Cuore Mio

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Segurando o volante com uma mão, dou uma rápida olhada no relógio em meu pulso esquerdo e ao ver que já são sete e quarenta, aumento mais a velocidade, a fim de não me atrasar.

Hoje será um dos primeiros eventos da empresa esse ano e não suporto chegar depois do horário marcado, que no caso é às oito horas. Em poucas palavras, tenho apenas vinte minutos para chegar.

Nesse momento estou em Vomero, um dos lugares mais elegantes de Nápoles, sem contar que é um local pacífico. Diferente do bairro onde cresci, que é bastante movimentado.

Fui criado em Nápoles, mas precisei passar um tempo fora, e agora, faz três anos que retornei. Sempre tive um sentimento de que tinha que voltar, como se algo me prendesse aqui.

Só não sei o quê....

Alguns minutos depois, estaciono diante da escada de acesso ao local, em uma área fechada e coberta, com teto em formato de abóbada e saio do carro. Um dos manobristas anda em minha direção e após cumprimentá-lo, dou as chaves a ele.

Há um lustre gigante e brilhante pendendo bem acima do meu carro e dou a volta, encarando a suntuosa escada de granito branco, que dá acesso ao andar posterior, me permitindo ver que no topo dela, tem dois seguranças guardando a entrada do salão.

Pego meu celular no bolso do paletó e antes de colocá-lo no modo silencioso, noto que já são oito e dois.

Che cazzo. — xingo baixinho para que não me escutem, enquanto guardo o celular no bolso novamente.

Subo as escadas tentando manter a calma, depois de abotoar os botões do paletó preto em meu corpo e ajustar a gravata, da mesma cor.

Cumprimento os seguranças com um aceno de cabeça e sigo até a entrada. Mais a frente, avisto as portas duplas de madeira, que estão abertas e ao entrar, me permito admirar o salão.

Há um piano preto brilhante no centro e a música clássica que o pianista está tocando, deixa o ambiente mais harmonioso. Os lustres dourados em alguns pontos, ajudam a dar um ótimo contraste ao redor, deixando-o bem iluminado. O piso é de porcelanato branco com detalhes preto. Na metade das paredes, tem um acabamento em madeira e acima, são pintadas de bege-claro, o que deixa o espaço requintado.

Homens trajando ternos caros, conversam entre si. Muitos deles estão acompanhados por belas damas usando vestidos elegantes e a maioria tem uma taça de champanhe em mãos. Em um lado do salão, há mesas com aperitivos e do outro, um bar, caso queiram tomar algo mais forte do que apenas champanhe.

Pego uma taça de champanhe quando o garçom para ao meu lado, segurando uma bandeja com mais três taças e o agradeço, enquanto analiso ao redor.

— Senhor Mancini. — um homem bem-vestido, vem em minha direção e se aproxima. O cumprimento em um aperto de mão. — Sou Stefano Savoia e essa é minha esposa, Perla Savoia.

Decepções e as Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora