A volta do diabo

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A medida que os dias iam passando Leléo parecia mais calmo e tranquilo, mas nunca era carinhoso comigo toda vez que eu me aproximava. Ele me olhava torto, como me culpasse por eu ter tirado ele da cadeia, mas que se eu soubesse que seria assim jamais teria o tirado de lá de dentro.

Talvez até seria bom para fazer ele colocar a cabeça no lugar.

E eu já estou acostumado com muita ingratidão. Ele não foi a primeira a pessoa a fazer isso.

Eu estava sentado no sofá vendo o jornal matinal para ver se tem mais alguma notícia sobre ele, mas pelo o que eu percebi parecia que o nome dele fora esquecido das manchetes. Só vejo os mesmos problemas de sempre que ocorre no Rio de Janeiro de desde sempre.

Enquanto eu bebericava o café na caneca que fumegava, a fumaça batendo no meu rosto, o vejo recostado na parede da entrada do corredor, me encarando. E eu sabia que ele queria alguma coisa, mas eu fingi que ele não estava ali.

— Eu estava pensando — disse ele, sorrindo, pensando longe. — E se a gente fazer uma viagem pra bem longe.

Eu queria dar uma risada gostosa. Ele pensa que eu tenho tanto dinheiro assim?

— É mesmo, é? — perguntei. — E você acha que vamos pra onde? Conhecer o túmulo da Rainha da Inglaterra ou para as Maldivas?

— Não precisa nem ser tão longe.

— Tsc — revirei os olhos. — É impressionante que uma hora você tá bem, me tratando como se eu não fosse nafa, e na outra hora você me trata com o maior desprezo do mundo.

Eu me levantei.

— O que você tá pensando, cara?

— Eu só quero respirar um novo ar, mas se você não quer ir beleza. Eu vou sozinho. Tenho minhas pernas pra quê mesmo?

Uma onda de tristeza o invadiu, e eu me arrependi na mesma hora de tê-lo tratado tão friamente. Ele realmente não merecia isso, principalmente vindo de mim a quem ele confia.

Ou acho que confio. Ultimamente nem nisso eu estou acreditando mais.

— Desculpa, meu amor — sussurrei. — Você anda tão tempestivo nesses últimos dias, se isolando do mundo, que eu realmente não faço ideia se você gosta de mim ainda, mas a prova que eu te amo você recebeu no momento onde eu tive ter minha índole questionada quando eu pedi para te tirarem da cadeia.

Eu dou as costas para sair dali o mais depressa possível quando Leléo me pega levemente pelo braço e me pressiona contra a parede, me olhando nos olhos como se estivesse lendo o fundo da minha alma que já estava totalmente entregue á ele. Ele morde o seu lábio e sua mão desce pelas minhas costas levemente até chegar no barra do meu short, sorrindo maliciosamente.

— Eu realmente estava muito estressado com os últimos acontecimentos que arruinou a porra da minha vida, mas você é meu remédio nessa merda toda — sorriu.

E então, a sua mão invadiu entrou dentro do meu short e ele apertou a minha bunda com uma força que não deixou de ser bruta, mas que o tesão consumiu tanto a gente que eu nem me importei. Eu só queria ter esse momento, sentir o pau dele, tudo em mim.

— Mas eu estou aqui do seu lado — respondi. — E eu não vou te abandonar nesse momento.

O seus dedos deslizaram levemente pelo meu cu, mas ele parou e tirou, colocando nos meus lábios e eu chupei levemente com muito tesão. E eu soltei um gemido rouco e baixinho.

Até que ele colocou o dedo dentro de mim e eu arqueei as costas, soltando um gemido um pouco alto, mas ele pressionou a mão sobre a minha boca. Tudo para que os vizinhos não me escutem.

Apaixonado Pelo Dono Do Morro (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora