Capitulo II

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Craig P.O.V

Haviam se passado uma semana desde que começamos a namorar de mentira. Meu pai demorou para aceitar nosso relacionamento, confesso que foi difícil mentir que era gay para ele, mas pelo menos ganhei 100 dólares.

Todas as tardes após a escola eu o levava para a cafeteria de sua família onde trabalhava, depois ia para a floricultura onde comecei a trabalhar para economizar para comprar novos jogos de playstation. 

Ultimamente venho querendo passar cada vez mais tempo fora de casa devido as brigas dos meus pais. Por sorte Tricia já tinha idade o suficiente para ficar fora de casa passeando com as amigas no shopping o dia todo. 

Se eles se odiavam tanto, não podiam simplesmente se separar? Quando que um casal para de gostar um do outro para se tornar esta espécie de amor passivo agressivo? Será que eu e Tweek terminaríamos assim? Não, somos apenas melhores amigos fingindo um relacionamento e não namorados que estão em um verdadeiro relacionamento. 

Meu relacionamento com Tweek vem sendo tranquilo, gostamos das mesmas coisas, temos bastante assunto, é engraçado vê-lo gaguejar ou corar as vezes e somos bons em fingir estarmos apaixonados. Hoje havíamos marcado de ir no cinema com o dinheiro que ganhei, depois jantar pizza na casa do Tolken onde os meninos se reuniriam para jogar playstation. 

O filme já havia começado a pelo menos uns quarenta minutos e nada dele chegar, minhas mensagens sequer eram visualizadas. Sabia que deveria ter ido busca-lo mais cedo na saída do trabalho. Peguei minha bicicleta, comecei a pedalar em  direção a cafeteria que ficava algumas quadras mais para cima. 

- Olá Sr. Tweak, tudo bem? - Perguntei entrando no local, o homem sorriu largamente em me ver. - O Tweek esta por aqui? 

- Meu filho? Não, eu pensei que vocês dois iriam ao cinema. - Coçou o queixo, tirando em seguida uma nota de vinte dólares da carteira para me dar. - Ele saiu faz quase uma hora, toma aqui esse dinheiro para vocês saírem. 

Tentei negar, mas ele insistiu tanto que tive que sair as pressas da loja pra evitar que tirasse mais uma nota para me entregar. A questão maior era onde Tweek estaria, se ele havia saído a mais de uma hora poderia ter ido a qualquer lugar da cidade. 

- Talvez eu devesse seguir pelo caminho que ele geralmente faria e ver se alguém o viu. - Tranco a corrente da minha bicicleta na frente da cafeteria e saio andando para a avenida principal.  

A rua ainda estava lotada, afinal agora com as meninas asiáticas tomando conta da escola, nada mais do que esperado que a cidade se apropriasse da cultura alheia e recriassem um festival japonês fora de época, obrigando a todos usarem trajes e vestimentas totalmente preconceituosas apenas numa tentativa de faze-las se sentirem no próprio país. 

Detalhe que você talvez não saiba, no grupo de 12 garotas, apenas uma é japonesa. 

Deixando de lado os fatos, vamos ao que importa. Tweek. Devo ter passado pelo menos mais uma hora a procura dele, perguntando em todas as lojas até encontrar alguém que finalmente disse tê-lo visto ir correndo em direção ao parque. Não tardei em sair correndo até lá o mais rápido que pude. 

Eram muitas árvores para olhar, portanto decidi ir até o lago para de lá vasculhar as áreas próximas, mas não precisei me chegar muito da água para vê-lo caído no chão desacordado. Meu coração acelerou, corri em sua direção. 

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Tweek P.O.V

Craig tinha acabado de me deixar no trabalho e ir para o seu, estava animado para assistir o novo filme dos Vingadores no cinema, por isso sequer tive conta do número de copos de café que tomei ou de quantas vezes olhei para o relógio esperando que a hora passasse mais rápido.

Amor com Falhas (CREEK)Onde histórias criam vida. Descubra agora