "Me faça sua, Gustavo", eu levei a sério. É claro que levei... Sempre fui ciumento com o que era meu e até com o que deveria ser. Mesmo tentando, nunca conseguirei deixar de sentir esse ciúme que parece querer me devorar por inteiro, toda vez que a imagino nos braços de outro alguém.

É inevitável.

Esse sentimento de posse, é mais forte do que eu, porém, nunca iria forçar nada com ela, caso decidisse não ter mais nada comigo. Iria continuar sendo o amigo que sempre fui e estaria ao lado dela para o que precisasse.

Will para de frente para o chafariz de três pratos, em mármore preto, que há no centro do jardim gramado, localizado atrás do salão e fico ao seu lado esperando. O som da água caindo, poderia conseguir trazer uma sensação de tranquilidade, se eu não estivesse, de certa forma, meio tenso com o que tem a dizer.

Ele respira fundo, parecendo tomar coragem para começar a falar e estranhamente me sinto ansioso.

— Eu não gostaria de te colocar nessa situação, mas acho que você é a única pessoa que confio e que pode me ajudar com isso. — o encaro e vejo ele massageando as têmporas, sinal de que está estressado ou nervoso.

Decepções e as Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora