Capitulo VI

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Tweek P.O.V 

Craig não estava lá quando sai para ir a escola, não estava lá no primeiro período de aulas e nem no restante delas. Não havia sequer uma mensagem dele ou sinal dado para outros amigos. Por algum motivo do qual ninguém conhecia, Kenny também havia faltado. 

Fui até sua casa após as aulas, mas ninguém atendeu a porta. Já na casa de Kenny, seus pais me disseram que ambos saíram logo pela manhã, além de que pareciam estar bem, visto que passaram a noite conversando no quarto de Kenny. Então essa era a importância que ele dava a nossa amizade? 

Se Craig pode me dar um gelo por tê-lo deixado sozinho ontem, então eu também poderia dar um nele. Desliguei meu telefone enquanto ia para a cafeteria dos meus pais trabalhar, novamente o expediente de terça-feira era quase deserto, se não fosse pela presença inusitada de Eric Cartman.

- Tweek meu amigo! - Sua voz parecia mais empolgada que o normal. Ele precisou se sentar no balcão para que somente então eu pudesse ver que Butters e Clyde o seguiam. - Você não vai acreditar no que descobrimos sobre aquela casa! 

- Eu prefiro não saber sobre aquela casa. - Cortei rapidamente, antes que a minha curiosidade me matasse. 

- É sério mano! Fomos até a prefeitura para achar os registros da casa depois de perceber que na internet não havia sequer uma pista, adivinha só? A casa tem um túnel subterrâneo que segue até a Fazenda de Gado do Sr. McDonald.  - Clyde interveio abrindo a planta subterrânea da cidade sobre o balcão da cafeteria. - Soube que nunca pegaram o assassino daquela família, isto por que não sabiam que tinha esta passagem. 

- E-e o que isto tem a ver com a gente? - Perguntei receoso. 

- Você vê fantasmas, é nossa única chance de se comunicar com alguém que morou lá e descobrir a verdade sore o incidente. - Clyde concluiu quase pulando o balcão para tocar a mão de Tweek  - Imagine só a manchete "Garotos do segundo colegial solucionam crime!" isso vai ser publicidade pura para a nossa organização! 

- Mas e se o a-assassino vier atrás de nós? - Exclamo achando a ideia absurda. 

- Esse assassinato aconteceu fazem anos, o cara que fez isso jamais iria imaginar que estamos investigando. - Eric comentou. - Fora que se formos cuidadosos, não vamos nos aproximar dele, somente achar pistas que o incriminem e entregar a policia. 

- Por favorzinho Tweek, vai ser legal! Vamos ganhar rios de grana, todos irão procurar nossa agência depois que sairmos no jornal, seremos heróis! - Butters cantarolava feliz.

- Naquela noite você disse ter visto a filha do casal Winston, não acha que ela merece justiça? Que a pessoa que fez isso com ela vá para cadeia? - Eric apelou para o meu emocional. 

- T-tudo bem, mas no m-momento em que as coisas ficarem perigosas iremos largar tudo. - Olhei para ele para que entendesse a seriedade das minhas palavras. 

Os garotos concordaram felizes enquanto passamos o resto da tarde ajeitando os mínimos detalhes do plano. O meu turno terminou comigo entregando as chaves para meu pai e mentindo sobre onde iria, caso alguém perguntasse iríamos fazer uma noite da pizza na casa de Eric. 

O trajeto até a casa era escuro, um lado abandonado da cidade onde todas as casas eram enormes ao mesmo tempo que as ruas pareciam desertas, poucos postes iluminavam o quarteirão. Por sorte todas as bicicletas do grupo haviam sido equipadas com faróis para este tipo de ocasião. 

Éramos amadores em relação a exorcismos, mas graças a empolgação dos meninos estávamos preparados para as mais diversas situações, afinal as crianças de South Park sempre entravam de cabeça em todas as brincadeiras. 

Amor com Falhas (CREEK)Onde histórias criam vida. Descubra agora